O blog recebeu um comentário do publicitário Chico Cavalcante, titular da Vanguarda, a propósito da polêmica (mais uma!) instalada aqui no blog sobre a campanha de Ana Júlia.
Caro Juca,
Avisado por um leitor assíduo do seu blog dessa celeuma e do disse-me-disse provocado, resolvi interromper por alguns instantes minhas férias em Ibiza elucidar algumas dúvidas.
A Campanha de Ana Júlia e Odair Correa foi uma campanha multidiscipliar, envolvendo dezenas profissionais, atuando em cada uma das áreas.
Mais de cinquenta profissionais de comunicação atuaram na campanha diretamente na produtora principal (Digital, do Fernando Pena) e pelo menos o dobro disso em outras áreas e espaços, inclusive em duas agências de publicidade (Vanguarda e Double M).
Atribuir autoria a uma campanha assim é realmente uma tarefa inglória, mas vamos aos créditos.
O coordenador geral da campanha foi o Charles Alcântara, que agora assume a coordenação da equipe de transição. Charles é profissional da área tributária e um quadro do PT experiente, que já exerceu a diretoria geral da Sefin, na administração de Edmilson.
A Coordenação de Finanças foi exercida pelo vereador Edilson Moura, que cumpriu sua função com lisura, honestidade e seriedade, cumprindo seus compromissos de maneira irrefutável.
O coordenador de comunicação foi Paulo Heineck, que atuou integrando o conjunto das ações de comunicação (incluindo, no segundo turno, ações de comunicação dirigida e de casa em casa), as diferentes mídias e dirigindo a execução da estratégia.
Paulo é um quadro político da DS (tendência à qual pertence Ana Júlia), mas além disso é profissional de marketing experiente, já tendo cumprido essa função em pelo menos oito campanhas em diferentes pontos do país. Já atuava na assesoria de Ana no Senado quando foi convidado por ela a assumir a coordenação de comunicação da campanha.
O diretor de TV foi o Alemão, que veio com a equipe de Paulo já tendo atuado em grandes produtoras do país.
O redator principal foi o Giorlando Lima, baiano que atuou em Belém com a equipe de Duda Mendonça em 2004, na campanha em que Ana Júlia disputou a prefeitura de Belém.
Giorlando veio para Belém a meu convite, saindo da campanha de Roseana Sarney, no estado vizinho, onde estava atuando.
Fui contratado como Coordenador de Estratégia, atuando junto com o Paulo Heineck na elaboração das linhas gerais da campanha. E cumpri, até onde sei, essa tarefa. No primeiro turno, acumulando a campanha de Rondônia, também assumi a redação do programa de Mário Cardoso, ao lado de David e Silvio
Brasil. O programa de Rádio da candidata do PT foi responsabilidade de Rejane e Kleber, mas também contou com a participação de Edgar Augusto, além de trilhas de diferentes músicos, dentre os quais Humberto Farias.
A coordenação de produção ficou a cargo de André Seguentin, paulista, também da equipe de Paulo, que compôs seu staff com profissionais locais gabaritados, como Mônica Marques, que atuara comigo na campanha de Rondônia.
A estratégia de mídia estadual ficou à cargo da Vanguarda Propaganda, tendo sido gerenciada por Lilian Palheta e Luciana Haber.
A Double M assumiu a mídia impressa, desenvolvendo a logomarca, a programação visual e as peças gráficas.
A Mentor, do Luis Paulo, criou e gerou conteúdo ao site da candidata, atuando ainda em ações de telemarketing ativo e passivo.
Ainda que parcial, porque aqui por certo devo ter esquecido de alguém, essa é uma tentativa de acabar com essa polêmica boba e sem propósito.
No que me diz respeito, cumpri minha missão. A função para a qual fui contratado foi plenamente desenvolvida.
Se alguém quer que eu torça os fatos para estabelecer com Heineck uma disputa de autoria, estará perdendo seu tempo. Torço para que a transição se dê da melhor maneira possível, com sabedoria e tranquilidade, que a equipe de governo tenha o mesmo norte estratégico da candidata e que o governo de Ana Júlia faça o Pará viver a mudança que tanto anseia.
Grande abraço,
Chico.
Valeu, Chico. Grande abraço prá voce também.
10 comentários:
Evidente que a tal polêmica foi inspirada por algum cérebro subtraído de um mínimo moral na massa cinzenta.
Resta saber de onde proveio, pois a preocupação é bem clara: pela cizânia reduzir seu espaço no governo de Ana Júlia.
Não conheço pessoalmente o Chico. Só o conheço de nome e pela sua competencia nessa área.
Participei divertidamente dessa discussão de autoria de quem fez ou deixou de fazer a Ana Júlia.
Pelo comentário do Chico, foi uma grande equipe de profissionais que diga-se de passagem, estão de parabéns.
Agora vamos esperar as mudanças.
Nesse imbrólio todo, um verdadeiro pool de empresas que formam a teia da campanha feita pelo PT ainda me resta uma dúvida mesmo após o detalhado relato do Chico: onde foi e de que maneira ocorreu a participação da FAX??? Já que ela foi até citada no insuspeito Repórter Diário na edição de ontem (Domingo).
Um novo fato para esquentar a polêmica.
"O Liberal" de hoje publica material publicitário da agência DAHÁS Comunicação & MKT, assumindo os créditos da campanha vitoriosa da canditata petista.
E aí, cabe perguntar: por que a Vanguarda ainda não assumiu seus méritos na vitória?
É o mínimo que se espera de qualquer agência, por qualquer vitória ou prêmio recebido...
Voce não leu o post,Anonimo, ou está querendo tirar um sarro da nossa cara?
Tem analfabeto na polêmica. Como é que depois de ler o post um Anônimo que não frequentou o MOVA escreve: "por que a Vanguarda ainda não assumiu seus méritos na vitória?"
O mínimo que se espera de qualquer agência, por qualquer vitória ou prêmio recebido, é que ela não distorça os fatos. E isso a Vanguarda está fazendo. Com honradez e honestidade, como Cavalcante já demonstrou aqui mais de uma vez. Quem não lembra da polêmica com Orly, desmontada por um post dos mais bem escritos em que Cavalcante, que já trabalhou com Orly, reconhecia os méritos da Griffo de uma forma que, infelizmente, é difícil de ver no mercado paraoara. Valeu, Chico!
Não querendo ser chato (e já sendo), vocês não acham que estamos dando grande importância para esse assunto, até parece que nao temos coisas mais importante para dicusti, como o preço da cibalena, por exemplo.
Não entendo de marketing político, até porque nunca deixaram ou não me deram a oportunidade de aprender ou entender com as feras que estão aí fazendo o maior sucesso há tantos anos. Mas nessa discussão toda sem futuro, a única coisa que posso comentar é que estou com o Chico, mesmo sem conhcê-lo, que mostrou com humildade o mérito de cada um na campanha vitoriosa da nossa Governadora eleita. Inclusive o seu, com certeza.
Como isso aqui está mais parecendo uma eleição, de tantos que são os comentários, quero deixar o meu voto que não é secreto, Chico ou Chiquinho. E PT saudações com o nosso encontro marcado para 2008. Quem sabe se juntos ou separados. Isso, só Deus sabe.
abraços,
Vic
Vic elogiando Chico? Sinal dos tempos...
O preocupante é a forma de movimentação de "agências" no sentido de conquistar parte da conta do Governo Ana Juder. Já existe "agência" querendo saber quanto faturaria no governo para propor comissão a padrinhos com força no governo petista. Tratam a conta de propaganda como empreteiras ou fornecedores de papel higiênico, sem saber que atendimento de governo exige inteligência, esperiência, identificação e talento. Espera-se que profissionais brilhantes como Chico Cavalcante barrem este tipo de máfia, que dá rasteira em qualquer escrúpulo.
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