Setores do PT, e parte da oposição, é claro, querem agora empurrar a governadora a dar uma lição à sociedade paraense que os professores - da UEPA ou de qualquer universidade ou escola - jamais devem dar aos seus alunos.
Passar por cima das urnas não é ilegal, registre-se. A lista tríplice garante, de forma inquestionável, a legalidade da medida. Mas a governadora Ana Julia construiu boa parte de seu patrimonio político ensinando exatamente a diferença entre o legal e o legítimo. No meio do caminho está o avanço das relações socias.
Desconhece-lo agora, exatamente como fez Almir em 1996, é , usando suas próprias palavras, tentar conduzir a governadora a chancelar um golpe, uma atitude autoritária que lembra a ditadura militar, passar por cima da democracia, envergonhar as mulheres paraenses.
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O blog soube ontem a noite que a governadora, apesar de voce, estaria inclinada pela nomeação de Bira Rodrigues, e anunciaria sua decisão no próximo dia 23, na cerimônia de reinstalação do Idesp.
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O blog encerra por aqui suas considerações sobre a eleição da UEPA, e deseja boa sorte ao futuro reitor. Independente das escaramuças eleitorais, ele vai precisar.
23 comentários:
Ei juvêncio
abre esta discussão por aqui também.
a Folha de São Paulo fez uma reportagem no final do ano passado denunciando que todos os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo contratam parentes sem concurso público, o clássico nepotismo.
Pois agora, em virtude do pressão da opinião pública o TCE de lá baixou uma resolução dando um prazo de 90 dias para que todos os parentes até o 3º grau de conselheiros devem ser exonerados de seus cargos.
já pensou se essa moda pega por aqui. era muita gente sem emprego no TCM e TCE paraora.
ta na pagina da uol de hj (10/01)
É prá já, professor.
Obrigado e bom dia.
Alessandro, nâo sou assinante UOL e não tice acesso ao link.
Por favor, se puder, mande a notícia completa.
Obrigado.
É a tal da metamorfose ambulante!!!
Pode ser. Mas prefiro aguardar o desfecho do caso.
Bom dia, Juca.
Do Idesp? Caramba...dá até medo...bem místico, heim?
Beijos.
Não Juca,
Quando há desvio de recursos públicos por parte dos tucanos isso é corrupção. Quando há desvios de recursos públicos por parte dos petistas trata-se apenas de dinheiro não contabilizado destinado à transformação da sociedade. Quando Almir não nomeou Mário e Silvio foi chamado de ditador anti-democrático. Ana será chamada de estadista republicana. Proponho até que ganhe um busto a ser colocado na reitoria da UEPA...
Juvêncio
segue reportagem de hj (10/01) da FSP.
abs
"TCE tem 90 dias para acabar com nepotismo
Determinação publicada no "Diário Oficial" obriga conselheiros a demitir parentes contratados sem concurso público
Roque Citadini, presidente do TCE, nomeou o irmão, que foi aprovado em concurso público para policial civil e será devolvido à polícia
LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo deu prazo de 90 dias, a contar de ontem, para que todos os parentes de conselheiros, contratados sem concurso público e com salários mensais de R$ 12 mil líquidos em média, sejam demitidos.
A medida foi adotada após reportagem da Folha, de 26 de dezembro, revelar que, na contramão de outros órgãos que anunciaram medidas para combater o nepotismo, os sete conselheiros do tribunal nomearam filhos, noras ou irmãos para cargos de confiança.
É o caso do vice-presidente do tribunal, Eduardo Bittencourt Carvalho, que contratou cinco filhos.
O próprio chefe-de-gabinete do conselheiro, Marcos Renato Böttcher, disse à Folha não saber se eles trabalham.
Uma das filhas de Bittencourt, nomeada há nove anos assessora técnica de gabinete, recebe R$ 12 mil líquidos por mês para, segundo ela, ler cabeçalhos de correspondências e documentos enviados ao pai.
Pela resolução publicada ontem no "Diário Oficial", fica proibida a contratação sem concurso público de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, de conselheiros e auditores.
Nomeações cruzadas não serão admitidas. Isso ocorre quando um conselheiro emprega o filho de um deputado, por exemplo, que retribui com um cargo na Assembléia.
Foi vedada a contratação de empresa que tenha como sócio, gerente, diretor ou controlador parente de conselheiro.
Revisão
Em dezembro, os conselheiros defenderam a contratação de parentes. Disseram que a determinação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) proibindo o nepotismo não atingia o TCE, que é ligado ao Legislativo, não ao Judiciário.
Na resolução publicada ontem, os conselheiros recuaram e informaram que a mudança se justifica porque os tribunais de contas têm "aspectos assemelhados de estrutura constitucional e funcional" com o Judiciário e o Ministério Público, que proibiram o nepotismo.
Agora os conselheiros assinaram o veto ao nepotismo.
O presidente do TCE, Antonio Roque Citadini, nomeou o irmão, Bittencourt, cinco filhos, Edgard Rodrigues, um filho, Fúlvio Julião Biazzi, dois filhos, Cláudio de Alvarenga, a nora, e Renato Martins Costa, a nora (já exonerada).
O conselheiro Robson Marinho (nomeou a irmã), não assinou. Segundo o TCE, porque ele estava de férias. Por meio do órgão, Marinho informou concordar com a mudança.
Apenas o irmão de Citadini passou por concurso público para policial civil e foi transferido para o TCE, onde o salário é maior. Com a resolução, ele deverá retornar aos quadros da Polícia Civil."
Esta reportagem foi publicada na edição de 26/12/2007 da Folha.
"Todos os conselheiros do TCE paulista empregam parentes
Para os sete titulares, contratação de familiares sem concurso público não é ilegal
O vice Eduardo Bittencourt nomeou seus 5 filhos para trabalhar no gabinete; um deles ganha R$ 12 mil para ler cabeçalhos de cartas
LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
Os sete conselheiros do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), órgão criado para fiscalizar os gastos do Executivo, empregam filhos, irmãos e noras em cargos de confiança. A maioria dos parentes, mesmo sem concurso público, recebe por mês cerca de R$ 12 mil líquidos.
Os conselheiros, que têm cargos vitalícios e ganham pelo menos R$ 21 mil líquidos por mês, entendem que a prática não é ilegal (leia texto abaixo).
O campeão na contratação de parentes é o vice-presidente do TCE, Eduardo Bittencourt Carvalho, indicado ao cargo há quase 17 anos, durante o governo paulista de Luis Antonio Fleury Filho (PMDB).
Bittencourt nomeou os cinco filhos para o gabinete dele. Segundo a reportagem apurou, no entanto, nenhum deles comparece ao tribunal.
É o caso de Carolina Bittencourt Roman, 33, bacharel em direito (sem a carteira da OAB). Nomeada há nove anos como assessora técnica de gabinete, com um salário mensal de R$ 12 mil líquidos, ela seria a responsável pela leitura de cabeçalhos de correspondências e documentos enviados ao pai.
Funcionários do TCE afirmam desconhecer Carolina e os irmãos. No mês passado, o próprio chefe-de-gabinete do conselheiro, Marcos Renato Böttcher, disse à Folha não saber se os cinco efetivamente trabalham no tribunal.
A Promotoria da Cidadania do Estado de São Paulo instaurou uma investigação para apurar eventual improbidade administrativa (má gestão pública) praticada por Bittencourt nas nomeações.
Nepotismo
Os demais conselheiros dizem ser contrários ao nepotismo, no sentido de favorecer ilegalmente um familiar. Para justificar a situação, dão respostas parecidas: suas nomeações são exceções e os beneficiados, trabalhadores e competentes.
O conselheiro Fúlvio Julião Biazzi nomeou dois filhos, Fábio, 37, e Cláudio, 34, que se "formaram advogados com excelência". Com salário mensal de R$ 12 mil líquidos cada um, eles trabalham no tribunal.
Cláudio Ferraz de Alvarenga e Renato Martins Costa contrataram as respectivas noras advogadas, Helga Araruna Ferraz de Alvarenga e Andrea Martins Costa. "Elas são extremamente competentes e indispensáveis", afirmam os conselheiros.
A nora de Costa, "infelizmente", recebeu uma proposta de trabalho e pediu demissão. A exoneração de Andrea foi publicada no "Diário Oficial" no final do mês de novembro.
O conselheiro Robson Riedel Marinho levou a irmã psicóloga, Ione Eneida Marinho, para ajudar na creche do tribunal, após solicitação feita pelas próprias mães, afirma ele.
Edgard Camargo Rodrigues contratou o filho, Lucas, 29, que já havia trabalhado em escritórios de advocacia.
O presidente do órgão, Antonio Roque Citadini, é o único que tem um parente que passou por concurso público.
O irmão de Citadini foi aprovado como investigador da Polícia Civil e, posteriormente, transferido para o gabinete dele no TCE.
O conselheiro é indicado para o cargo pelo governador em exercício ou pelos deputados da Assembléia Legislativa"
Juvêncio, a governadora não é boba, não deixará esse APARELHO de 250 milhões anuais na mão do tucanato, por isso, não haverá desfecho surpresa. Não adianta fazer arqueologia política, porque se for buscar tudo o que a Ana Júlia disse ao longo de sua história e pedir a ela que haja de acordo com isso teremos no Pará a ditadura do proletariado, o fechamento dos partidos de oposição, a prisão de suas lideranças e a instituição dos soviets, como rezava a cartilha de Lenin, a quem a atual governadora venerava. Então, é ocioso esse tipo de pilhéria. O que Ana fará é o que deve: dar razão à maioria NOMINAL, ou seja, ao critério de maioria LENINISTA, e nomerar Bira Rodrigues. O resto, é choro de tucano sobre o leite derramado.
ANA JULIA DISSE E ASSINA EMBAIXO. POR ISSO NOMEARÁ BIRA, CONTRA A MANOBRA DE CONTRATAR MIL TEMPORÁRIOS QUE VOTARAM COMO SE EFETIVOS FOSSEM. NOMINALMENTE, BIRA TEVE A MAIORIA DOS VOTOS. RETIRADOS OS ELEITORES CONTRATATOS PELOS TUCANOS, FARIA UMA DIFERENÇA DE MAIS DE 900 VOTOS. BIRA REITOR. E OS TUCANOS DE PIJAMA. FOI ASSIM QUE O POVO VOTOU. EM 2006 E NAS ELEIÇÕES DA UEPA.
Das 3:55 e 3:57.
Seus comentários foram permitidos apenas por representarem, exemplarmente, o poder argumentativo em defesa de Bira Rodrigues.
Muitíssimo obrigado pela inestimável ajuda.
Caro Juca.
Sinto vevo lhe dizer que ainda teremos novos capítulos da novela UEPA.
Amanhã vc verá nos grandes jornais da cidade. O ministério público e a justiça evitarão este golpe contra a democracia. Quem viver verá.Quanto à governadora- bem, está parecendo que ela demontra que não opera de acordo com princípios, mas apenas com interesses partidários.
É mesmo?
Lamento muito. A UEPA não merece.
O debate tb não.
Alan, meu caro, eu me comprometi a não abordar acusações de corrupção que, como disse, caminham nas duas direções. Vou manter a palavra.
Espero que entenda, e queira-me bem que não custa nada.
Caro Juca, o artigo 9º do regimento da UEPa afirma :
Art. 9º - As eleições para Reitor e Vice-Reitor ocorrerão no dia 20/11/2007, no horário de 8 às 20
horas e serão realizadas através de votação universal e uninominal, feita de modo que os
votos de cada categoria sejam apurados separadamente, de acordo com a seguinte
ponderação:
CATEGORIA %
Docentes 1/3
Técnico-administrativos 1/3
Discentes 1/3
Parágrafo Único – A apuração da votação ponderada dos candidatos e dos votos nulos e em branco
será feita segundo e seguinte fórmula:
IV = [(Do/Vdo) x Pdo] + [(Di/Vdi) x Pdi] + [(f/Vf) x Pf]
Onde,
IV- indicador dos votos ponderados dos candidatos e dos nulos e em branco;
Do – votos atribuídos pelos docentes aos candidatos (ou nulos ou em branco);
Di– votos atribuídos pelos discentes aos candidatos (ou nulos ou em branco);
F– votos atribuídos pelos funcionários técnico-administrativos aos candidatos (ou nulos ou
em branco);
Pdo- peso dos docentes em pontos percentuais;
Pdi- peso dos discentes em pontos percentuais;
Pf- peso dos funcionários técnico-administrativos em pontos percentuais;
Vdo- Universo de eleitores docentes;
Vdi- Universo de eleitores discentes;
Vf- Universo de eleitores funcionários técnico-administrativos.
Como se vê, o sistema de votação adotada não foi o proporcional, mas sim o paritário, onde as categorias - professores, funcionários e estudantes - devem ter um peso similar ( 1/3) na decisão. Sendo assim, a fómrmula apresentada deve ser interpretada de maneira a permitir o cumprimento do voto paritário previsto no caput do artigo 9º.
A polêmica encontra-se na definição da expressão " universo de eleitores" que comporiam os índices Vdo, Vdi e Vdf Ela significaria todos os aptos a votar em cada categoria ou apenas o universo dos que efetivamente votaram em cada categoria ? Sou de opinião que a segunda opção é a que melhor se adequa ao critério democrático e a finalidade do regimento , pois impede que aqueles que não compareceram as urnas ou votaram em branco e nulo, influenciem diretamente no resultado da eleição. Também é a que melhor garante a paridade entre as categorias , pois obsta uma discrpência muito grande entre uma categoria que comparece massivamente as urnas por facilidade de mobilização ( servidores por exemplo) e outras que tem mais dificuldade para ser amplamente mobilizada ( estudantes por exemplo. Aliás é este o critério que se usa normalmente para aferição do coeficiente eleitoral nas eleições parlamentares, excluí-se abstenções, nulos e brancos.
Não tenho todos os dados, mas segundo informações seguindo esta lógica o candidato mais votado seria o professor Bira. Vale conferir.
Boa essa. Também vou conferir.
O que diz a homologação do Conselho?
Mas lembro que votos em branco e nulos também são "escolhas eleitorais", caro.
Elas siginificam comparecimento eleitoral
Outra questão: entendo que não cabe discutir coeficiente eleitoral em eleições majoritárias, como é o caso.
Nas majoritárias, o critério é 50% + 1. Ou o que mais se aproximar disso.
Mas, observo, (ainda) não sou cientista politico...rs
Admito, e admiro, (as boas)críticas.Como a sua.
Vale conferir sim.
Só para esclarecer Juvêncio : os votos em branco e nulo não são considerados votos válidos também em eleições majoritárias, e não entram no cômputo do 50% + 1.
Obrigado, das 5:53.
Lembro apenas que eu não disse que votos em brancos e nulos são válidos. Eu disse que são "escolhas eleitorais".
E disse que na majoritária não se aplica coeficiente eleitoral.
Há apenas duas categorais de políticos no poder: os simples governantes (que podem bons ou maus) e os estadistas. Os do primeiro grupo, a grande maioria, só pensam a curto prazo, no seu grupo ou no partido e visam, tão simplesmente, reproduzir-se no poder; os do segundo, raríssimos, investem nas decisões de longo prazo, em processos e instituições, porque defendem um modelo de sociedade e são, por isso, mais coerentes com princípios. Não cobremos de Ana Júlia a estatura que não tem (nem nunca teve ou terá). Sua decisão sobre a UEPA será de conveniência e não de construção institucional. Para o seu grupo, a UEPA (como foi tb pro PSDB) é simples "meio" de exercício do poder ("base eleitoral") e não uma instituição de formar quadros com qualidade. Nem o PT, nem o PSDB, nem ninguém tem um projeto de estado para nenhuma Universidade. E impera, assim, mais uma vez, com cores diferentes mas com conteúdo semelhante, a mediocridade dos colonizados. Tristes políticos. Triste Pará.
Juve,
Sei que aqui não é o lugar , mas queria que alguém possa me informasse que canta aquela musica de um institucional que esta no ar do governo do estado, pelo aniversário de belém.
Não se incomode com o lugar, fique a vontade, obrigado.
Não vi a peça, mas se até amanhã não aparecer uma alma caridosa a nos dizer, eu ligo pra produtora que realizou o vt e trago a informação, para este mesmo lugar.
Não antes das 9,30 que essa turma de produtora adora acordar tarde...rs
Caríssima, a voz que canta o jingle é da Suelene.
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