11.12.06

Hay Cambios

É perfeitamente compreensível que alguns não gostem do que está acontecendo.
Mas qualquer observador mais atento e objetivo percebe que está em curso uma mudança importante na América Latina, uma mudança com relação à história da própria esquerda e de todos os sistemas políticos do Continente.
Basta lembrar que neste início de século XXI, todas as vitórias da esquerda foram democráticas, por maiorias contundentes e com o apoio ativo de populações que estiveram até hoje isoladas e “recluídas”, nas montanhas indígenas, no submundo urbano, e nos grotões do atraso e da dominação coronelista.

O autor do texto acima, na íntegra aqui, é o cientista político José Luis Fiori, da UFRJ, de quem este poster foi aluno nos anos 80, naquela casa, em tres disciplinas. Muita sorte.
Ligado ao PCbão na época, Fiori é um dos mais criativos e corajosos pesquisadores brasileiros nas áreas da Economia e das Ciencias Sociais.
Sua percepção de mais um cambio estrutural em andamento na latinoamérica, desenvolvida neste artigo, reforça essa afirmação.

10 comentários:

Aline Ribeiro disse...

Imagino como vc deve ficar orgulhoso em ter feito parte do corpo discente de tão importante professor. E não há como não concordar com ele, mudanças no que conhecemos por governar e govenados estão latentes, principalmente na nossa querida república de bananas!
Abraços

Unknown disse...

Com certeza, Aline.
Começou cedo a carreira do professor, diretor do DCE da URGS na época do golpe de 64.
Um mes depois,o tempo todo escondido, conseguiu sair do Brasil e foi bater no Chile, onde terminou a graduação em Economia.
De volta ao Brasil,foi aluno do mestrado e doutorado da USP, orientando do Francisco Weffort.
Fiori é um sujeito simples, próximo dos alunos,dava aulas magníficas,muito generoso com seu conhecimento e se voce quer saber, bonito de fechar o comércio.
E olhe que era o comércio do Rio de Janeiro...eheh.
Valeu a visita.
Abs


Ps=Pena que eu não estava aí pra comemorar o premio com voces..eheh

Anônimo disse...

O Fiori é articulista regular do site www.desempregozero.org.br.
A melhor análise da nossa estréia no neoliberalismo que li - Os moedeiros falsos - foi dele. Espertinho como você sempre foi, só me faltava agora saber quem Fiori foi seu professor! Santo Ambrósio nos proteja! Beijão!

Unknown disse...

Já conheço psite, onde pontifica o jornalista-economista José Carlos de Assis. Morava no Rio quando ele lençou seu primeiro livro.
E o Fiori foi meu professor em Estado e Induistrialização I,II e Tópicos Especiais em Ciencia Política.
Vinte anos se passaram.
Aprendi muito e já esqueci quase tudo...rs.
Bjs

Aline Ribeiro disse...

Ei, agora fiquei curiosa pra ver a foto desse professor! rs...

Anônimo disse...

Lá, o Fiori. Aqui, o Guedes...

Unknown disse...

É, jornalistas são sempre curiosos.
Experimente googa-lo aqui ó:

www.galizacig.com

Boa sorte...rs

Anônimo disse...

Considero o Fiori no mesmo nível do Aloysio Biondi (falecido) e do Paulo Nogueira Batista Junior, cada qual na sua área. São isentos, moderados e bastante honestos nas suas colocações.

Anônimo disse...

Olá Juvêncio,

Bem colocado o artigo do Professor Fiori no que tange à particularidade do desejo de mudança, democraticamente demonstrado nas urnas da América Latina.
Cabe, todavia, ao meu juízo, um reparo no meio da tese: este desejo não é tangido por uma tez ideológica e se encerra apenas na vontade de mudar.
Deve-se considerar – o que não de todo desdiz o artigo – que, na verdade, o que se vê na América Latina, é menos uma vitória das esquerdas e muito mais uma constatação de inclusão democrática: os excluídos estão alcançando as urnas e manifestam a sua representatividade em candidatos que estão mais alinhados a eles.
Isto se dá, mais uma vez, como uma correspondência de identidade e não como uma unidade ideológica entre o votante e o votado.
Ao cabo, não vejo o exercício ideológico na conseqüência destas vitórias, até mesmo porque os governos não comportam ideologias: quedam-se à fatalidade da governabilidade, frustrando as expectativas daqueles que desejavam algo diferente.
O que consigo ver em Chaves e em Morales, são arremedos de ditaduras de esquerda, paradoxalmente legitimadas pelo voto popular: isto não tem sustentabilidade político-social e não alicerça desenvolvimento econômico, principalmente, e exatamente, devido ao fenômeno da globalização.
O Brasil ainda dá a melhor receita da mudança de que fala o Professor: sem extremos.

Um abraço,

Parsifal Pontes

Itajaí disse...

Bem lembrado o Paulo Nogueira Bastista, por sua inegável honestidade intelectual. Para quem não sabe o Paulo tem raízes sentimentais no Pará. O avô materno dele foi jornalista da extinta Província do Pará, na época do Lemos, e pelo lado materno é descendente de um famoso personagem da história paraense: Eduardo Angelim. Quando por aqui passou certa vez, fomos juntos conhecer os primos distantes que moram ou moravam próximo ao Memorial da Cabanagem. Emocionou-se ao segurar a espada do parente cabano.