19.6.07

Reitoria Ocupada

À exceção de uma demanda, a construção da Casa do Estudante, todas as reinvidicações dos ocupantes da reitoria da UFPA foram atendidas na reunião de ontem. Até porque 80% delas já estava incluída no plano de trabalho da administração superior para este ano, e algumas já estão em andamento.
A reitoria aceitou não punir os ocupantes, mas não se responsabiliza por eventuais consequências jurídicas das agressões aos funcionários da segurança, perpetradas pelos celerados.
O resultado da negociação reitera o que todo mundo sabia: a ocupação poderia ter sido evitada, se houvesse seriedade na condução dos assuntos da política estudantil.
E foi elogiadíssima, por todos, a postura do sendor José Nery (PSOL-PA). Apenas duas intervenções - na hora e rumo certos - em quatro horas de reunião, deram o tom da simplicidade e discrição do senador.

14 comentários:

Yúdice Andrade disse...

Felizmente, o desfecho do imbróglio foi consensual e decente. Endosso sua opinião no sentido de que, se os manifestantes quisessem, poderiam negociar as mesmas coisas sem a necessidade de incidentes e agressões e, acima de tudo, sem passar à sociedade uma imagem muito desfavorável ao usarem, como estopim (eles usaram o termo), um fato no qual estavam absolutamente errados.
Quanto ao nosso senador, que bo que reúne tais características. O vice-governador já foi apresentado a ele?

Unknown disse...

Ahahaha...bom dia, professor.
Mas o vice está melhorando a olhos vistos...rs.
Abs.

Anônimo disse...

Ah, o reitor "aceitou não punir"? Se eram sérias as críticas que apontavam o caráter "sem caráter" do "movimento", desculpe-me Juvêncio, mas o Reitor foi frouxo! Os 'estudantes' ganharam TUDO que queriam! Uma pena. Até agosto então...

Unknown disse...

Desculpe-nos, então, a voce e a mim o senhor reitor.
Concordo com voce: eu não teria aceito essa condição.
E acho que vamos ter que esperar até agosto.

Anônimo disse...

A aceitação das "propostas" dos "estudantes" que ocuparam a reitoria da UFPA só não garante que, em próximos movimentos, os alucinados e antidemocráticos membros do DCE e CA's que fizeram parte da balbúrdia evitem repetir estes atos. Pelo contrário: acho que a atuação da reitoria (digna de elogio, anoto) ainda vai dar causa ao auto-elogio e à alegação de que "os burgueses se curvaram à nossa luta".
São uns moleques mesmo, no pior sentido da palavra, estes atuais membros do movimento acadêmico.

Unknown disse...

Sim, meu caro procurador, bom dia.
Acho que será bem ali logo a nova investida dos celerados.
Mas a destinação de verbas, alocadas desde o ano anterior, e as medidas já tomadas em relação a várias demandas, se encarregarão de desmentir os amolecados.

Unknown disse...

Agenda poderosa, hein moça?
Bjs

Carol disse...

Como estudante universitária daquela Instituição, manifesto minha opinião sobre o fato: embora não ocupante, estive na ocupação, que foi organizada, houve debates, exposição de filmes de caráter geopolítico e certo cuidado com o patrimônio; não houve cachaça nem maconha, o que indica que alguém lembrou de manter o ato dentro da normalidade civil. Foi uma situação diferenciada das demais. Mas foi precipitada... tem que haver diálogo e negociação, e há quem estivesse nas rédeas do movimento que concorde com isso. É preciso perguntar primeiro. Depois, se for o caso, bater.

Anônimo disse...

Talvez tudo tenha sido, também, uma jogada inteligente do reitor: se eles desocuparem, ele resolve o problema, com uma certa rapidez, e realizando o que já pensava em realizar. Se não desocuparem, fica provado de uma vez por todas, a toda a sociedade, de que eles visavam, mesmo, outros interesses - e aí estarão definitivamente desmoralizados. Quem ficou na "sinuca de bico", na minha opinião, foram os invasores!
rs rs rs

Anônimo disse...

Destes comentários, fica bem nítida o preconceito indisfarçável de uns, contra a posição serena e ainda sim crítica da estudante. Enquanto todos os outros, sem o menor pudor, chamam os estudantes de celerados, moleques e outros adjetivos indelicados ( como eram também tratados pelos milicos nos anos de chumbo), a jovem, ainda que discordando da ocupação, mostra que foi um ato pacífico, civilizado ( dentro, claro, dos padrões dos autodeclarados civilizados)e bem organizado. Ou seja, nos tempos que todos juram ser democráticos, qualquer arremedo de contestação é recebido com pedras e cusparada. tudo como dantes no quartel -e é assim que voces querem a universidade - de Abrantes

Anônimo disse...

Acho que o precedente da não punição não é do reitor, visto os casos Tucuruí, dos 40 e poucos dias de ocupação da USP e das invasões recentes a fazendas no Pará, entre outros. Acho que estamos, enquanto sociedade, tomando um rumo muito perigoso para o estado de direito, em que se respeita os "não-direitos", como o de invadir prédios públicos, fechar ruas e atacar quem tem propriedades, mesmo médias ou pequenas, como se merecessem punição por isso, e não se respeitam os direitos reais. Vamos, como sociedade, pagar caro por estes erros, pois o exemplo está se entranhando na mentalidade de quem usa este tipo de recurso para protestar, e minando a democracia cada vez mais.

Anônimo disse...

Alex, assino embaixo três vezes do seu comentário. O que os anônimos que justificaram a invasão da reitoria talvez não compreendam é que a violência não existe somente quando o "pau canta". Ela existe, de maneira vil e ignóbil, quando se impede o ir e vir, direito dos mais básicos de todo cidadão. Não existe esta de "ocupação pacífica"; se a ocupação impede a normalidade da vida administrativa da universidade, ela já é, só por isso, violenta. Como violento também é desfilar pelos corredores dos blocos, de megafone na mão, em períodos normais (isto é, sem greve), impedindo os professores de dar e os alunos de assistir aula.
Infelizmente, é assim que agem: não estão interessados em convencer ninguém; querem forçar situações, agindo de modo por vezes facista, fundados em uma alegada dívida histórica, que precisa ser resgatada de qualquer maneira, a fórceps.
E não é só na academia não. Quem duvidar, que experimente acompanhar uma plenária para eleger representantes dos movimentos sociais nos conselhos de saúde municipal ou federal. Invariavelmente, a coisa termina em pancadaria. Isto é democrático?

Anônimo disse...

Caro Alex: os "não-direitos" mais respeitados no Brasil são o de roubar, de grilar terras, de devastar áreas da União, de beneficiar empreiteiras, mineradoras, sojeiros, madeireiros, de cobrar propinas desses "empreendedores" e nunca se vê tanta indignação como agora na Universidade. Claro, às elites, "não-direitos" são as reações da arraia-miúda, dos estudantes, dos sem-terra, dos sem-teto. Os outros são endeusados como empresários bem sucedidos, freqüentam as colunas sociais e, quando por uma infelicidade a Policia Federal algema algum deles, chovem protestos.

Unknown disse...

Mistura fina a sua, hein anônimo?
Metade verdade, metade mentira.
Média 5. Não passa.
Vá estudar mais.