Comentando o post A Saga do HR de Santarém, abaixo, o leitor Da Silva espicaça:
O pior de tudo foi a decisão do governo, com parecer da área jurídica da Sespa, da Procuradoria do Estado e do escambau ilustrado, para dizer que não poderia ter o contrato com a OS Maternidade do Povo, que iria administrar o Hospital Regional de Santarém, sob alegação de que o mesmo não tinha sido inaugurado.
E aí, eu pergunto: como ficam os contratos com os outros dois hospitais, de Altamira e Redenção?Só para lembrar os esquecidos: os outros dois contratos foram feitos na mesma época, com as mesmas justificativas, nas mesmas condições, etc e tal. Os dois hospitais, também, ainda não estão funcionando.
Mas, estranhamente, os contratos com as duas OSs continuam sem que ninguém mexa, ou fale qualquer coisa sobre o assunto. Por que será? Se vale pra um, não deveria valer para os outros dois?
Lembrete: o hospital de Redenção tem à frente a empresa do deputado Sefer,que está "asim-assim" com a governadora.
Será perseguição contra o povo de Santarém, ou contra a prefeita Maria que não é da mesma tendência da governadora?
5 comentários:
Não se exclua da esbornia, por favor, o HR de Marabá, um exemplo ímpar de buraco negro de dinheiro público.
Durante anos foi um hospital particular, pertencente ao ex-prefeito e médico Geraldo Veloso, já falecido, em sociedade com outross, quando atendia por "Hospital Celina Gonçalves".
Não se por falta de recursos ou briga intestinal, o "Celina" entrou em colapso e, após a morte de Veloso, acabou vendido (R$ 3 milhões, dizem) ao empresário Demétrius Ribeiro, que herdou também a Fundação Celina Gonçalves - hoje de utilidade ignorada. Demétrius, dono da guseira Usimar, da retransmissora do SBT e de outros empreendimentos, é suplente do senador tucano não-sei-o-quê Couto (minha memória é péssima para coisas sem importâcia).
Bom, Demétrius fez uns ajustes no patrimônio e depois vendeu-o ao governo tucano - R$ 13 milhões, fala-se. Sacou? Comprou por 3 milhões, recauchutou e passou-o adiante por R$ 13 milhões. Isso é que é faro para negócios!...
Aí começou a obra de santa ingrácia do governo jatene em Marabá.
Primeiro, até hoje não se tem conhecimento de quem levou, para onde levaram e onde se acham os equipamentos que integravam o patrimônio adquirido pelo Estado.
Segundo, as reformas nunca chegaram a termo. Fala-se que já degludiu pelo menos R$ 35 milhões (digo fala-se porque nenhuma transparência existe nos negócios do HR desde o começo).
Agora, pacientes estão sendo aconselhados a voltar para casa ou tomar outro rumo com seus traumas. É que o aparelho de ressonância magnética está quebrado e não existe previsão de conserto. Como o Estado não paga TFD (tratamento fora do domicílio) quem pode procura os hospitais mais próximos da cidade - os de Teresina (PI) e Araguaína (TO). Às próprias custas, claro, porque não existem ambulâncias para transportá-los.
Houvera seriedade nessa história de terror, o Estado teria investido na ampliação e equipamento do Hospital Municipal para, em gestão compartilhada, atender a crescente demanda. Teria sido mais econômico. Se não fez assim, estamos todos a cavaleiro para especular que acordos por baixo dos panos são mais importantes do que o interesse público.
Vai para a ribalta amanhã, com adendos sobre o titular do cargo deste Demétrius aí de Marabá, que mostrou o quanto é incoveniente quando pegou num microfone no decadente restaurante Bambú, em 2005, e brindou -além de seus funcionários, era uma confraternização - os clientes do restaurante com uma série de palavrões, boutades, piadas de quinta (epa!) e outras bobagens.
Eu e o jornalista Sérgio Palmquist, perplexos, jantávamos na mesa ao lado.
Putz!
Juca,
Vou meter minha colher-de-pau cametaense nessa história também.
Uma vez resolvida esta pendenga administrativa do Hospital de Santarém e demais, virá outra mais séria se os três forem inaugurados de forma simultânea.
O Estado do Pará tem um teto financeiro para as ações de média e alta complexidade que já está totalmente comprometido com a quantidade de procedimentos aqui realizados. Portanto carecerá fazer um novo aporte específico, junto ao Ministério da Saúde, para cada novo hospital que será repassado regular e automaticamente, ao Fundo Estadual de Saúde. Acontece que esse procedimento é demorado por conta da burocracia ministerial.
Quando ocorreu a inauguração do Hospital Metropolitano no dia 17 de março do ano passado, o MS não havia formalizado a incorporação, ao teto financeiro do Pará, do repasse anual da ordem de 32.437.320,00 dividido em parcela mensal de 1/12 do valor (que viera ocorrer sete meses depois através da Portaria 2.509/2006 - MS), ficando por conta do Pará o pagamento das despesas daquela casa de saúde neste período com recursos tirados sabe lá Deus de onde.
Talvez este seja o grande entrave para a inauguração do hospital Mocorongo. Se não houver planejamento a coisa não funciona, e quem paga?... isso mesmo! O povo santareno.
Abraços,
Augusto Nunes.
P.S o bajara já está arrumado e pintado de novo para a viagem até Cametá, agora, em julho. Tem um lugar no banco da frente, junto ao pilo, lhe agurdando. Vamos?
Oláá ,caríssimo, quanto tempo!
Boas considerações sobre a questão das "cotas" no Ministério da Saúde.
Tenho um brother lá, e vou conferir.
Quanto ao convite, que me emociona, está aceito e será cobrado. E nem precisa ser do lado do pilto não.
Vou na cangalha...rs
Grande abraço, conterrâneo.
Juca,
Não sei se é picuinha política da governadora contra a Maria ou contra o povo santareno, mas isso é uma tremenda esculhambação, pra não dizer palhaçada. Se o problema é a cota do Ministério da Saúde, valha-me Deus, o povo do Oeste do Pará votou na Ana Júlia, que se vangloriava aos quatro cantos ser amiga do presidente Lula,pra que? O que falta pra resolver esse problema?
O que não dá é o povo continuar morrendo nos corredores do único hospital público em Santarém, enquanto o gigante adormecido continua sem funcionar. Isso é uma palhaçada! Mexam-se políticos do Pará! Ou será que são apenas parasitas?
Francamente, essa Governadora tá sendo pior que os tucanos para Santarém. E olha que os governantes tucanos discriminaram bastante o Oeste do Pará.
Quem manda votar no PT?
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