Na realidade, o meu está sendo programado para se tornar realidade talvez antes do teu; na semana santa, para ser mais preciso. E, também talvez, em finíssima companhia: os boa gente Paulo Ribeiro e Andréa Feijó, que tu certamente conheces. Abraços.
Mas assim...vão pensar que é uma invasão!Seria ótimo, Flanar. Quemsabe a gente nãoleva o cumpadi,para sacudir a coqueteleira para "nosotros"? Vou lhe contar tudo depois de conversar com meu "padrinho cubano", e sob sua autorização. Na semana que vem teremos novidades. Ou "novidath', linguodental, no sotaque mexicano.
Ah, se eu pudesse lá voltar! A Isla é fantástica. Vão e aproveitem o melhor dela: praias, ron, culinária criolla e, claro, a música e o extraordinário povo que por lá vive.
É o daiquirí, no floridita. É o morrito nas areias/conchas de varadero. É uma bela massa/pasta, na mansão que pertenceu ao Al Capone (a máfia andava por lá) São os boleros,lindos, sonoros, que nos pegam n´alma. É o chá chá chá, chá chá chá. É a pele morena. É a dança, o requebro, o ritmo no sangue. É o Paulo Milanês, o Sílvio Rodrigues, o Rodolfo de la Fuente, o Noel(êpa)Nicola, o Tony Pinelli. É a música "mujer si la distancia es esa huella" e "Tú eres la música que tengo que cantar"e "cuba vá". São as cores do caribe, na terra, no céu, no mar. É aquela gente boa, risonha, feliz, tranquila. É o chão que encarou, de fato, o capitalismo e suas relações...
À título de colaboração, de quem já esteve várias vezes na Ilha, passo-lhe algumas considerações que lhe poderão ser úteis:
Perambule pela parte antiga da Villa de San Cristóbal de La Habana, ou simplesmente, La Havana. A área é denominada Vedado, e é exatamente aquela declarada pela Unesco Patrimônio da Humanidade.
O Vedado está sendo todo recuperado: lá estão os seculares casarões, palacetes e igrejas, com fachadas em estilo pré-barroco, barroco, neoclássico, art nouveau, e art deco. No vedado, também, está a Catedral de La Havana, o Museu das Armas e a Plaza Vieja, onde está a maioria das edificações históricas.
Pode andar a pé pela cidade e se misturar com o povo. O cubano é algo assim como os paraenses: dado à falar de si e querer saber dos outros.
Os cubanos nos adoram pelas nossas novelas, que são sucesso por lá: El Comandante, de vez em quando, se refere a elas em seus discursos.
Ainda ficam babando pelos pertences dos turistas, tais como, relógios, óculos, e outras espécies da nossa querida sociedade de consumo. Alguns, menos contidos, pedem o que você está usando, como presente de la amistad.
Na última vez que eu estive lá fiz um ótimo negócio: troquei o meu aparelho celular, um nokia de R$300,00, por 6 horas, divididas em dois dias, de perambulação de carroça, pela parte residencial de La Havana, onde estão as residências coletivas e o verdadeiro cotidiano da cidade, jamais mostrado por La Oficialidad. Não deixe de andar por esta parte da cidade: com mais cautela, é claro, pois, como em qualquer metrópole, a malandragem corre solta.
Nos hotéis estão à serviço modernos táxis estatais. A frota está composta, em sua maioria, de mercedez e citroëns: a época dos ladas já passou.
Todavia, não deixe de pegar os táxis que circulam pela cidade. São táxis coletivos, mais ou menos como as nossas vans: aí ainda estão os ladas e aqueles peculiares modelos norte-americanos pré-revolução, que os cubanos fazem mágica para manter em circulação.
Têm, também, como já citei, as carroças de tração animal, e uma engenhoca que chamam de Coco Táxi, uma espécie de triciclo motorizado com capacidade para dois passageiros: é ótimo ver cuba de dentro deles.
O tradicional das visitas, é a Plaza de la Revolución, principal ponto de manifestações cívicas de La Havana, onde acontecem os longos discursos de El Comandante Fidel, o Museu do Rum, onde se pode ver a bebida sendo fabricada, a fábrica de Charutos Partagás, onde se vê os puros sendo elaborados, o Museu da Cidade, com peças da colonização hispânica, e o romântico Museu da Revolução, onde estão os objetos que marcaram a entrada de Fidel e Che em Cuba, para iniciar a batalha revolucionária, desde Sierra Maestra até a entrada triunfal em La Havana, em 1959. No dito museu está o minúsculo Granma: barco em que Fidel e os revolucionários navegaram do México a Cuba.
La Havana também tem o seu Capitolio Nacional, cópia fiel do de Washington, mas, dizendo os cubanos, um poquito mas largo (eu nunca me dei ao trabalho de medir, para conferir), e a sua Quinta Avenida, onde estão a maioria das embaixadas.
Não deixe de visitar o Hotel Nacional, o mais chique da cidade: uma espécie de Copacabana Palace cubano. Tem um belo restaurante e era lá que se hospedavam os artistas de Hollywood, na época em que La Havana era o balneário preferido dos sobrinhos do Tio Sam. A orquestra do salão de bailes do Nacional ainda tocava para os burgueses rodopiarem quando as tropas de Fidel fizeram a última parada na véspera da entrada na cidade: um deja vu de Titanic em terra firme. Passeie pelos jardins do Nacional, que dão frente para El Malecon. Na extrema direita dos jardins, em um pequeno promontório, está fincada a bandeira cubana: um ótimo ponto para uma tradicional foto.
Mas o hotel deveras peculiar é o Havana Livre, ex Havana Hilton. Foi nele que El Comandante, El Che, Cienfuegos – o verdadeiro articulador militar da Revolução - e assessores, estabeleceram o Quartel General ao chegarem em La Havana. Contam os cubanos que o atual nome do hotel se deu em virtude da frase proferida por Fidel, que, ao adentrar no lobby, instou os revolucionários a um brinde: ergueu um copo com rum e exclamou: “Havana es livre!”
Bem, o Tropicana ainda é a melhor revista de La Havana e La Bodeguita Del Médio o boteco mais famoso das Américas.
Desculpe, Juvêncio, acho que me empolguei e vou parar por aqui. Acabei fazendo um artigo daquilo que seriam algumas dicas: vou adaptar e colocar na minha página, com a sua permissão, é claro, pois escrevi para o seu blog.
Luluquefala, que fala porque pode. Se fosse lá,caladinho ficava: Não esqueça de dar uma passadinha na frente do hospital onde Fidel está internado para desejar vida longa ao comandate,para que ele sonhe todas as noites com os seus irmãos cubanos que mandou para el paredon.Sonhe, não, tenha pesadelos! VIDA LONGA AO COMANDANTE, NO HOSPITAL. Aproveite também e dê uma passadinha na frente do quartel general onde trabalha o China Raul, e deixe um pouco da nossa democracia, que com certeza já está entranhado em vc através do nosso Quinta. Depois disso, corra pro abraço com as dicas do Parcifal. Mas volte hein!! PS. Se encontrar por lá com o companheiro Zé Dirceu, por favor leve o meu abraço. PS2: Vire um grande herói da nossa Belém. Leve o Dudu e o deixe por lá.De preferencia na esquina do paredon. Nos primeiros lugares da fila.
18 comentários:
Já diria o Caetano: "mamãe eu quero ir a Cuba, quero ver a vida lá"...
Belo sonho. Compartilho dele.
Quem sabe faz a hora...
Vamos?
Na realidade, o meu está sendo programado para se tornar realidade talvez antes do teu; na semana santa, para ser mais preciso. E, também talvez, em finíssima companhia: os boa gente Paulo Ribeiro e Andréa Feijó, que tu certamente conheces.
Abraços.
Tomara que dê tudo certo, com essas belas companhias, sem dúvida.
Paulo é um dos príncipes desta cidade.
Abs
Uau! Vamos ver se dá pra ir também.
Qual seu plano de viagem: companhia aérea, etc?
Mas assim...vão pensar que é uma invasão!Seria ótimo, Flanar.
Quemsabe a gente nãoleva o cumpadi,para sacudir a coqueteleira para "nosotros"?
Vou lhe contar tudo depois de conversar com meu "padrinho cubano", e sob sua autorização.
Na semana que vem teremos novidades.
Ou "novidath', linguodental, no sotaque mexicano.
Ah, se eu pudesse lá voltar! A Isla é fantástica. Vão e aproveitem o melhor dela: praias, ron, culinária criolla e, claro, a música e o extraordinário povo que por lá vive.
Eu também "telo".
Valeu, Oliver, arrasou...rs
Vamos Dudu. Voce se arrisca a ficar por lá...eheh.
Será que pelo menos um havana robusto pousará na capital do minério paraense para ser degustado com um autentico Johnnie Walker Black?
Pousará suavemente,Dom Flavio, um daqueles bem grande...rs.
Vai ser um prazer trazer-lhe uma caixa dos legítimos.
Abs, caríssimo.
É o daiquirí, no floridita.
É o morrito nas areias/conchas de varadero.
É uma bela massa/pasta, na mansão que pertenceu ao Al Capone (a máfia andava por lá)
São os boleros,lindos, sonoros, que nos pegam n´alma.
É o chá chá chá, chá chá chá.
É a pele morena.
É a dança, o requebro, o ritmo no sangue.
É o Paulo Milanês, o Sílvio Rodrigues, o Rodolfo de la Fuente, o Noel(êpa)Nicola, o Tony Pinelli.
É a música "mujer si la distancia es esa huella" e "Tú eres la música que tengo que cantar"e "cuba vá".
São as cores do caribe, na terra, no céu, no mar.
É aquela gente boa, risonha, feliz, tranquila.
É o chão que encarou, de fato, o capitalismo e suas relações...
Olá Juvêncio,
Desde já, uma ótima estada em Cuba.
À título de colaboração, de quem já esteve várias vezes na Ilha, passo-lhe algumas considerações que lhe poderão ser úteis:
Perambule pela parte antiga da Villa de San Cristóbal de La Habana, ou simplesmente, La Havana.
A área é denominada Vedado, e é exatamente aquela declarada pela Unesco Patrimônio da Humanidade.
O Vedado está sendo todo recuperado: lá estão os seculares casarões, palacetes e igrejas, com fachadas em estilo pré-barroco, barroco, neoclássico, art nouveau, e art deco.
No vedado, também, está a Catedral de La Havana, o Museu das Armas e a Plaza Vieja, onde está a maioria das edificações históricas.
Pode andar a pé pela cidade e se misturar com o povo. O cubano é algo assim como os paraenses: dado à falar de si e querer saber dos outros.
Os cubanos nos adoram pelas nossas novelas, que são sucesso por lá: El Comandante, de vez em quando, se refere a elas em seus discursos.
Ainda ficam babando pelos pertences dos turistas, tais como, relógios, óculos, e outras espécies da nossa querida sociedade de consumo.
Alguns, menos contidos, pedem o que você está usando, como presente de la amistad.
Na última vez que eu estive lá fiz um ótimo negócio: troquei o meu aparelho celular, um nokia de R$300,00, por 6 horas, divididas em dois dias, de perambulação de carroça, pela parte residencial de La Havana, onde estão as residências coletivas e o verdadeiro cotidiano da cidade, jamais mostrado por La Oficialidad.
Não deixe de andar por esta parte da cidade: com mais cautela, é claro, pois, como em qualquer metrópole, a malandragem corre solta.
Nos hotéis estão à serviço modernos táxis estatais. A frota está composta, em sua maioria, de mercedez e citroëns: a época dos ladas já passou.
Todavia, não deixe de pegar os táxis que circulam pela cidade. São táxis coletivos, mais ou menos como as nossas vans: aí ainda estão os ladas e aqueles peculiares modelos norte-americanos pré-revolução, que os cubanos fazem mágica para manter em circulação.
Têm, também, como já citei, as carroças de tração animal, e uma engenhoca que chamam de Coco Táxi, uma espécie de triciclo motorizado com capacidade para dois passageiros: é ótimo ver cuba de dentro deles.
O tradicional das visitas, é a Plaza de la Revolución, principal ponto de manifestações cívicas de La Havana, onde acontecem os longos discursos de El Comandante Fidel, o Museu do Rum, onde se pode ver a bebida sendo fabricada, a fábrica de Charutos Partagás, onde se vê os puros sendo elaborados, o Museu da Cidade, com peças da colonização hispânica, e o romântico Museu da Revolução, onde estão os objetos que marcaram a entrada de Fidel e Che em Cuba, para iniciar a batalha revolucionária, desde Sierra Maestra até a entrada triunfal em La Havana, em 1959.
No dito museu está o minúsculo Granma: barco em que Fidel e os revolucionários navegaram do México a Cuba.
La Havana também tem o seu Capitolio Nacional, cópia fiel do de Washington, mas, dizendo os cubanos, um poquito mas largo (eu nunca me dei ao trabalho de medir, para conferir), e a sua Quinta Avenida, onde estão a maioria das embaixadas.
Não deixe de visitar o Hotel Nacional, o mais chique da cidade: uma espécie de Copacabana Palace cubano.
Tem um belo restaurante e era lá que se hospedavam os artistas de Hollywood, na época em que La Havana era o balneário preferido dos sobrinhos do Tio Sam.
A orquestra do salão de bailes do Nacional ainda tocava para os burgueses rodopiarem quando as tropas de Fidel fizeram a última parada na véspera da entrada na cidade: um deja vu de Titanic em terra firme.
Passeie pelos jardins do Nacional, que dão frente para El Malecon. Na extrema direita dos jardins, em um pequeno promontório, está fincada a bandeira cubana: um ótimo ponto para uma tradicional foto.
Mas o hotel deveras peculiar é o Havana Livre, ex Havana Hilton. Foi nele que El Comandante, El Che, Cienfuegos – o verdadeiro articulador militar da Revolução - e assessores, estabeleceram o Quartel General ao chegarem em La Havana.
Contam os cubanos que o atual nome do hotel se deu em virtude da frase proferida por Fidel, que, ao adentrar no lobby, instou os revolucionários a um brinde: ergueu um copo com rum e exclamou: “Havana es livre!”
Bem, o Tropicana ainda é a melhor revista de La Havana e La Bodeguita Del Médio o boteco mais famoso das Américas.
Desculpe, Juvêncio, acho que me empolguei e vou parar por aqui. Acabei fazendo um artigo daquilo que seriam algumas dicas: vou adaptar e colocar na minha página, com a sua permissão, é claro, pois escrevi para o seu blog.
Um abraço.
Parsifal Pontes
Já copiei este excelente roteiro para a próxima viagem que farei.
Excelente, Parsifal.
E vai prá ribalta amanhã...eheh
Luluquefala, que fala porque pode. Se fosse lá,caladinho ficava:
Não esqueça de dar uma passadinha na frente do hospital onde Fidel está internado para desejar vida longa ao comandate,para que ele sonhe todas as noites com os seus irmãos cubanos que mandou para el paredon.Sonhe, não, tenha pesadelos!
VIDA LONGA AO COMANDANTE, NO HOSPITAL.
Aproveite também e dê uma passadinha na frente do quartel general onde trabalha o China Raul, e deixe um pouco da nossa democracia, que com certeza já está entranhado em vc através do nosso Quinta.
Depois disso, corra pro abraço com as dicas do Parcifal. Mas volte hein!!
PS. Se encontrar por lá com o companheiro Zé Dirceu, por favor leve o meu abraço.
PS2: Vire um grande herói da nossa Belém. Leve o Dudu e o deixe por lá.De preferencia na esquina do paredon. Nos primeiros lugares da fila.
Meu sonho... Pelo menos, no roteiro já viajei... Excelente
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