10.1.08

O Bonde do Sudeste

O Maranhão vive mais um capítulo dramático de sua história.
Em apenas um ano já exibe um governo voraz na corrupção, abraçado à incompetência, comandado pelo decrépito Jackson Lago (PDT) e por bandos criminosos fortemente enraizados na estrutura de poder. Elegendo-se em cima de promessas de repatriação de 900 mil maranhenses, Jackson governa acossado por uma oposição que nada lhe deve nos quesitos supra - se não for pior - mas ainda assim apoiado por expressivos segmentos da sociedade civil, embriagados pelos cobres estatais.
O aquecimento do Maranhão interessa ao Pará.
Não há, a rigor, uma fronteira - cultural, ambiental, social e economica- entre os dois estados, senão algumas centenas de quilometros depois dos limites geográficos entre as duas unidades da federação, para todos os quadrantes.
A semelhança entre as ausências do poderes públicos é outra característica da miserável e não demarcada fronteira. No lugar daqueles poderes, instalou-se outro, o crime, sob as mais variadas formas, ou em todas elas.
Mata-se lá, refugia-se aqui.
Sequestra-se aqui, esconde-se lá.
Planta-se lá, fuma-se aqui.
Devasta-se em toda a região.
E por aí vai. E volta.
Ponha a barba rala e os longos cabelos de molho o secretário de Integração Regional André Farias. O fracasso do governo Lago vai aumentar a demanda pelos assentos das quentes e poeirentas composições da Vale. E o governo do Pará nem discurso tem para receber o povo na estação. André, que foi secretário de Planejamento de Parauapebas, poderia tê-lo escrito.
Mas é a assistência social das prefeituras que se vira, ouviram?
E esse povo, sabe-se, depois que desce do trem vira bonde, quase no sentido carioca da expressão.
Neste quesito, usando uma expressão conhecida lá e cá, Maranhão e Pará jogaram o ano de 2007 no mato.

4 comentários:

Hiroshi Bogéa disse...

Só não foi pro mato o seu jeito elegante de esmiuçar essa zorra.

Perfeito. Texto lindo. Belíssimo.

Unknown disse...

rsrs...é que eu tenho ótimos professores, no texto e na região, não é mestre?
Obrigado, mestre...eheh.
Abs

Anônimo disse...

Juvencio,

Como cidadão do velho estado do Maranhão e Grão Pará, assino embaixo do que escreveste.

Jackson é tão distraído com as promessas que nomeou secretário da Juventude um dos poucos líderes estudantis cujo nome é há muito associado à corrupção, até porque foi levado à Justiça mais de uma vez por causa disso.

O tal de Wewerton é o que eu chamo de "futuro do presente", a garantia jackista de que o amanhã será igual aos dias de hoje.

Abraços,
Walter Rodrigues - Blogue do Colunão

Unknown disse...

Obrigado meu querido, cidadão do mundo.

Foi vc quem me levou ao Maranhão, e ainda me mantém ( e minhas saudades) por lá.

Que pena, um estado no "futuro do presente".

Por isso brigamos.

Abraços,