11.12.06

O Juízo Prevaleceu

Saiu agorinha a decisão do STF sobre a questão das taxas do vestibular,
A presidente do Supremo, ministra Ellen Gracie deu ganho de causa à UFPA, que de imediato começou os contatos com as escolas para refazer o calendário do certame, para evitar que, com mais uma mensalidade nos cursinhos, todo o esforço da Defensoria Pública da União fosse por água abaixo.

3 comentários:

Anônimo disse...

Por falar em vexame: leiam o discurso do Lula ao receber hoje à noite (dia 11) o prêmio de "Brasileiro do Ano", da Revista Istoé.(em : http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u87635.shtml)
Será que o prof. Fiori, que eu também coneci das reuniões na Praia Vermelha, vai continuar considerando o Lula como líder da esquerda?

Unknown disse...

Caramba, eu acabei de ler na Folha e voltei para moderar os coments e estava voce...eheh.
Mas é isso.Amanhã alguns petistas vão se aborrecer.Zé Dirceu e troupe vão adorar.
O Fiori vai morrer na esquerda.

Anônimo disse...

Caro Jovêncio,

Pela segunda vez - infelizmente raras têm sido elas - e em poucos dias eu lhe dirijo a palavra em razão de matérias publicadas nesse seu, hoje, lidíssimo e respeitadíssimo blog. Desta vez para tecer alguns comentários sobre o post "O Juízo Prevaleceu", cujo teor é também tema de manchete - ainda que por viéses diferentes - dos dois maiores jornais de nosso estado.
Lamento que um assunto tão sério, delicado e de interesse público seja tratado com pouco cuidado e sensacionalismo, fato que mais confunde que informa a opinião pública. Isso porque é natural - e desejável - que, numa democracia, tais tensões e contraditórios se instalem, cabendo a cada ator, individual ou institucional, compreender a ação do outro e contrapor as suas teses.
Nesse sentido, entendo perfeitamente normal - e louvável - que a Defensoria Pública questione a Universidade pública sobre taxas de Vestibular; e perfeitamente normal, da mesma forma, que a reitoria de uma Universidade pública defenda a Instituição por uma outra lógica - já exposta em artigo no Diário do Pará -, estabelecendo-se, assim, o bom contraditório e bases de reflexão sobre a questão e um estimulante debate público.
O que não se pode aceitar é que, de um lado, a imprensa crie um clima de tensão artificial e inadequado, acirrando desnecessariamente os ânimos, como se Defensoria e Universidade fossem adversários e estivessem numa "cana-de-braço", num suposto "ringue", com um "vencedor" e um "vencido" - inclusive os "estudantes pobres".
Não é assim a realidade. Seja a Defensoria Pública, seja a Universidade defendem, de seus pontos de vista, o interesse público. Não há - espero - outros objetivos em jogo. Apenas o interesse público e assim deve ser!
Se a Justiça tivesse dado ganho de causa à Defensoria, a UFPA jamais a condenaria pela ação - ela está no seu papel - e estaria no dia seguinte devolvendo as taxas cobradas aos candidatos e revendo, em definitivo, a forma de ingresso na Instituição - para não penalizar os seus orçamentos futuros. Igualmente, e democraticamente, cabe agora à Defensoria Pública acatar a decisão judicial e continuar a lutar pelo que julga direitos população, como é seu dever. Esta é a ordem das coisas. É assim que funciona o estado democrático de direito.
Como reitor de uma Universidade pública não aceitarei, em hipótese alguma, provocações de quem quer que seja para posar como mocinho ou bandido, vitorioso ou derrotado, porque tal postura, por tantos desejada, só ajuda aqueles que quem têm compromisso com um único produto: vender notícia, lucrar sobre a ignorância (não importa o meio e o mínimo de ética).
É por isso que trabalho na área educacional: para ajudar o meu país a elevar a qualidade da educação e transformar todos os brasileiros em cidadãos críticos e bem formados. Somente então, clientela qualificada, restarão no mercado tão somente jornais - e jornalismo - sérios, porque o leitor saberá distinguir verdade de mentira, fato de fatóide, isenção de manipulação.
Como são ainda tantos os ingênuos, aposta-se na confusão.
De tudo,porém, deve restar uma boa lição: os órgãos públicos (seus dirigentes) devem conversar mais, preventivamente, de forma direta e não aceitando versões de outrem, utilizando-se da razâo comunicativa, interessando-se pelas razões do outro, antes de qualquer ação definitiva. Isto facilita a realização dos objetivos comuns - o interesse público - e prejudica menos a população - esta seim, ao final, sempre a mais prjudicada.

Receba minhas saudações,

Alex Fiúza de Mello