Na Folha de SP, amostra da desfaçatez com que agem, na beira da estrada mesmo, os predadores no sul do Pará.
A TV Cultura (de São Paulo) divulgou nesta sexta-feira que uma equipe de reportagem do programa "Repórter Eco" foi intimidada por donos de serrarias durante uma reportagem na cidade de Marabá, no Pará.
"Gravávamos imagens de serrarias à beira da estrada quando fomos intimidados pelos donos. Eles fecharam com seus veículos o nosso carro, que estava no acostamento, querendo saber, aos gritos, quem éramos e para quê serviriam as imagens", conta a repórter Cláudia Tavares.
O "Jornal da Cultura", apresentado por Heródoto Barbeiro, nesta sexta-feira às 22h, vai entrevistar a repórter. O "Repórter Eco" viajou à Amazônia para mostrar alguns casos de proteção da biodiversidade pelas comunidades tradicionais da região, formadas por caboclos e ribeirinhos. Em Nova Ipixuna, perto da cidade de Marabá, a equipe foi impedida de continuar as gravações.
12 comentários:
Lembra o que houve em Santarém, quando sojeiros atacaram jornalistas que cobriam uma manifestação do Greenpeace e, mais recentemente, em Juína, Mato Grosso. Ali, fazendeiros impediram uma equipe de reportagem de visitar a área dos índios enawenê-nauê. Contrários à demarcação da terra indígena, acuaram a equipe no hotel e só não agrediram fisicamente porque policiais militares, delicadamente, evitavam que se aproximassem, sem no entanto defender o direito dos jornalistas fazerem seu trabalho. Do mesmo modo que os madeireiros do Sul do Pará, esses facínoras - forasteiros - agem como donos da região, sob os olhos complacentes das autoridades.
Juvêncio chego a pensar que essa divisão seria até boa. Pelo menos, Belém não seria mais vinculada a esse tipo de brutalidade: ambiental, social, política
Das 9:55, vc é uma gracinha!
Acho que é o tal do "poder paralelo" de que fala o Marky.
Beijos.
Todo interior o têm. O tal do poder paralelo, dos mais ricos mancomunados com as autoridades locais. Quem se ferra é quem não tem mancomunação com ninguém.
Ah! "Farwest" Caboclo!
este tipo de poder paralelo é coisa dos tempos bárbaros. E isso só significa pra mim que houve pouca "evolução" na organização da sociedade, seja no Brasil, no Quênia, nos Eua, na China.. snif!
Madeireiros, garimpeiros e grileiros, não necessariamente nesta ordem, são a escória da amazônia.
E por que o jornalista não falou que a maioria das serrarias e madereiras do nosso Estado são de paulistas, capixabas, mineiros e matogrossenses ? Assim, como a maioria dos gatos, capangas e pistoleiros que infestam nosso Estado.
Bem...não há nenhum jornalista por aqui,mas se vc se refere ao poster a resposta é muito simples: apesar de verdeira a sua colocação, o que importa onde enterraram os umbigos esses predadores?
O blog não trabalha com este, digamos, recorte de análise.
Isto explica porque eles estão loucos para dividir o Estado. Acreditam que poderão fazer estas intimidações mais livremente do que já fazem. Ingenuamente algumas pessoas com espírito regionalistas e, digamos, boas intensões, infelizmente se juntam a esta corja de gente, pra não falar dos políticos regionais que vão aonde a vaca vai ou, como cachorro, no faro dos votos.
ZP
Juvêncio, quis dizer os jornalistas da TV Cultura de São Paulo. O quê importa é que a mídia adora pinçar-nos como os selvagens que matamos freiras, impedimos a imprensa livre, etc.
Certo, das 12:24.
Obrigado pelo seu retorno e esclarecimento.
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