6.6.07

Não Prospera

O presidente Lula deu ontem a melhor entrevista de sua carreira presidencial, sobre o caso que envolve seu irmao Vavá, suspeito de praticar tráfico de influência na esteira da Operação Xeque-Mate.
Por alguns segundos, a matéria do JN que cobriu o caso parecia deslocada do contexto e em franco desacordo com o teor das entrevistas.

10 comentários:

Anônimo disse...

Juca querido:

o presidente tropeçou como quase sempre. Disse duas coisas antagônicas, de acordo com seu próprio exemplo.

Disse que quem anda na linha, não é investigado, ao defender a PF. E que confia que o irmão não está metido em encrenca.

Ora, se o Vavá (eita apelido degenerativo, ao menos ali pelo nosso sudeste!!!) está sendo investigado, então é porque não andou na linha!

Aliás, o presidente só não surpreende quando fala pouco. O que é raro.

É até possível que ele ou seus marqueteiros pensem que isso é atestado de veracidade, etc e tal.

E, para mim, isso continua a ser um indicativo de que o nosso caudilho continua confuso, ao achar que pode, como presidente da república, falar o que bem entende com a "espontaneidade" com que conversa em família ou entre amigos, onde você tem tempo e disposição dos ouvintes pra explicar que não foi bem assim que você falou.

É o que eu também espero dos amigos, irmãos, mas não é o que eu espero do presidente, do governador, do prefeito.


Beijão

Anônimo disse...

Ops!

Me empolguei tanto no meu comentário que esqueci de concordar que a fala do presidente e a matéria de fundo pareciam mesmo capítulos de novelas diferentes.

Beijão, de novo.

Unknown disse...

E voca ainda acha que precisa assinar, Bia?
Sua pegada é inconfundível...e das boas!
Bjão!

Anônimo disse...

Também achei e acho isso, Bia...

E tem mais. Esse papo de que, quem anda na linha não é investigado pela polícia, é papo sofístico (Tá vendo só, Juvenal, fui ver o velho Aurélio).

Ora, a polícia tem que investigar (PRINCIPALMENTE O ADMINISTRADOR PÚBLICO) para ver se ele está na linha!

Anônimo disse...

Bia,
Um reparo em seu comentário personalíssimo, que ofende ao presidente e ao país: Lula não é um caudilho. É hipérbole ideológica se referir a ele dessa forma, a ponto de fazer corar até os verdadeiros caudilhos.
Segundo, tenha certeza de uma coisa: a conversa de Lula pode não agradar a ouvidos bacharelescos, mas, certamente, é aprecidada, entendida e respeitada por gente acostumada a assistir bestificada os acontencimentos que você muito bem sabe da história pátria.
Está dado o recado velho: ficar de frente para o mar e de costas pro Brasil, não vai fazer desse lugar um bom país.
Juízo!

Anônimo disse...

Calma gente. O Lula estava só mandando um recado para o próprio irmão: ô Vavá, anda na linha meu! Acho que ele foi muito bem compreendido pela população, aliás, como sempre. Não dá pra negar que o fato do irmão do presidente estar sendo investigado é novidade no Brasil em tratamento dispensado a parentes tão próximos da autoridade.

Anônimo disse...

Anônimo das 11:54:

faço alguns reparos que "reparam" parte do seu comentário a respeito do meu:

1 - não vivo de frente para o mar e jamais dei as costas ao meu país.
Já, a recíproca, nas últimas duas décadas, não me parece verdadeira. Meu país é que parece viver a nado.

2 - os bacharelescos é que acham "pitoresco" o presidente falar como quem está permanentemente num churrasco entre amigos.

3 - quanto ao caudilho, faço uma correção, que vai parecer ainda pior. Caudilho era Brizola. Nosso presidente vai progredir, com certeza, e vai chegar a isso.

Porque um presidente que num dia anuncia a quebra de patentes de medicamentos de multacionais - o que é ótimo - e no dia seguinte sabe-se que o Instituto Manguinhos - centro de pesquisa e produção de medicamentos - está morrendo à mingua, ainda não chegou a este posto. Ainda está no estágio da bravata mal aconselhada.

PS: seu comentário foi gentil.
Não entenda o meu como agressivo, por favor. É que ando cansada, muito cansada de ser confundida com isto ou com aquilo.

Abraço.

Anônimo disse...

Quando leio a Bia, fico em dúvida sobre o tempo em que estou vivendo: vejo-a descendo a ripa no caudilho ( êta termo preconceituoso quando aplicado a alguém que, gostemos ou não, foi eleito e releito, tal e qual aquele outro que a Bia, por suposto, jamais chamaria de caudilho) por coisas que as hostes tucanas aplaudiam naquele outro.Quer dizer que há cada quatro ou oito anos os valores mudam de posição e aquilo que era ato de estadista passa a ser ato de caudilho e vice-versa?
Pois eu chamo o Lula de um deslumbrado com as possibilidades do Poder, vendido para as benesses advindas graças ao cargo, tal e qual aquele outro, que mesmo tendo freqüentado as sorbonnes da vida e por isso considerando-se ungido de um estado superior, sucumbiu às delícias do poder. Esqueçam agora o que escrevi ontem, que um novo poder agora se alevanta!

Itajaí disse...

O Instituto Manguinhos à mingua? Acabei de me descobrir portador de alguma cegueira ainda não descrita pela medicina. Ou será que, para seguir na linha musical, a notícia que você leu fica naquela base de quem não chora, não mama?
Posso lhe afirmar que a notícia é escandalosa e improcedente.

Anônimo disse...

Bom dia, Juca querido!

Oliver:
a notícia sobre as dificuldades do Instituto Manguinhos foi publicada no jornal Valor Econômico, na mesma semana em que Lula quebrava a patente da Merck. Infelizmente não gravei a matéria, mas não será difícil você localizá-la.

Considero que este jornal não faz parte da imprensa irresponsável e por isto acatei a informação sem desconfianças.


Anônimo da 2:42:

jamais votei "naquele outro". Além das razões gerais que levaram milhões de brasileiros a não votar nele, mesmo eleito e reeleito, tive o desprazer de conhece-lo nos idos da fundação do CEBRAP e poucos perdem em arrogãncia e pavonice, o que era mais um fator negativo para a minha escolha.

Lula foi meu candidato desde que se aventurou a ser governador de São Paulo. Só deixei de votar nele no primeiro turno da eleição quando Mario Covas concorreu. No segundo turno (Lula x Collor) votei em Lula.

E chamá-lo de cadilho ainda é a minha mais esperançosa crítica.

Quanto a nunca ter chamado o outro de caudilho, é verdade. Chamei-o de impublicáveis adjetivos que, por respéito ao Quintaemenda, não repito aqui.

Abração, pros dois.

Beijão pro Juca.