Bem a propósito das discussões sobre os problemas da justiça brasileira que rolam aqui no blog, o Conjur publica hoje uma reportagem em comemoração aos 50 anos do lançamento do livro "A Justiça a serviço do crime", do juiz Dácio Aranha de Arruda Campos.
Veja alguns trechos da matéria.
A grande maioria dos togados, diz Arruda Campos, não se preocupa com a Justiça, mas com uma suposta segurança da sociedade
Mesmo aqueles que não concordam com as propostas de Arruda Campos têm de admitir a coragem e humildade que esse juiz teve ao dar um tapa no corporativismo que reina no Judiciário
acusa seus colegas de toga de prevaricação quando deixam de soltar aqueles que estão presos ilegalmente.
Arruda Campos contesta o cerco de proteção em volta do Judiciário.
Defende que a população deveria ser chamada a escolher os representantes do Judiciário também, assim como acontece nos outros dois Poderes, para que os dirigentes de toga possam ser cobrados pela sociedade de seus atos. E, assim, sentirem-se obrigados a prestar um bom serviço e não contar apenas com o coleguismo e a antiguidade para serem promovidos
2 comentários:
Concordo com as idéias do autor, exceto quanto à eleição dos magistrados, como ocorre nos Estados Unidos. É uma idéia sempre lembrada no Brasil, mas que, penso, só faria o Judiciário se tornar tão politiqueiro em causa própria quanto os demais Poderes. Enquanto o sujeito estiver preocupado em permanecer juiz, morta estará a sua preocupação com os superiores interesses da Justiça.
Além disso, quem disse que não se pode fiscalizar o Judiciário só por que seus membros não são eleitos? Pode e deve. É só fazer. A lei prevê os mecanismos.
Acredito também que a eleição dos magistrados não seria um bom negocio para a realidade brasileira.
No entanto, acho os mecanismos de fiscalização da população muito falhos. Vamos e convenhamos, a sociedade pouco pode cobrar de um bom serviço dos membros do judiciário. Além de que, na visão deles, isto seria uma afronta a "pureza" Judicante.
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