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PORTO VELHO - Em trabalho conjunto, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal em Rondônia deflagraram, na manhã desta terça-feira, a Operação Abate. O trabalho é resultado de mais de ano de investigações realizadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal. Segundo a polícia, as apurações apontaram a prática de diversos crimes cometidos para favorecer empresas frigoríficas, laticínios e curtumes fiscalizados pela Superintendência Federal da Agricultura em Rondônia. Em troca, os servidores públicos envolvidos recebiam vantagens indevidas das empresas favorecidas.
Além de frigoríficos, laticínios e curtumes, foi identificado um importante grupo econômico com sede em Mato Grosso, responsável por pagamento de propinas a servidores públicos da Superintendência Federal da Agricultura em Rondônia, Banco da Amazônia, Ministério da Integração Nacional, Agência Nacional da Energia Elétrica e Secretaria do Meio Ambiente do Estado de Mato Grosso.
Estão sendo cumpridos 15 mandados judiciais de prisão preventiva, sete mandados judiciais de prisão temporária, além do cumprimento de 43 mandados de busca e apreensão na sede da Superintendência Federal da Agricultura em Rondônia, na residência de vários investigados e na sede de diversas empresas envolvidas no esquema.
As execuções das ordens judiciais estão sendo cumpridas em oito Estados (Rondônia, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Pará e Rio Grande do Norte) e no Distrito Federal, envolvendo um efetivo total de 250 policiais federais, além de 65 viaturas
No Pará, o encarcerado foi simplesmente o Diretor de Infra-Estrutura de Negócios do Banco da Amazônia (BASA), Augusto Afonso Monteiro de Barros.
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Atualizada às 12:15.
A coisa se arrastava há algum tempo. Augusto foi gerente do banco em Rondonia, e foi no PT de lá que conseguiu o aval para ser nomeado diretor do BASA. Na Agência Nova Déli-Centro do banco, a perplexidade é total.
14 comentários:
O "companheiro" Augusto Barros foi militante e dirigente do PCB,o antigo pecebão. Ao atravessar o "rubicão" , nomeado diretor do Basa, adotou o estilo executivo moderno, cabelo estilo "yuppie",tendo ao lado um vistoso lap top Sony Vado, que não larga nem para ir ao banheiro. Agora fica mais fácil entender porquê... No Basa,ele é tido como figurinha empedernida e metido a ser o que a folhinha não marca. O antigo militante das causas da categoria virou um ferrenho defensor do aperto salarial e corte de vantagens de seus ex-companheiros de lutas,a ponto de comandar a "degola" de comissionados no tal Plano de Negócios do banco. Revelou-se um autêntico beleguin no poder. Agora, todos ficamos sabendo qual era o "verdadeiro negócio" do posudo diretor Augusto.Que descanse em paz no xilindró. Com seu lap top para "matar" o tempo.
Acredito que essa operação da PF vai revelar outras coisas. Dependendo do que seja, poderá arrastar também pro buraco o presidente do BASA, conhecido entre os empregados do banco por sua arrogância descomunal.
Lá no BASA seus caprichos valem mais do que a Constituição e as leis.
Estou arrasado. Augusto foi nosso companheiro nos anos de chumbo, militando no PCB. Inclusive passou meses na Tchecoslovaquia em treinamento militar. Entrou no BASA, a princípio contido, depois, militante sindical, tendo presidido a Associação dos Empregados do BASA, a AEBA. Posteriormente fez carreira no Acre e em Rondônia, onde acabou Superintendente Regional e, de lá, catapultado para a diretoria do Banco, onde passou a fazer jogo duplo: sorrindo e dando tapinhas nas costas dos sindicalistas, mas defendendo as ordens da direção nos cortes das vantagens dos colegas. Só não descreio na humanidade, porque ainda conheço muita gente honrada daquele tempo (eu, no meio) que nunca mudou de lado e nem perdeu a ética.
Também assim age o atual chefe da casa civil do governo do pará,em uma reunião com quase 3.000 pastores evangélicos,além de defenestrar com a ex -cchefe da EGPA,garantiu aos pastores que colocaria quem eles apontassem,para comandar a EGPA.
A prisão do direitor do BASA não pode ser considerada surpresa pra ninguém.
Como todos sabem, assim como ocorre nos demais bancos federais, a diretoria do BASA é loteada compulsivamente por figurões como Sarney, Barbalho e Carepa, dentre outros.
Em geral, essas pessoas apadrinhadas estão lá pra defender interesses outros que não o da instituição.
Francamente, não entendo porque algumas pessoas manifestaram surpresa no episódio.
É apenas uma minúscula ponta do "iceberg".
Há mais gente no Basa que vai ter pesadelo hoje com a PF.
inclusive uns "ex"-diretores. Será que agora vão achar os 200 notebooks mandandos comprar para o banco na ZFM e que nunca apareceram?
Pois é, acabo e conversar com um técnico do BASA aposentado, pessoa séra, que disse-me acreditar que Agusto tenha sido envolvido nessas operações. A conferir.
Sim, há registros de vários diretores ladrões na história do BASA, onde pontifica, por exemplo, um outro Augusto, o Barreira Pereira.
É isso, muitos companheiros de luta,a exemplo do Silvinho, Delúbio..., quando viraram burocratas executivos, além de picados pela mosca azul, ainda se deixaram seuduzir por maracutais.
Eu não poderia me calar diante dessa situação. Foi com muito espanto, e sensação de injustiça, que recebi a notícia.
Pelos vários anos que conheço Augusto Barros, posso atestar sua dedicação e intenção de construir ambientes melhores para a coletividade - seus tempos de utopia já passaram, hoje ele busca esse mesmo ideal de outra forma: guiando uma fração do Banco da Amazônia em prol de empreendimentos e atitudes que levem à transformação gradual da vida de pessoas e erguimento da economia amazônica.
Sou testemunha viva de pessoas que querem fazer (e fazem!) um trabalho sério, mas que, por um pequeno descuido ou outro, principalmente no que concerne a datas e irrelevâncias burocráticas, acabam sendo presas fáceis para quem quer fazer "sujeira" e descarregar essa culpa em laranjas involuntárias.
"Alguém" sempre me fala: quem quer fazer bandidagem, procura cercar-se ao máximo de proteção, informações e álibis - devido a isso, é difícil localizar malandros e muito fácil crussificar pessoas que caíram por descuidos burocráticos.
Conheço pessoas que foram presas, "apenas para não influenciarem no decorrer da investigação" - foram soltas por nada haver contra elas: hoje estão com o nome "sujo na praça" por ingerência alheia.
Isso é, ao invés de usarem um franco-atirador para matar apenas um coelho, usam-se de uma metralhadora para matar 20 - entre eles, o único que interessa - enquanto os outros 19, coitados...
A não-aceitação com que vejo fazerem isso com Augusto Barros é a mesmo com que vi as tropas invadindo, de forma truculenta, o conjunto do BASA, com que vejo homens a favor do Estado desapropriando pais de famílias que trabalham na rua por não terem acesso a emprego formal.
Enquanto pegam figuras erradas para Cristo, tem muito felpudo solto pelo Brasil.
Quando uma pessoa é presa para averiguações, tem sim culpa no cartório. As pessoas que nada tem com isto não foram procuradas. Portanto este cidadão deve ter alguma coisa contra ele. Infelizmente a justiça favoreçe a esta gente, principalmente quando tem dinheiro em jogo.
Que tal ele optar pela delação premiada e mandar ver no restante deste pessoal que mama as nossas custas?
Acabou ontem o estoque de Lexotan, o pessoal do Basa adquiriu todo! Eles estão com medo que o Augusto abra o jogo. Isto não deve acontecer pois o mesmo no tempo da ditadura fez certos cursos no exterior para enfrentar o regime e lá certamente aprendeu que não deve entregar o jogo para ninguem.
esqueceram o DESDHETE BRASIL!!!!
que atuava nos processos do dois lados, do basa e dos funcionários.Esse é "mestre em malandragem".
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