11.11.06

Deputado Processado

A vara está cercando o deputado Luis Seffer, do PFL.
O Ministério Público Eleitoral no Pará ajuizou Ação de Investigação Judicial Eleitoral contra o deputado.
Ele é acusado de abuso de poder econômico e pode perder o mandato.
O político paraense é médico e foi denunciado por eleitores ao oferecer, e realizar, laqueaduras em mulheres em troca de votos.
Mas quem operava era o irmão e sócio do deputado, segunda as denúncias.
De acordo com os depoimentos, o cabo eleitoral de Sefer conhecido como Zé da Farmácia era quem convocava as mulheres para as reuniões, em que o deputado convidava todas para fazerem parte de um programa de laqueaduras sem nenhum custo e pedia votos, recolhendo os títulos eleitorais das presentes.

(com informações do MPF)

11 comentários:

Anônimo disse...

É, portanto, denúncia pública. Vamos ver se o CRM do Pará vai fazer ouvido de mercador e cara de paisagem para dar um corretivo nesses abusos.

Anônimo disse...

O que é mais lamentável é ver o povo desprovido de formação e informação política, principalmente do interior do estado (ver Ig Miri e Abaetetuba,...), votarem nesse "médico-candidato", em troca de "cirurgias gratuítas". Aliás essa é uma prática corrente em muitos municípios do estado, justamente pela ausência de políticas públicas de saúde e planejamento famíliar. Pois a doença é uma mercadoria valiosa.Alô auditoria do SUS!! Alô MP!! Alô Ministério da Saúde!!!

Anônimo disse...

É verdade. Este CRM do Pará, anda acomodado demais nestes 12 anos. O atual presidente, além de estar supostamente envolvido em escândalos na UEPA, ainda é dado a continuísmo maior ainda do que aquele que acontecia na época da ditadura, com o Dr. Guaraciaba Gama, interventor por longos anos no órgão.
Os líderes do movimento Renovação Médica que o assumiu logo após o fim da ditadura, haviam firmado um acordo tácito que jurava evitar este tipo de coisa. Acordo este que o Dr. José Antonio Cordero descumpre há anos.

Yúdice Andrade disse...

Compra de votos com laqueaduras? Essa é uma das expressões mais antigas e tradicionais do banditismo político brasileiro, porque explora a fragilidade psíquica de pessoas em condições de adversidade econômico-social. Em bom português, o pobre é tão ferrado que nem sabe que está sofrendo uma violência; pensa que estão lhe fazendo um bem. Céus, quando isso vai acabar?!!

Anônimo disse...

Isso é uma violência à dignidade humana, mulheres com apenas 17, 18 anos de vida, sofrerem o trauma da laqueadura. Povo sem educação e consciência política é a chaga do subdesenvolvimento, que rende votos e perpetua a impunidade.

Anônimo disse...

Mestre Yúdice, só vai acabar quando a Justiça botar esse pessoal no lugar merecido: a cadeia! E quando médicos que envergonham a profissão além de envergonharem o parlamento foram cassados pelo CRM e pela AL.

Val-André Mutran  disse...

Cadeia nele e suspensão do registro.

Bruno Soeiro Vieira disse...

Vara nele Jucão !

Anônimo disse...

Ora, ora, comentaristas, por que o espanto! Há quatro anos atrás o povo do Pará elegeu um falso médico Senador da República. Para dois anos depois colocá-lo à frente da administração da cidade mais importante da região norte do Brasil. Tudo mundo resolveu esquecer este triste episódio.

Anônimo disse...

Pois é, esse prefeito ensaboado que só vive ascenando com o chapéu dos outros.

Anônimo disse...

E vc foi muito respeitoso ao parafrasear este velho dito popular. Que se escreve de outra maneira.