9.12.06

Triste Fim

Fonte do blog que conversou nesta semana com o ex governador Almir Gabriel conta que encontrou um homem cansado.
Mas a única mágoa declinada foi a de ter se "preparado para fazer um governo melhor que os anteriores".
Nessa hora apareceu um documento prá ele assinar.
"Juca, eu nunca vi a mão dele tremer tanto", disse a fonte, não sem esconder uma certa tristeza, tucaníssimo que é.

30 comentários:

Anônimo disse...

Juvêncio
Almir perdeu no segundo turno, mas tem gente se atrapalhando com o terceiro. Mário Couto, Jader Barbalho, Zé Geraldo, Beto da Fetagri, Zequinha Marinho e Gerson Peres e vários deputados estaduais eleitos, entre eles Gabriel Guerreiro e Suleima Pegado, tiveram a rejeição de suas contas eleitorais recomendadas pelo ministério público. o pleno do TRE acatou a recomendação no caso de Gerson e julgará os demais nesta segunda feira (11/12). Se depender do doutor Potyguar e do TRE, nenhum deles é diplomado. Os suplentes estão em polvorosa.

Unknown disse...

Voce acha?
Tenho dúvidas, depois que o Pleno abriu as porteiras.
O Controle interno recusou algumas contas,inclusive uma com parecer favorável do Ministério Publico Eleitoral, a do deputado Nilson Pinto...er... pintão!
O Pleno aprovou as contas por unanimidade.
Resultado: o Pleno disse que o Controle interno estva errado,e este disse que o MPE estava errado.
Samba do crioulo doido?
Não,Brasil.
Quem se deu mal nessa parada foi o Controle interno, aqui prá nos, quem entende do assunto.
Eu, na pele do responsável pelo Controle interno, mandava tudo pro espaço.
Ou assumia o erro...e ia pescar
com o Mário Couto.
Não, com o Jatene, que tem a voz mais bonita,mais empostada...deve assustar menos peixinhos,né?
Aposto dez contra um com voce: não tem dr.Potiguar nem TRE que "dê jeito".
Todos serão diplomados.

Milton T disse...

Serão mesmo, Juca!

bom fim de semana,

abs

Unknown disse...

Ahahah...sim, amigo...rs.
Bom fds prá voce também.

Anônimo disse...

Juca, pensei e repensei se dava meu palpite, mas a tristeza do título me comoveu. Parte dessa melancolia que ficou após a leitura do seu post deve-se ao final de carreira do Dr. Almir. Sua visão do estado, de governo, em que pese as derrapadas familiares, farão falta. Farão sim. E em breve vamos nos ressentir disto. Embora eu aceite que o resultado da eleição foi pela "renovação".
Mas, triste é também observar o espólio da política paraense das duas últimas duas décadas. Imputar tudo aos últimos 12 anos, enche a paciência, assim como aguentar Lula - que recebeu sem piar o espólio de FHC na transição - que passou 4 anos imputando ao passado os seus erros do presente.
Mas, vamos ao nosso espólio que é responsabilidade de todos: Flexa Ribeiro, Pepeca, Mário Couto, Martinho Carmona, Gerson Peres, Jader Barbalho, Wladimir Costa, Paulo Rocha, Nilson Pinto e seu "pragmatismo", Lira Maia, Wandenkolk, Zé Geraldo, para ficar só na "esfera federal" e, sem falar em ética ou bons costumes, tendo como foco apenas o conservadorismo e a visão estreita e/ou oportunista do Pará e do Brasil.
Não, a culpa não é só dos 12 anos de PSDB. A culpa é nossa, nós, os que ficamos olhando sem coragem de meter a mão, porque fede. Tá certo que às vezes ficar fora dos cargos eleitorais e participar ativamente para que a sociedade se renove também é necessário. Mas, tô triste sim. Beijo.

Anônimo disse...

Setenta e tantos anos...é normal já ir apresentando uns tremelecos. Há medicações que vão dando um jeito nisso.
Um novo ritmo de vida, mais acomodado, vai sendo indicado.
Poucas emoções também vão fazendo parte do quadro.
Principalmente a consciência de que fez o que tinha que ter feito, é fundamental.
De resto, pode ir vivendo uma vida normal e produtiva e...
hoje em dia há recursos para ir acomodando algumas reações negativas, que alguns possam vir a ter em relação ao avanço da idade, tais como o botox, o viagra...
e que postergam, aparentemente, o inexorável andar da carruagem, ao seu destino, este sim, totalmente democrático, viu senhores tucanos!

Yúdice Andrade disse...

1. Não consigo acreditar na declaração atribuída ao ex-governador. "Fazer um governo melhor"? Como assim? Os outros dois não foram perfeitos? Segundo o próprio, devem ter sido.
2. Preparou-se como? Ouvindo os outros? Pagaria para ver, se valesse a pena.
3. Sim, todos serão diplomados. Eu daria alguns anos da minha vida para ver algum canalha eleitoral ser punido. Aliás, daria muitos anos da vida dos sujeitos supracitados.

Unknown disse...

Bia, amanhã comento teu comentário.
Bj .

Anônimo disse...

Juca, e o Meu?

Carol disse...

Eu acredito que o fim de Almir poderia ser melhor. Não como governador do Pará - eu me orgulho de ter contribuído pra evitar isto -, mas a imagem do bom governador - ainda que a minha concepção de bom governador seja diferente da concepção tucana - poderia, neste momento, manter-se inalterada. Isto seria possível se ele não tivesse permitido o desgaste na (convenhamos) etapa final de sua vida. Ele sai carregando nos ombros o estigma de narcisista, orgulhoso. Tentou um "Grand Finale" para a sua carreira política e conseguiu apenas a frustração de perder para uma candidatura que, em minha opinião, manteve um discurso raso e pouco convincente, diante de um governo que tentou implementar no estado uma política neo-lemista, que quase deu certo, não fossem as vaidades e o (previsível) descaso com a questão social (ao gosto de Antônio Lemos).
Quanto às questões fisiológicas do ex-governador, devo dizer que concordo com o anônimo das 9:03pm. A idade, a menos que o ciclo da vida seja interrompido precocemente, chega para todos.

Anônimo disse...

Bia - Beatriz, o problema não é a tristeza. O problema é compreender a realidade. Você reclama que Lula recebeu o espólio de FHC sem pestanejar e que ele imputa os problemas atuais do país ao passado. O que você queria? Uma caça imediata aos tucanos, instabilizando o país, porque certamente ao faze-lo incomodaria os aliados estratégicos do governo de FHC, aqueles que de fato pesam quando se trata de manobrar gente da classe média, como você e eu - ou você não leu 1964 - A conquista do Estado? Ora, pelo modo inocente como você escreve certamente não desconhece algumas questões que afetam e afetaram a normalidade democrática neste país, ainda mais quando foi contemporânea de toda a armação promovida pela imprensa nos últimos três anos para instabilizar o governo Lula, ainda que com a ajuda de alguns incautos companheiros.
Ou você, radicalíssima que definitivamente não é, sustentaria uma chavinização do país como, aliás, alardearam as vozes dos donos e os donos das vozes, logo após a eleição do sindicalista metalúrgico Luis Inácio Lula da Silva?
Seja, portanto, digamos, mais precisa na articulação das suas idéias, porque de obscurantismo a humanidade está bem servida e farta de suas conseqüências remotas e imediatas. Da Noite dos Cristais a Abu Graib, sem esquecer, claro, o episódio do Rio Centro em que os comunistas seriam responsáveis pela bomba que explodiu no colo da ditadura.
No que diz respeito ao presente, em tese, como nos diz o Al Pacino no papel de prefeito em City Hall, todo presidente é responsável até pelos periquitos que caiam mortos no largo de Nazaré, que hoje se chama CAN, e antes foi Praça Justo Chermontt, o cara que referendou a República por aqui, quando o Pará tinha homens que mandavam ver na recém-nascida República Federativa dos Estados Unidos do Brasil. Idéia de federação aos poucos abandonadas pela tradição autoritária que os bacharéis impuseram a quase nunca res-pública.
Então, percebe como a história se escreve e reescreve conforme a correlação de forças, essa expressão gasta, mas válida, ouvida ad nausea nos tempos da política estudantil?
Então imagine se Lula tivesse sido o carrasco dos tucanos que você sugere. Uma coisa é certa, abreviaria o tempo de revelação dos escândalos envolvendo certos condestáveis do PSDB, porque qualquer um com um mínimo de senso tem a noção de que nenhuma corrupção se instala no país da noite para o dia e muito menos em quatro anos. Mas, o custo seria alto, pela inviabilização do país.
Bem informada, você deve ter lido sobre a Operação Mãos Limpas, na Itália. Talvez nenhum país europeu tenha sofrido com mais violência que os italianos. Teve guerrilha urbana séria, mataram um primeiro ministro católico, numa operação até hoje mal explicada, e a máfia tomou conta da vida nacional. No esforço de reverter a situação o estado fez aquela operação de limpeza, foram assassinados juízes pra caramba, e ainda hoje, quase trinta anos depois, os italianos não assinam em baixo que inexiste corrupção naquela península.
Como as bactérias são regidas pela seleção natural, desenvolvem resistência aos antibióticos, também a corrupção descobre alternativas para sobreviver. Duvida? Vide Japão, Inglaterra, França e EUA, todos eles nações consideradas modernas e representativas de um ideal de presença do estado na vida nacional. Seria então a sociedade de Orwell a solução definitiva para os nossos problemas? Penso que não, porque é nas sociedade totalitárias em que a corrupção mais viceja, encoberta pela sombra das razões de estado ou de segurança nacional.
Portanto, estes são argumentos que revelam o valor e o risco da vida democrática, e sinalizam para os aventureiros, incautos e puros de espírito que as pessoas, no país do futebol, não devem compreender a política como embate de times. Remo x Paysandu. Flamengo x Vasco. Pois, se não é uniforme a torcida, tao pouco o é este nosso Brasil, conhecido como o país sem racismo, da cordialidade e da paz social.
Você assina em baixo que isto não começou quinhentos anos antes?

Anônimo disse...

Especificamente no caso de Gerson Peres, falta apurar a compra direta de votos e troca de favores por votos em órgaos públicos de sua influência. Além disso Gerson Peres é chegado a dar presentes mimos a eleitores como redes e outros mimos em véspera de eleição.

Anônimo disse...

Caro Anônimo das 1:34
Quer dizer que no PT ladrão é chamado de "incauto companheiro"? A ética petista é realmente singular....

Itajaí disse...

É mais ou menos aquela história de que o inferno são sempre os outros. Cada um chama o seu ladrão como quer. Entendo os tais "incautos companheiros" como chamá-los de descuidistas, os que aprontam pela oportunidade de fazer mão grande. Então, qual o problema, de assim os chamar a ponto de ferir-lhe a sensibilidade, reclamando de ética?
Tem partidos que os prefere continuar chamando de doutor, senador, prefeito, governador, de meu irmão, meu caro amigo, pastor, irmão de fé, nobre deputado, nobre senador, de linda, no plenário, em coluna social, recebendo prêmio de personalidade do ano ou pagando na Daslu gravata de 300 dólares ou mostrando para Caras (nunca a verdadeira cara)a cobertura quadriplex, comprada com o suor do rosto, por exemplo.
Só não gostam mesmo de ser chamados é de ladrão, quando a PF os algema e os traz pra luz do xilindró!
Aí, não tem outra reação: é livro encobrindo algema, tremedeira, protestos de indignação, mijadeira, pirrique, é apontar que o PT também é ladrão e, se não se mancam, ainda olham de cara feia até pro bispo, pois quem sabe também não poderia também alivia-los de um pouquinho de culpa, em vez de só perdoá-los para o céu - mas, e aquí, eminência, como é que vai ficar?
Anônimo das 9:53, não é disto que trata o post que você critica - alías muito bom pelo que não diz, mas apenas sugere.
Aproveite-o melhor, fazendo uma leitura menos reativa ao texto.

jbrrds disse...

Depois de 750 ml de Jose Cuervo, nem sei o que pensar. Tô atônito. Fui abduzido... Só sei que é muito bom bom torcer pro Leão.

Unknown disse...

Só estando completamente Cuervo mesmo,Copulatum.

Anônimo disse...

Copulatum en cuervo faz mal a coluna.

Anônimo disse...

Por favor, vamos respeitar a história de Almir Gabriel. Quem um dia nessa terra não rendeu homengens a ele e ao seu passado de esquerda? Todos com certeza.
Quem neste Pará, como Governador, fez mais do que ele? Ninguém!
O problema é que 12 anos no poder com um mesmo partido, acontece um desgaste chamado fadiga de material. É normal. Some-se a isso uma campanha sem a ajuda daqueles que Almir ajudou tanto. Some-se a tudo isso ao apelo forte da palavra MUDANÇA, muito forte em qualquer campanha eleitoral.
Se nessa campanha, alguns fizessem a metade do que foi feito em 2002, Almir seria eleito no primeiro turno e ninguém duvida disso. Mas parece que alguns não queriam essa vitória tão antecipada. Queriam mais campanha, mais suplício, mais dependencia ou sei lá mais o que.
É só ver quem trabalhou pra valer no primeiro turno. Poucos, pouquíssimos.
Almir e Valéria ficaram largados em comícios programados para candidatos a vereador, de tão pouca gente que aparecia por lá. Os Prefeitos, coitados, já não sabiam o que fazer.Os candidatos proporcionais já não sabiam mais em quem colocar a culpa pelas suas mágoas e desencontros. Era uma choradeira só. Aí virou uma zona. Era cada um por si e Deus por todos.Tinha deputado que de manhã era Almir, a tarde conversava com o Jader e a noite já não sabia mais em que partido estava. Só não era mais Almir. Estava na cara de todos. Só não via quem não queria ver.
No segundo turno, colocaram na cabeça que o Wlad salvaria a pátria do Almir. Aí era Wlad pra cá, Wlad pra lá. De manhã o Wlad fazia carreata com o governador atual, a tarde também, e a noite também. Era uma tal de carreata da vitória que não acabava mais. Mais parecia uma despedida do atual governador trepado num papa móvel ao lado do santo wlad. E o Almir, ó.
O Almir já não sabia mais o que fazer a não ser ficar nas mãos do atual governador. De manhã acordava pensando que o comício era em Altamira. Quando entrava no avião é que sabia que na verdade o destino era Salvaterra.Coitado.
Coitada também da vice Valéria que foi exilada em Santarém por 16 dias.Tadinha dela. Logo ao lado de quem, Lira Maia aquele um que todos conhecemos.
Quanto ao seu marido Vic, o mais votado da União pelo Pará, ficou feito uma rainha da Inglaterra dentro do PSDB achando que estava fazendo alguma coisa de importante.Os outros deputados da União pelo Pará, coitados também, ficaram vendo o navio e a carreata do Wlad e do gratíssimo atual governador passarem sem que fossem lembrados sequer.
o negócio era Wlad e o atual. E que negócio!! Só Deus e o Eduardo sabem do tamanho dessa amizade tão forte e verdadeira. Não é a toa que o nosso queridíssimo cumpridor dos seus compromissos, numa reunião depois da derrota, fez questão de fazer uma única homenagem pública de agradecimento pelo caráter, e desinteresse n o apoio ao Almir no segundo turno, em troca de nada. Nadinha segundo o próprio quase ex. Foi um mal estar que enterrou de vez a liderança do atual governador na União pelo Pará e principalmente no PSDB.
Lá no partido, querem vê-lo pelas costas e bem longe.

Anônimo disse...

Adoro teu blog por isso Juvêncio..., é gancho para que nós blogueiros de plantão façamos e troquemos reflexões sob perspectivas totalmente diferentes sobre assuntos que se tratados em qualquer outro lugar e outra linguagem não teriam tanto êxito ou pelo menos o mesmo. É aí que mora o lado mágico, útil, invisível e paradoxalmente tangível da blogosfera.

E pra melhorar esse Domingo chuvoso ainda temos o Copulatum pra fazer a gente rolara de rir...

Huahuahuahaua...

Anônimo disse...

Anônimo das 5:31:
Não foi por falta de aviso que o Almir embarcou nessa. O aviso foi dado há mais de 5 anos, mas ele parece que não quiz acreditar, ou não interessava para ele acreditar. O Jatene cumpriu o "script' que se esperava dele.

Anônimo disse...

Ao anônimo de 5:31
Se a gente parar pra contar a verdadeira história dessa campanha tucano pefelista não sobrar pedra sobre pedra. O Dep Vic Pires já deu o ponta pé inicial. Agora até o ex governador Almir Gabriel vai escrever um livro. Vai dar m....
Será que alguém sabe que o Sérgio Leão é do PFL e não do PSDB como é publicado sempre aqui no Juca?
Pois é, o Sérgio, quem diria é pefelista "histórico".
Será que ele pensa o mesmo que o seu presidente deputado Vic Pires, que agora está botando pra quebrar em cima do Jatene e sua turma?
Será que eu estou enganado, ou o deputado Vic Pires fala também em nome de Almir Gabriel e uma grande parte do PSDB?
E a Valéria, onde fica nisso? Ela não é a mulher do Vic? Será que ele pensa de um jeito e ela de outro? Não acredito.
E por último, como pensa o publicitário e principal conselheiro do Jatene, OrlY Beserra? E o secretário de saúde, afinal vai ficar do lado do seu cunhado e ... Orly Beserra ou toma partido pelo dep Vic, do seu mesmo partido? Afinal, quem colocou ele lá? Por que será que depois de todos esses escandalos na SESPA o governador ainda não fez nada?
Respostas para o Juca, ou para o repórter diário.
Mas não vale só resposta do dep Vic.

Anônimo disse...

Copulatum no cuervo dos outros é refresco!

Anônimo disse...

Almir não soube a aprender a lição que ele própria dera em Passarinho: tudo tem seu tempo. O do Passarinho, passara e ele não se deu conta. O do Almir, também. Não foi Ana Júlia quem ganhou essa eleição (campanha de TV mais papai-e-mamãe que aquela estou pra ver), foi o Almir quem perdeu. Se no lugar da Ana Júlia estivesse a dona Cotinha do Jurunas, a comissão de transição seria outra, mas a derrota do Almir seria a mesma. O PT tem 1/3 dos votos (vide a votação de sem sal Mario Cardoso), em qualquer circunstância e com qualquer candidato. Ana Júlia não teve mais que isso no primeiro turno. No segundo, é só saber atrair aliados. E que fez isso não foi ela, foi Paulo Rocha e Zé Geraldo. Portanto, ainda falta a Almir um grand finalle: aceitar os fatos de que seu tempo já passou.

Anônimo disse...

Anônimo da 1:34

Só hoje li seu comentário e concordo na liminar: tristeza não é a palavra nem o sentimento. Retifico também ter atribuído a Lula o silêncio da transição. Sei que não fizemos a revolução com aquela eleição, mas setores do PT assim propagaram, fazemdo o país imaginar que o day after seria de pão e mel para todos.
Não, as minhas idéias não são obscuras. Obscuro é o caminho que o PT tomou, mantendo o que de mais conservador o PSDB – aliás, sejamos justos, Collor foi o precursor – implantou no IPEA, mantendo Palocci por 4 anos.
Eu acreditei – não na revolução! – que num governo petista não incrementaríamos a corrupção e que eu não ouviria jamais que a manutenção de práticas espúrias é necessária à democracia.
Sou eleitora do Lula desde que foi candidato pela oposição sindical à Presidência do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, pois mesmo não sendo metalúrgica, torcíamos e trabalhávamos pela derrota de Paulo Vidal. Respeito a história do nosso presidente, fui a Brasília no dia da posse e nos meus 57 anos de idade aquela foi a minha maior emoção cívica.
Não me arrependo, não. Arrependimentos não cabem na política. Nem tristezas, como já concordei com você. Mas não gosto do que vejo. Não me ative a acompanhar as derrapadas do Governo Lula pela imprensa nos três anos de massacre. Não leio VEJA, ISTO É, Época. Economizo meu cada vez mais curto tempo. Li CARTA CAPITAL e vc há de convir que Mico Carta é um lúcido defensor do governo Lula.
Acompanhei o desempenho do orçamento – vício profissional de antiga analista de projetos – e a cada ano, eu “murchava” minhas expectativas. As questões que deveriam ser prioritárias tinham desembolso pífio ano após ano.
A bolsa família – sou favorável, sim, como política compensatória de combate à miséria – passou a ser o motor do governo, enquanto os indicadores de emprego e renda movem-se mal, porque não houve absolutamente nada que aponte para uma mudança estrutural na economia do país.
Quatro anos é pouco tempo. Há 30 anos ouvimos isto de todos os governos. Mas – e aí vem a questão do “pianíssimo” na transição - se tudo seguiria mais ou menos como dantes no quartel de Abrantes, achava que o argumento “a culpa foi deles” , não deveria ser o mote principal.
Não quero fazer propaganda, mas tenho um blog e ali anteontem, acho, coloquei alguns números. Se tiver paciência, de uma espiada (travessia.blogs.sapo.pt). O crescimento de 5% propagandeado na campanha, já está reduzido a 3,7%, se não me engano. Esta pequena “redução” significa milhões de não-empregos, não-estradas, não-escolas, etc.
Aliás, a transição por aqui segue no mesmo rumo. Nas fotos oficiais os rostos são tão sorridentes que até animam a gente. Resta saber se passaremos 4 anos ouvindo que não foi possível cumprir os compromissos de campanha por culpa dos governos anteriores. Gostei de conversar com você. Espero que o Juca não nos mande matar uma galinha pra conversar pessoalmente, sem ocupar tanto espaço no Quinta! Abraço.

Unknown disse...

De jeito nenhum.Fiquem à vontade para discutir aqui no Quinta.
E o PT tem muita dificuldade para discutir o mal estar que grassa mos movimentos sociais.
Além da covardia em expulsar seus ladrões, que a cada dia se torna mais evidente, nas declarações diametralmente opostas nos discursos de gente como Tarso Genro e Raul Pont, de um lado, e Zé Dirceu de outro.
Quanto mais tempo demorar o expurgo, pior para o PT, e píor para a sociedade brasileira.

Unknown disse...

E Bia, fique lá no Sapo mesmo, eu é que vou aprender a comentar por lá.Aliás, parabéns pela edição- texto e fotos - do Sol e do rio.
Ficou um barato!

Anônimo disse...

Grande, generoso e confortável Juca! Aliás, faz tanto tempo que não te vejo que nem sei se vc tá magrinho. Porque o confortável me coube bem, há anos, quando vi uma camiseta com a frase:" Não sou gordo, sou confortável"!..he..he..he..Beijo.

Unknown disse...

Vou te ligar para nos reencontrarmos, quem sabe ainda esta ano.
Mas continuo desconfortavelmente gordo.Ai ai...

Anônimo disse...

Li com atenção todos os comentários. Concordando com uns e não com outros. Mas reprovando a o tom ácido dos comentários, porque acredito que debater os pontos de vistas não é massacrar a própria inteligência e o texto fica pesado. Lembrei-me de uma frase - que não sei quem disse - " se você acha que eu estou certo ou errado, de alguma forma você tem razão". Vamos deixar que a história haja.

Anônimo disse...

Juca querido, uma correção. Ali no alto saiu Mico Carta! Como sou admiradora do Mino dsde que nasci pra leitura, espero que ninguém imagine que foi um ato falho. Mico marquei eu ao errar na digitação! Beijão!