Diz a sabedoria popular que só é doido aquele que rasga dinheiro. Por esse critério, a desembargadora aposentada Ana Tereza Sereni Murrieta é plenamente sã: ao invés de rasgar dinheiro, ela o colocou na própria conta. Só que esse dinheiro era de terceiros e estava depositado, na forma de cadernetas de poupança, em agência do Banco do Estado do Pará, por conta de processos que tramitavam perante a 1ª vara cível de Belém, com exigência de que o valor da causa fosse depositado. Como titular dessa vara, Murrieta sacou quase 1,4 milhão de reais dessas contas, entre outubro de 1995 e maio de 2002. O valor não inclui os juros, a correção monetária e o recolhimento da extinta CPMF, que reajustariam a soma para R$ 3 milhões. Em 2002 a juíza foi promovida ao desembargo, por merecimento. E aposentada rapidamente, quando o escândalo estourou, logo depois, a partir de denúncia do Ministério Público do Estado. Aposentada com vencimento integral, de mais de R$ 20 mil.
Assim começa o artigo de Lucio Flavio Pinto - cada vez mais na web! - ao site Pará Negócios, de Raimundo José Pinto.
3 comentários:
ei Juva é o seguinte, o Senador Tião Viana (PT-ACRE), tenta ainda esse ano aprovar Emenda Constitucional pra acabar com isso que se chama aposentadoria compulsória, que todos nós já sabemos o que é. O problema se os nossos parlamentares irão concordar e votar, mas espero que em breve, num futuro talvez próximo, esses magistrados pilantras saiam de sena pra sempre.
Sem controle externo, o Judiciário é um poder descontrolado.
A impunidade dessa desembargadora é uma bofetada nas pessoas de bem desta terra.
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