O Cálice Transborda

Do comentarista Antonio Fernando, na caixinha do post Preclusão de Efeitos, de ontem.

Um questionamento: se havia quadrilha antes nos contratos do Ipasep via Chico Ferreira e Cia Ltda, por que será então que ainda permanece , como dantes no quartel de abrantes, o contrato do Hospital Saúde da Mulher, aquele um que fica ali pelas bandas do Marco? É o preferido nas internações e, claro, nos faturamentos.Se havia sacanagem antes seria de bom modo,então, apurar os contratos de agora.Pelo andar da carruagem a farra continua, com o mesmo enredo, mas, evidentemente, com outros atores.De resto está mais do que na cara que a entrevista foi uma vacina, como bem disse o Blog, numa vã tentativa de "afastar de mim esse cálice". Tudo combinadinho entre o ator principal, Charles Alcântara, com a concordância do jornalão do Anhanga.

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Em tempo: Anhanga foi a alcunha lançada, na campanha eleitoral de 94, contra o candidato Jader Barbalho. Espalhada em muros, postes e bancas de revistas da cidade, o cartaz reproduzia apenas parte do rosto do então candidato, o cenho carregado e as grossas sobrancelhas, e o fundo dos olhos avermelhados.
Pessoalmente, considero o cartaz uma das peças mais engraçadas e certeiras que já vi em campanhas políticas.
E voce, sabe o que quer dizer Anhanga? Olha aí.

Nas cartas dos padres José de Anchieta, Manuel da Nóbrega e Fernão Cardim fala-se de Anhanga como de um espírito malfazejo, temido pelos indígenas. O alemão Hans Staden chamou-o Ingange. O franciscano André Thevet registrou-o também. São todos do século XVI. Thevet (1558) notou que o Anhangá não tinha forma positiva. O certo era atormentar os viventes. Jean de Léry, o huguenote macio e doce, anotou o seu complicado Aygnhan, irmão de Agnan de Thevet, atormentador das gentes tupinambás. Até a lembrança do Aygnhan os fazia sofrer.

Em outras palavras, o Diabo, o Cão, o Cujus, Êle, o Tinhoso, o Chifrudo, o Mefistófles, o Bode.

Fonte: www.casadobruxo.com.br