"Os votos nulos não passam de 10% neste segundo turno, Juca", garantiu ontem o diretor de um instituto de pesquisas com quem conversei longamente. Ele trabalhou bastante nessas eleições: mais de oitenta sondagens na capital e municípios de todos os quadrantes do estado. Não ganhou o que merecia. Os preços, estacionados nos patamares de 2002, não ultrapassam os R$ 8,50 por questionário.
Enfrentou problemas de toda ordem, até prefeito que corrompeu os pesquisadores, obrigando o refazimento do campo, e o inevitável atraso na divulgação da pesquisa. Recebeu telefonema de promotor pedindo os originais de questionários preenchidos, e viu despacho de juiz proibindo a realização de qualquer pesquisa no município.
Escapou ileso, e está naquela fase que eu chamo de reencontro, quando o ritmo de trabalho desacelera abruptamente depois de tres ou quatro meses sem descanso. Mas disse que nunca viu darem tanta importância às pesquisas de opinião. Citou como exemplo um cliente que encomendou uma sondagem sem que existisse sequer um jornal ou uma rádio na cidade.
Brandia a pesquisa - o relatório, bem entendido - em cima dos palanques e nos carros som da cidade. O que importava era o registro no cartório eleitoral da comarca, um número mágico, tão importante quanto as intenções de voto. As vezes mais, porque inequívoco.
Para o diretor, a pesquisa como forma de induzir a opinião, acossar o adversário, acelerar a decisão do voto, estimular a concentração do voto nos que estão na dianteira, nunca foi tão utilizada. Principalmente no interior.
O mercado das pesquisas de opinião cresceu muito nessas eleições.
Os olhos dos eleitores precisam fazer o mesmo, porque o instrumento é fascinante e cada vez mais decisivo.
5 comentários:
Juca querido,
ontem assisti novamente o filme "Mera coincidência". Afora as interpretações arrepiantes de Robert de Niro e Dustin Hoffman, o tema: a mídia, o marketing político, sobrepondo-se à realidade. Mais do que isso: inventando-a.
Vem a calhar o post. E meu palpite é que perdemos, talvez, a bola da vez. Que seria as pesquisas, ainda que indutorasde voto para os indecisos, serem isso com seriedade. Frase horrível, mas é isso mesmo.
Nas pesquisas divulgadas no primeiro turno - as do IBOPE - era notória a manipulação dos perfis dos eleitores. Ora carregava-se um pouquinho para as mulheres, ora para os mais escolarizados ou para os mais idosos. E assim, de 3 em 3 ou 4 em 4 entrevistas, num universo restrito de 604 entrevistados, pendia-se o pêndulo (outra frase horrorosa!).
Se funcionou, não importa. Mas demonstrou que nada de bom dá pra esperar por enquanto dos institutos. O IBOPE vai ser descontratado pela Globo e substituído pelo Datafolha. Se o instituto for como o seu original -o jornalão - estaremos embalados finalmente pela falsa democracia e aparente transparência (ganhei o Grammy: terceira frase horrorosa!).
Como você vê, a acidez hoje está no limite. Culpa de Santo Ambrósio.
Beijão.
Bom dia queridona.
Também ouvi esa história de que o namoro entre o IBOPE e a Rede Globo teria chegado ao fim.
A conferir.
Quanto às pesquisas: existem as que não erram ( a não ser na margem), as que erram ( fora dela), e as que são, literalmente, vendidas, de difícil "apreensão em flagrante".
Mas o instrumento científico, em si, é inegavelmente relevante e preciso, do ponto de vista estatístico.
Por trás dele estão a Teoria Probabilística, e anteriormente, e na ordem inversa de seu surgimento, a Teoria do Caos,as teorias da difusão, a Mecânica Estatística e a Termodinâmica, as últimas dos séculos XVIII e XIX.
Bjs
Acho que andamos lendo os mesmos livros...
rs...pena que não frequentamos o mesmo programa de pós graduação, doutorando Cjk.
ELEIÇÕES 2008 – A farsa do suposto coitadinho
O coitadinho de hoje é o arrivista de amanhã. Esta é a conclusão na qual fatalmente se desemboca, a partir do discurso recorrente do prefeito Duciomar Costa, que nesta reta final de campanha decidiu investir no marketing do coitadinho, ao evocar sua origem humilde.
Ao mencionar, repetitivamente, que já foi feirante, jornaleiro e taxista, o nefasto Dudu omite os métodos dos quais se valeu para, como em um passe de mágica, tornar-se empresário, condição sob a qual ingressou posteriormente na política. A trajetória do nefasto Dudu, como se sabe, está longe de ser edificante, razão pela qual o prefeito se vale de sua origem humilde não como exemplo, mas como álibi para justificar o seu presente.
Postado por Augusto Barata às 10:39 0 comentários Links para esta postagem
ELEIÇÕES 2008 – A turbulenta vida pregressa
O prefeito Duciomar Costa, que postula a reeleição, investindo para tanto em uma massiva propaganda enganosa, tem uma vida pregressa para lá de turbulenta. O passado do nefasto Dudu inclui a utilização de dois CPFs, o Cadastro das Pessoas Físicas da Receita Federal, e de um diploma falso de médico, com o qual se fazia passar por oftalmologista, em uma de suas óticas.
O nefasto Dudu é tão farsante, mas tão farsante, que chegou a declarar três datas distintas de nascimento. Na sua matricula na Unama (Universidade da Amazônia), pela qual diplomou-se bacharel em direito, ele declarou ter nascido a 17 de março de 1954, mesma data que consta em um dos seus dois CPFs. Ao Ministério do Exército, ele declarou ter nascido a 17 de agosto de 1955. Já no seu site de campanha a prefeito de Belém, em 2000, sua data de nascimento era 17 de agosto de 1956.
Postado por Augusto Barata às 10:38 0 comentários Links para esta postagem
ELEIÇÕES 2008 – O provável propósito de dois CPFs
O passado do nefasto Dudu inclui também a utilização de dois CPFs, provavelmente para omitir bens e rendimentos da Justiça Eleitoral.
Proprietário de três óticas, entre 1976 e 1982, Duciomar Costa utilizou o CPF número 029.045.432-87, para registrá-las na Jucepa (Junta Comercial do Pará). Ao iniciar sua carreira política, ele apresentou ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) um CPF falso, de número 248.654.272-87.
Postado por Augusto Barata às 10:36 0 comentários Links para esta postagem
ELEIÇÕES 2008 – Recurso que atropela a ética
Proprietário de três óticas, entre 1976 e 1982, posteriormente Duciomar deixou de apresentá-las em suas declarações de imposto de renda. Mas as óticas continuavam a funcionar, nos mesmos endereços, com outras razões sociais, em um aparente recurso próprio de quem deseja mascarar sua renda e, para tanto, atropela a ética, ao transferir a titularidade de suas empresas.
Na composição societária das empresas passaram a figurar a esposa de Duciomar, Maria Silva da Costa, de CPF nº 108.685.932-49, e seu irmão Valdeth Gomes da Costa, de CPF nº 047.024.842-49.
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ELEIÇÕES 2008 – O imbróglio do alistamento militar
Compulsivo, em matéria de maracutaias, até para obter o certificado de alistamento militar – necessário para obter o registro de candidato junto a Justiça Eleitoral -, Duciomar recorreu à falsidade ideológica. Somente aos 30 anos ele apresentou-se ao Ministério do Exército, para cumprir sua obrigação militar, o que deveria ter feito aos 18 anos.
Cadastrado como eleitor na 29ª Zona Eleitoral, residindo na rua João de Deus, nº 665, no bairro do Guamá, em Belém, o nefasto Dudu apresentou-se à junta do serviço militar nº 043, no município de Jacundá, onde obteve o certificado de reservista nº 377699 – Série N. Ao Exército ele declarou residir em Jacundá, na Imcobal, quadra 3, casa 06.
Postado por Augusto Barata às 10:32 0 comentários Links para esta postagem
ELEIÇÕES 2008 – O caso do diploma falso de médico
Duciomar Costa, o nefasto Dudu, ficou célebre por protagonizar um episódio policial, ao ser flagrado se fazendo passar por oftalmologista, valendo-se de um falso diploma de médico. Ele prescrevia receitas de óculos, para com isso engordar o faturamento de suas óticas.
Flagrado pelo Sindmepa (Sindicato dos Médicos do Pará), no exercício ilegal da profissão, Duciomar foi denunciado à Justiça, respondeu a um inquérito e chegou a ser condenado. Na esteira dos prazos oferecidos pela legislação, e que servem para procrastinar a ação da Justiça, o crime prescreveu e o nefasto Dudu se livrou da prisão.
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ELEIÇÕES 2008 – A compulsão pelo embuste
A compulsão pelo embuste se confunde com Duciomar Costa. Em 2000, por exemplo, candidato à prefeitura de Belém, em eleição na qual foi derrotado pelo então prefeito Edmilson Rodrigues (PT, na época; hoje PSol), o nefasto Dudu foi apresentado, em propaganda eleitoral impressa, como advogado.
A OAB/PA (Ordem dos Advogados do Brasil - Secção Pará), em certidão de número 586/2000, subscrita pela sua então presidente, Maria Avelina Imbiriba Hesketh, informou que o nome de Duciomar Gomes da Costa não figurava nos quadros da entidade. A inscrição na OAB, como se sabe, é obrigatória para tornar alguém advogado, e consequentemente apto para exercer a advocacia, ainda que a pessoa tenha concluído o curso de bacharel em direito.
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ELEIÇÕES 2008 – Filantropia em benefício próprio
Mas isso não é tudo, em se tratando de Dudu, o nefasto. A Funcosta, a Fundação Duciomar Costa, é suspeita de servir aos interesses políticos do atual prefeito de Belém, acusado de fazer carreira recorrendo à filantropia eleitoral, valendo-se de recursos públicos.
Uma das atividades ilegais da Funcosta era, segundo denúncias recorrentes, oferecer transporte gratuito e assistência médica e odontológica a eleitores, em época de campanha eleitoral. À Justiça Eleitoral, quando questionada, a fundação declarou possuir quatro funcionários e não apresentou qualquer comprovante de pagamento de honorários pelos supostos serviços médicos e odontológicos que se proporia a realizar.
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