14.11.07

Educação. De Quem é Mesmo?

No blog de Walter Rodrigues, por Valter Pomar, secretário de Relações Internacionais do PT.

"Segundo a Folha de S. Paulo, o hoje deputado federal Paulo Maluf considera que Chávez é “um bufão, que precisava, no mínimo, de um psiquiatra. A maneira dele governar é absolutamente reprovável. São certos rompantes de autoritarismo que mostram que é ditador”.
Críticas semelhantes foram feitas pelo senador José Sarney. Ou seja: os dois principais personagens em torno dos quais se dividiu o antigo PDS, partido da ditadura militar no Brasil, agora se dedicam a avaliar o grau de democracia que existe na Venezuela.
Ninguém é obrigado a concordar com o estilo de Chávez, com a reforma constitucional ou com o “socialismo bolivariano”. Mas é impossível ouvir calado certa gente posando de democrata, acusando o governo da Venezuela de ser ditatorial por estar propondo “reeleição ilimitada” e por ter “fechado” um canal de comunicação.
Na melhor das hipóteses, é gozado ver o senador Sarney, integrante da ditadura que censurou jornais, prendeu e matou jornalistas, criticando a não-renovação de uma concessão pública para uma empresa privada de televisão. Considerando as relações da família Sarney com determinada rede de comunicação, compreendo seus motivos: ele pensa e age como proprietário, não como concessionário.
No caso de Maluf, “eleito” prefeito e governador de São Paulo pelas regras da ditadura militar, beira o grotesco sua crítica à proposta da reeleição ilimitada.
Não tenho dúvida que esta proposta é um sintoma de fraqueza, não de força. Um projeto revolucionário, coletivo por definição, não deve depender em tão larga medida deste ou daquele indivíduo. Mas a possibilidade da reeleição do primeiro mandatário do país está presente em vários outros países do mundo e não é isto, isoladamente, que faz de um país ditadura ou democracia.
Em termos de espetáculo, nada se compara à reação indignada com que certos meios repercutiram a frase que o rei da Espanha dirigiu ao presidente Chávez, durante a cúpula Ibero-americana, realizada recentemente em Santiago do Chile.
Para quem não lembra, a República espanhola foi esmagada por um levante fascista, que restaurou a monarquia. Depois da morte de Franco, Juan Carlos foi coroado e jogou um papel no mínimo controverso no processo de redemocratização.
A altercação entre o rei e Chávez pode ser vista, em várias versões, no www.youtube.com.
O episódio começou quando Chávez, no final da cúpula Ibero-americana, fez um ataque ao ex-primeiro ministro espanhol, José Maria Aznar, acusando-o de fascista.
Zapatero reagiu, exigindo que Chávez respeitasse José Maria Aznar, que quando primeiro-ministro foi eleito pelos espanhóis. E pediu que o respeito aos governantes fosse uma norma formal das “cumbres”.
Durante a fala de Zapatero, Chávez interveio algumas vezes. Foi nesse contexto que Juan Carlos proferiu a agora célebre frase: “por que não te calas?”
Não se trata de uma frase especialmente profunda, diferentemente da intervenção de Zapatero, que apresentou seu ponto de vista sobre como devem se comportar os representantes de países em encontros multilaterais. Ponto de vista questionável, mas compreensível.
Já o rei espanhol deu uma bronca, composta por cinco palavras. A imensa repercussão de sua frase só tem um explicação: “calar” Chávez é o sonho de muita gente.
É o caso do jornal O Estado de S. Paulo, que em editorial publicado no dia 13 de novembro chama Chávez de “truculento aspirante a ditador”, “violento por natureza”, “destituído de senso de medida” e “reencarnação mameluca de Mussolini”.
Frente a este tipo de ataque, que Chávez sofre todo santo dia, mesmo quem não concorda com o seu estilo é obrigado a lembrar da relação entre a violência do rio e a violência das margens.
Que tenha sido um rei a mandar calar; que o socialista Zapatero tenha se sentido obrigado a defender um espanhol, mesmo que este espanhol seja Aznar, um reacionário assumido que dedica grande parte de seu tempo a viajar pelo mundo em campanha contra a esquerda; que a mídia conservadora tenha feito um carnaval em torno do assunto; nada disto ajuda quem defende os bons modos, inclusive em eventos internacionais.
Ao mesmo tempo, tudo isto diz muito sobre a hipocrisia de muita gente que se opõe a Chavez e, por tabela, discorda da entrada da Venezuela no Mercosul. De pacífica e educada, esta gente não tem nada, nem mesmo os modos."

16 comentários:

Anônimo disse...

É isso aí.
E alguns partidários dos principais partidos que sustentaram a ditadura militar, ainda tem a cara de pau de pedir que esqueçamos o passado de exceção que patrocinaram, que obviamente lhes é muito conveniente. Assim podem posar de bons de mídia, quando na verdade representam os mesmos de sempre mal travestidos em pele de cordeiro.
Por esta razão, aqueles que lutaram contra aquela ditadura, independente do partido em que no momento estejam abrigados, contarão com meu respeito. Desde que probos se apresentem.
Os demais, vão se se coçar, antes que eu me esqueça.

Anônimo disse...

Juca, eu gostaria de saber qual é a moral que este sr., Valter Pomar, tem para criticar alguém. Ligado a um governo cercado de escândalos financeiros, me tire uma dúvida, não foi este sr. que fez o gesto relacionado aquele acidente Aéreo? top top top

Anônimo disse...

Juvencio, eu gostaria que a grande mídia internacional, abrisse espaço para que as familias iraquianas falassem um pouco sobre o feito "heroico e democratico" dos EEUU, em seu país. E que tal, se os sobreviventes e vitimas do furacão Katrina em Nova orleans, também desse um depoimento sobre a postura "pronta e eficiente" do governo Bush.
E abusando um pouco mais, poderiamos fazer um documentário sobre o papel "libertador" dos EEUU, quando apoiou e financiou várias ditaduras na america latina, na luta contra a exportação da revolução cubana, e o perigo do comunismo, que até criancinhas ele devorava.
Já que falei em Cuba, que tal falarmos do bloqueio economico imposto pelo mesmo EEUU, contra aquela ditadura, que só sabe falar de saúde, educação e esporte, credo que horror, que palavras tão fora de moda!!
Realmente Chavez é um ditador, viva Bush!

Anônimo disse...

Maluf e Sarney contra Chaves? Ponto para Chaves, o cara deve mesmo ser bom!

Anônimo disse...

15/11/2007 10:41

PARA COLOCAR AS COISAS NO LUGAR


Chavez não fraudou as eleições em seu País, não foi eleito expurgando votos dos negros na Califórnia.

II
Chavez não invadiu o Iraque. Não descumpriu orientações da ONU. Não mentiu que outros países têm armas químicas ou de destruição em massa.

III
Chavez não mandou sequestrar pessoas em outros países.

IV
Chavez não mantém centros de tortura em Guantânamo.

V
Chavez não aprovou qualquer lei que transforme estrangeiros terroristas até prova em contrário, e nem aprovou qualquer lei que impeça o estrangeiro acusado de ter direito a defesa.

VI
Chavez não contratou milícias de mercenários para matar inocentes em outros países.


enviada por castagna maia
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Anônimo disse...

15/11/2007 08:28

O REI E O ÍNDIO


José Maria Aznar foi primeiro-ministro da Espanha. Foi derrotado,na sucessão, por Zapatero.

II
Aznar se comportou como moleque de recados de Bush. E jogou a Espanha, e seus soldados, no atoleiro do Iraque.

III
Às vésperas da eleição na Espanha houve o atentado da Alqaeda no metrô. Imediatamente Aznar jogou a culpa no ETA, movimento separatista basco. O ETA nada teve a ver com o atentado. Foi um golpe de Aznar buscando conquistar o povo espanhol para uma posição à direita - sua posição. Não deu certo, a oposição impediu que a falsa versão ganhasse corpo. A culpa foi da Alqaeda,e não do ETA.

IV
Quando houve a tentativa de golpe militar contra Chavez, em 2002, Aznar imediatamente declarou apoio aos golpistas.

V
Daí a irritação de Chavez com a Espanha. Ou seja, o índio tinha suas razões para protestar contra a Espanha e contra o silêncio do Rei espanhol quando do apoio do primeiro ministro ao golpe dado contra um governante eleito.

enviada por castagna maia
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Anônimo disse...

15/11/2007 08:28

O REI E O ÍNDIO


José Maria Aznar foi primeiro-ministro da Espanha. Foi derrotado,na sucessão, por Zapatero.

II
Aznar se comportou como moleque de recados de Bush. E jogou a Espanha, e seus soldados, no atoleiro do Iraque.

III
Às vésperas da eleição na Espanha houve o atentado da Alqaeda no metrô. Imediatamente Aznar jogou a culpa no ETA, movimento separatista basco. O ETA nada teve a ver com o atentado. Foi um golpe de Aznar buscando conquistar o povo espanhol para uma posição à direita - sua posição. Não deu certo, a oposição impediu que a falsa versão ganhasse corpo. A culpa foi da Alqaeda,e não do ETA.

IV
Quando houve a tentativa de golpe militar contra Chavez, em 2002, Aznar imediatamente declarou apoio aos golpistas.

V
Daí a irritação de Chavez com a Espanha. Ou seja, o índio tinha suas razões para protestar contra a Espanha e contra o silêncio do Rei espanhol quando do apoio do primeiro ministro ao golpe dado contra um governante eleito.

enviada por castagna maia
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Anônimo disse...

Olá Juvêncio!

Cheguei até aqui pra lhe comunicar do escarcéu que está acontecendo em Parauapebas, onde os protagonistas são militantes do MST. Desta vez a ousadia deles foi maior. Acampados há sete meses na Fazenda São Marcos, que fica a uns 5 km do centro da cidade, integrantes do Movimento entraram no pasto da fazenda hoje (16) pela manhã e mataram aproximadamente 100 bezerros, eles deixaram as carcaças espalhadas pela estrada e em uma clareira, onde fizeram a matança.
Desde a ocupação, ocorrida em abril, estima-se que o MST deve ter sacrificado umas 200 cabeças de gado, sendo que desta vez, resolveram fazer a maior “chacina” de todas, deve ser pra fazer um churrascão no domingo, quando completam exatos 7 meses de ocupação.
O detalhe é que os proprietários estão com a limiar de reintegração de posse em mãos, mas até agora a governadora não enviou as tropas para fazer a desocupação.
Eu estive lá hoje e tenho fotos das carcaças e da destruição que eles estão fazendo, se você quiser, mande pra mim teu email, o meu é: loraribeiro@gmail.com e eu repasso pra você.

Ah, Flávio não está conseguindo falar com você e pede que você ligue pra ele.

P.S.: se quiser postar esta nota, fique à vontade e use todo seu talento para reescrevê-la, tá?

Abraços da “bagaça”, Aline

Anônimo disse...

Janjão,

O cara do top-top é o Marco Aurélio.

Valter Pomar nunca ocupou cargo no governo. Ele faz parte da oposição interna a José Dirceu.

Anônimo disse...

Juca , falando em Maluf , hj de manhã vindo trabalhar ouví uma entrada do partido dele na programação em que a propaganda fala de como o Mala é visionário etc e dá o exemplo:
Achou-se petróleo em Santos , há 27anos anos ele fundou a Paulipetro portanto : Ele achou petróleo em São Paulo.Lógica Malufiana.Um barato total.
Lembra da piada sobre lógica do português?
_Vc tem aquário em casa?..Não então vc é viado , igualzinho.
Abs
Tadeu

Unknown disse...

Grande Tadeu!...rsrs
Ouvi essa piada como sendo da autoria do ex governador de Minas Newton Cardoso, outro grande malandro.
Neste momento estou dividido entre a observação do julgamento do caso Novelino, transmitido ao vivo (link no portal ORM) e a leitura dos últimos textos para uma ´prova que farei amanhã.
Na quarta retorno ao batente normal aqui no blog.
Abs

Anônimo disse...

A Paulipetro malufista foi criada para prospectar e explorar petróleo EM TERRA FIRME.

A Petrobras achou petróleo sob o mar, em águas profundas, debaixo da camada de sal.

A semelhança é a mesma que existe entre água e vinho (ou entre água e terra, pra ser mais exato).

O professor Aziz AbSaber foi convidado pelo Maluf para dar consultoria ao Governo de São Paulo, na época da criação da Paulipetro.

Na ocasião, ele disse a Maluf que:

a - não há petróleo no subsolo paulista (as características geológicas de São Paulo nem de longe apontam para a formação de jazidas de petróleo e gás);
b - o petróleo paulista existe apenas sob o mar, em águas profundas (tem a ver com a separação ocorrida entre o continente sul-americano e a África);
c - procurar petróleo em terra firme em São Paulo seria jogar dinheiro público no lixo.

Por isso, o professor Aziz se recusou a trabalhar para a Paulipetro.

Ele relatou essa história, em detalhes, aqui mesmo, em Belém, ao participar da instalação do curso de Engenharia Ambiental, da UFPa, há bastante tempo.

É um absurdo que ainda apareça malufista pra defender o desperdício de dinheiro público feito pela Paulipetro.

E, vejam: "desperdício de dinheiro público" é o que melhor pode ser dito a respeito da Paulipetro.

Se vista a questão mais de perto, haverá coisa pior a ser dita. Muito pior...

Anônimo disse...

Sobrou pro Maluf, que sina deste homem, é a Geni da política nacional, há mais de 20 anos.

Anônimo disse...

Obviamente que a "sina" de Maluf é uma enorme injustiça. Ele nada fez para merecê-la.

Ainda ontem conversei com Papai Noel a respeito. Ele se disse muito triste com o que essa gente malvada tem feito com o pobre do Maluf.

Papai Noel acha que as malvadezas com o Maluf são frutos de maquinações do Saci Pererê e do Curupira. Assim que tiver um tempinho, vou telefonar pro Curupira.

Com o Saci já levei um papo, por e-mail. O moleque tinhoso declarou, enfaticamente, que não tem nada a ver com isso. De Maluf ele quer distância... (e bateu na madeira 3 vezes, só pra garantir).

Quem sabe o Anhanga... (o próprio, não sua representação política em terras paraoaras).

Anônimo disse...

ô anônimo das 1,27, não se esqueça de que chutar cachorro morto é pecado. Mas é fácil bater no Maluf, sempre o corrupto de plantão, pronto para apanhar da mídia: bacana mesmo são os tucanos (da linha Sérgio Motta, FHC e Serra), os pemedebistas (Calheiros, JB, Sarney e cia.), os pêfelês (ACM, Bornhausen, o campeão panamericano de superfaturamento César Maia, etc.) e os aloprados petistas...
Que nojo!

Anônimo disse...

Das 12:28,

Desses que você citou, só quem morreu, mesmo, foram Sérgio Motta e ACM.

O resto tá por aí, vivo e bem, enganando cada vez mais, e principalmente.

Portanto: pau pra cima deles.