As Sete Vidas de Osmando Figueiredo

Acostumado a apostas vencedoras em suas alianças desde as eleições de 1992, o morubixaba pedetista em Santarém, Osmando Figueiredo, desta vez corre atrás do prejuízo.
Espremido entre a força eleitoral do PMDB santareno, que o PT precisa na vice na chapa de Maria "Databrain" do Carmo, a pouca densidade eleitoral de seu partido, e a pressão do PSB pela vaga de vice ( que o vereador pastor Reginaldo Campos louvaria ), Osmando pode até voltar ao calor do regaço que abandonou em 2004, quando se voltou contra Lira Maia (DEM). Mas a vaga na chapa demo já tucanou, por assim dizer.
Existe, ainda, a alternativa de batalhar pela vaga numa eventual candidatura própria do PMDB, como vice do advogado Helenílson Pontes, recém filiado ao partido, que não vai mais jogar fichas no deputado estadual Antonio Rocha. E nem tem porque.
Neste cenário também encontraria a resistência de outros interessados.
Ainda por cima desabou-lhe um bode sobre a cabeça, que atende pelo nome de Odair Correa, o vice governador, filiado ao PDT com toda a pompa e circunstância no mesmo momento em que estourava o escândalo do Banco do Cidadão, onde a visualização de suas digitais dispensa perícia científica.
Como se vê, o tempo forma em todas as direções do paraibano Osmando.
Talvez de forma inexorável.
Mas nunca se sabe. Prá quem já comeu muita rapadura com arribaçã salgada no chão rachado do agreste paraibano, carregou a mala do governador Tarciso Burity que o asilou na undécima hora na república do finado deputado mocorongo Ubaldo Corrêa, Osmando pode, mais uma vez, pular a fogueira, e negociar uma secretariazinha.
Como dizem lá na Paraíba, em tempos de seca, num jumento carregado de açúcar até o cú é doce.