Também no post sobre Cuba, um anônimo em versos.
É o daiquirí, no floridita.
É o morrito nas areias/
conchas de varadero.
É uma bela massa/
pasta, na mansão que pertenceu ao Al Capone (a máfia andava por lá)
São os boleros,lindos, sonoros, que nos pegam n´alma.
É o chá chá chá, chá chá chá.
É a pele morena.
É a dança, o requebro, o ritmo no sangue.
É o Paulo Milanês, o Sílvio Rodrigues, o Rodolfo de la Fuente, o Noel(êpa)Nicola, o Tony Pinelli.É a música "mujer si la distancia es esa huella" e "Tú eres la música que tengo que cantar"e "cuba vá".
São as cores do caribe, na terra, no céu, no mar.
É aquela gente boa, risonha, feliz, tranquila.
É o chão que encarou, de fato, o capitalismo e suas relações...
2 comentários:
CHÃO BOM!
Encarou mesmo, o capitalismo, que transforma tudo em dinheiro, até as relações.
Como está dito no post Proscrita: é o começo do fim - ou como disse a Ministra, lá no Combú: é apenas o começo.
Cuba sempre chamou a atenção, Juvêncio. Mantendo a grafia da época, transcrevo-te um poema do amazonense-paraense Paulino de Brito, escrito em 1895 e publicado no livro Cantos Amazônicos (1900):
À ilha de Cuba
Cinge-se o mar em que tu brilhas
de aterrador, rubro clarão!
Perola excelsa das Antilhas,
já não és perola, és volcão!
Lavas de fogo e dynamite,
rios de sangue a se escoar!
Que a combustão voraz crepite,
Phenix da cinza ha de voar.
Da nobre Hespanha a heroicidade
vê sua estrella esmorecer...
Queres vencer a Liberdade?
Tens o Impossível que vencer.
Berço do Cid e de Pelayo!
em muitos sec'los de opressão,
ah! tambem tu vibraste o raio
que Cuba agora tem na mão!
Salve, Criolla, altiva e bella,
que estrangulando ufana vaes
os leões temidos de Castella
entre os teus braços virginaes!
Urrah! - por ti! Viva a revolta!
Cante o clarim, fale o canhão!
Teu pavilhão aos ares solta!
Já foste escrava, hoje és Nação!
Curioso é que o Autor insere, no rodapé, uma nota explicativa ao último verso, que diz premonitoriamente o seguinte:
Sahio das garras do Leão Iberico para cahir nas da Aguia Americana ... Ironia do destino! ...
Postar um comentário