12.12.06

Super Lego

Uma refrega de razoáveis proporções se instalou dentro da aliança de Ana Júlia, nesta reta final de escolhas dos nomes que vão compor o primeiro escalão do governo.
Os nomes "passam" com muita dificuldade, quando conseguem escapar dos crivos de tantas tendencias e aliados. Alguns chegam a "arranhar a garganta" de outros companheiros, de tão apertados que são "engolidos"... (sem aspas de agora em diante).
Outros passam tão justos que excitam a, digamos, rechonchuda poupança.
Seriam as forças em luta - maldição hobbesiana - maiores que o estado?
O grupo de Paulo Rocha, que avalia não estar sendo contemplado na partilha à altura de seu potencial eleitoral e tradição, teria chegado ao ponto de se recusar a indicar mais nomes.
Voce acredita? Eu não.
"Eu vivi 25 anos na oposição, posso continuar sem cargos no governo" teria desabafado o morubixaba do grupo de Zé Dirceu aqui no Pará, numa evidente boutade.
Paulo sabe que precisa dos cargos para voltar a pavimentar sua pretensões majoritárias, afinal ainda é novo e a memória do povo é curta.
Haveria ainda um mal estar, desde o primeiro turno, por conta da suposta lascívia a que se entregou a DS - a tendencia da governadora eleita - na conquista de independentes, das lideranças viúvas de Edmilson que ficaram à deriva, e no retorno de psolistas desanimados com as urnas de outubro.
Mas ora bolas, queriam o que? Que a DS ficasse vendo a banda passar e perdessse a oportunidade de dar uma bombada?
Todavia a montagem do Lego tá complicada. Muito complicada.
Sorte é a do Sobrancelhudo, que é dono do partido, e desde o início teria combinado:"Olha, Ana, a minha proposta é a seguinte: voce recebe quem quiser, chama quem quiser, mas na hora de fechar é comigo e mais ninguém".
Porque Ana Júlia diria não?
Já dentro do PT, a coisa é bem diferente.
É bola prá frente que atrás vem gente. Com muita inveja da gente.
O blog só espera que a força do povo pela ocupação dos espaços se traduza na gestão dos mesmos. Só isso.
E assiste ao chafurdo, entre compreensivo e divertido.

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Pessoal, as minhas fontes garantem que o jornalista Paulo Roberto Ferreira sequer cogitou ser indicado para a FUNTELPA. Teria planos acadêmicos, inclusive.
E de lá, da academia, poderia vir o novo presidente da emissora estatal de tv.
Ou presidenta?
Mas olha, essa parte final não foram as minhas fontes que disseram.
É uma suspeita do blog, putz, que erra prá caramba.
Mas o Quinta é só um blog, pobre pobre de marré.
Além do que é bacana arriscar, né Ganzer? ...rs.

9 comentários:

Anônimo disse...

Uma viagem de trabalho - curtinha, mas que tem que ser agora - não me permite palpitar com calma.
Tá certo que a partilha - o que é diferente de aliaça em torno de objetivos comuns - é "republicana" neste nosso Brasil. Aliás, é atávica, desde as capitanias! Mas que dá desanimo ver que se reparte o país em bandas para distribuir aos bandos, lá isso dá. Neste campo, não há evolução alguma. Em lugar algum. Abraço.

Anônimo disse...

Ué(?), Bia, essa partilha começou agora? È de agora em diante que se reparte o país, o estado, o município "em bandas para distribuir aos bandos"? Eu acho engraçada essa quase suspensão da vida pública que os tucanos apresentam em público, enquanto se chafurdam como porcos por onde andam, desde privatizando estatatais a preço de banana até metendo a mão em órgãos públicos e superfaturando obras. Afinal, no Pará, o métro cúbico de asfalto é mais caro que em Londres, vide a Av. Protásio, a menor do mundo, asfaltada a um custo de 11 milhões de reais. Tá na hora de cair a máscara. Os bandos são outros, mas o método é exatamente o mesmo de sempre. Republicano ou não, é assim que se faz e que se fez nos últimos 10 mil anos. E sabe quando isso vai mudar? Nunca. Há quem dê exemplos, como Suiça ou Canadá. Isso é porque não conhece como se faz política na Suiça e no Canadá. Se conhecesse, saberia que só a língua muda. O método da política é o mesmo, porque os objetivos e os agentes são, todos, da mesma laia. Almir, Ana Júlia, Lula, FHC, não teriam se metido em política se não conhecessem como é que a máquina funciona.

Anônimo disse...

Me desculpem a ignorância, mas esse Paulo Roberto não é aquele sócio do Nélio Palheta e do Miguel Oliveira numa obscura empresa chamada Ver-a-Mídia? O PT vai colocar na Funtelpa o sócio do Nélio Palheta (o mais raivoso dos tucanos, embora o menor deles) e do Miguel Oliveira (arqui-inimigo do PT do Oeste do Pará)? Me desculpem, mas isso é um pesadelo. Me acordem quando acabar.

Anônimo disse...

Juca, Paulo Roberto mente. Ele foi cogitado sim. Primeiramente para dirigir a Imprensa Oficial e, depois, para assumir a Funtelpa. No dia 07, em conversa privada com Paulo Rocha em seu escritório da Generalíssimo Deodoro, aceitou a indicação e comemorou com amigos. O problema é que seu nome é de difícil digestão pelas demais correntes do PT, posto que tem se apresentado à margem e contra o partido em diferentes momentos. Durante a administração do PT em Belém, quando a atual governadora era vice-prefeita, fez carga pesada contra o partido, embora tenha mantido relações de proximidade pessoal com Paulo Rocha - assim como Chico Ferreira, aquele sócio do Marcelo Gabriel, mantém. Ou seja, não é o grupo do Paulo Rocha quem indicou Paulo Roberto (ele não é unanimidade nem no grupo), mas o Paulo Rocha, pessoalmente. Agora, com a merda no ventilador dos blogs, a decisão começa a ser revista e nomes como Rosali Brito e Re Bacana começam a ser cogitados. Do lado da DS cogita-se o nome de Ruth Vieira, que esteve a frente da Comus na primeira administração de Edmilson e que hoje está em Recife, como coordenadora de comunicação da prefeitura petista. Em suma: sem a discussão em foruns como este, Paulo Roberto Ferreira, sócio de Nélio, estaria sim na Funtelpa. Vai negar até a morte, mas o fato é o fato. E ponto final.

Unknown disse...

Obrigado pelo seu comentário, Anonimo das 12:29.
Vamosouvir todas as versões,todos os movimentose opiniões.
Gostaria de destacar , apenas, sua atenção para o papael dos blogs - e a notoriedade que eles adquirem nestes momentos - como facilitadores ou detonadores de nomes,propostas,idéias.
É a tal da "reflexividade" que falamos em post do fia 8 deste mes.
Aí vai o link, e os fatos o cmprovam o acerto das teses de Giddens, e de sua observação atenta, Anonimo.

http://quintaemenda.blogspot.com/2006_12_01_quintaemenda_archive.html#116557589095635143

Quanto aos nomes em estudo, o da profa.Regina Lima está cifrado neste post,no "marré ....bacana",
indicação do grupo de Ganzer, ao que soube.
Eheh...

Anônimo disse...

Monta Lego é muito bom!

Anônimo disse...

Montar Lego é muito bom, mas o fabricante terá dificuldades de produzir este modelo. Encaixar estas peças não vai ser fácil!

Anônimo disse...

Anonimo das 12:19. Acho que vc implicou com meu nome e não "me" leu. Copio: " Tá certo que a partilha - o que é diferente de aliaça em torno de objetivos comuns - é "republicana" neste nosso Brasil. Aliás, é atávica, desde as capitanias!".
Foi isso que eu escrevi e é o que penso. Mas não me prive do direito de lamentar que nunca mude!
Quanto aos "tucanos" que chafurdam, pena que não sejam os únicos, pois bastaria uma boa baladeira e estaríamos mais leves. Mas, gosto da sua provocação. Abração.

Carlos Barretto  disse...

Ei, anônimo. Permita-me uma brincadeira. Deixe a nossa Bia em paz, tá. É patrimônio aqui do Quinta.
Rsss...
Abs à todos