Déjà Vu

É possível que a governadora Ana Julia tenha batido o martelo ontem no caso da sucessão da UEPA, conta uma bem posicionada fonte petista do blog. Mas é possível também que alguma coisa tenha sido esmagada na martelada: a língua da governadora, por exemplo.
É que teria sido tomada a decisão de nomear o segundo colocado na consulta, Bira Rodrigues, atropelando o processo da mesmíssima forma que aconteceu com o tucano Almir Gabriel na eleição da ex reitora Isabel Amazonas.
Na época, Ana Julia foi aos jornais e largou a lenha em cima do tucano por não acatar o resultado das urnas. Premida pela correntes internas, de seu partido e de sua tendência, preferiu seguir a postura que antes condenava.
Convencida da pouca ou nenhuma diferença qualitativa entre os candidatos, Ana Julia avaliou que seria melhor amortecer os impactos da saída de Mário Cardoso da Seduc, garantir a permanência do vereador Marquinho das Torcidas Organizadas na Câmara Municipal, ele que é suplente de Bira, e acomodar a sua tendência, a DS, assanhada desde a perda das eleições do diretório municipal de Nova Déli no apagar das luzes de 2007.
Escancara, todavia, uma avenida de críticas nos setores bem informados da opinião pública.
Não foi uma decisão fácil. Houve até uma saia justa básica, com direito a baiana rodando e tudo o mais, envolvendo a profa. Edilza Fontes, que teria dado bastante trabalho na parada.
Começa mal o ano de 2008 para a governadora, para os tucanos que experimentam o gosto do próprio veneno, e para os paraenses, que assistem o mesmo filme mais uma vez, pagando duas entradas, por assim dizer.