Do site da Agência Amazonia
R$ 7 bilhões é o montante em dinheiro do que se denomina Pacto pela Valorização da Floresta e pelo Fim do Desmatamento. Dinheiro público.
As organizações não-governamentais ISA, Ipam, Greenpeace, TNC, Conservation International, Amigos da Terra, ICV, Imazon e WWF planejam que o governo brasileiro ofereça um prêmio em dinheiro aos fazendeiros que cumprirem a lei ambiental. Isso mesmo, se eles deixarem de desmatar, ainda receberão somas polpudas como compensação por agirem corretamente.
É a tal política da floresta em pé.
E quem paga o Pacto? O contribuinte brasileiro, evidentemente.
Mais lógico seria punir
Para o economista Francisco de Assis Costa, do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da Universidade Federal do Pará, vão dar dinheiro para quem sempre desmatou: fazendeiros e madeireiros.
Para os pesquisadores em Modelagem Ambiental da Amazônia (Rede Geoma), em Petrópolis (RJ), o mais lógico seria punir quem desmata ilegalmente, em vez de dar dinheiro àqueles que cumprem a lei.
Pagamento por serviços ambientais só faria sentido em situação de legalidade. Não é o caso da Amazônia. Nela, quase todo o desmatamento é criminoso.
5 comentários:
Tem um pequeno post sobre esta notícia: http://jubalcabralfilho.blogspot.com/2007/11/preserve-e-seja-pago.html.
Ilegalidade que premia. É de matar de chorar!
Vc sumiu, né?
Deixa ver se entendi: quando se faz o ilegal não se é punido... quando se trata de simplesmente cumprir a lei, tem que se premiar para que se obedeça.
Essa "política de premiação" não se usa mais, nem na educação de crianças...
Se usa sim, e muito.
Graças aos nossos representantes no congresso nacional, a SEAP-PR está comprando redes do tipo caçoeira, apetrecho de pesca proibido desde, se não me engano, 2004, em toda a costa do Pará, e desde o ano passado no resto do país, e compressores de ar para pesca de mergulho. Esta rede é usada na pesca ilegal da lagosta, deixa grandes prejuízos ambientais e vão pagar para o cara não pescar com ela. O compressor já deixou muitas viúvas e órfãos por todo nordeste, especialmente no Ceará, sem contar os garotos que aleijou e aleija todo ano. E o governo está pagando pro cara não se matar com ele.
A proposta mencionada fala em pagar pelo que se mantém de floresta além do obrigatório pela lei.
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