27.10.08

Cumpra-se!

O grande vencedor destas eleições, em todo o Brasil, foi a compra de votos, sob as mais variadas formas. Tem nas mãos, a Justiça, uma excelente oportunidade de sentar a maçaranduba nos compradores comprovados, recusando-lhes a chance de assumir mandatos ilegalmente conquistados.
Pra depois não ficar chorando a insegurança das comarcas, ou delas se escafedendo na calada da noite. Autoridade não é apenas uma delegação mas também, e principalmente, seu efetivo exercício, que só é materializado na aplicação da lei.

14 comentários:

J.BOSCO disse...

Dura lex vende-se lex...rs!
abs

Anônimo disse...

O que falta às autoridades é AUTORIDADE!

Anônimo disse...

Do jeito como a justiça no Pará (MP e TJ) no lugar do "cumpra-se" é mais fácil encontrarmos a frase de leiloeiro: Vendido ao Sr fulano.
Quem não exerce autoridade em casa, não pode querer ter fora dela.
Alguem se lembra do caso Murrieta? do caso Brabo?
Ah!!! Manoel Santino vem ai, lá, lá, lá lá, lá!!!
Vergonhoso

Anônimo disse...

Juca a unica JUSTIÇA que eu conheco é a justiça dos possiveis ou sejá leva que melhor for aquinhoado SOCIOECONOMICAMENTE falando.

Anônimo disse...

PELO MENOS AGORA VAI TER ESPARADRAPO NOS POSTOS DE SAÚDE DA PREFEITURA,VÃO SER USADOS OS ADESIVOS QUE SOBRARAM DA CAMPANHA!
JÁ PENSOU O PACIENTE SAI COM A CABEÇA ENFAIXADA COM UMA ETIQUETA
"DUDU DE NOVO", ARGH!

E HAJA DINHEIRO PÚBLICO!

Anônimo disse...

Há um cinismo absurdo no tratamento desse tema. A compra de voto é legalizada na arregimentação de "militância" paga aos milhares (diz-se que Duciomar recrutou 100 mil bocas de urna). 100 mil pessoas que recebem de um candidato vão votar nele, é obvio e vai induzir familiares a fazer o mesmo. Isso é compra de voto. Como é compra de voto a arregimentação de Fiscais partidários pagos. Estou falando apenas das duas formas mais escancaradas de compra de voto. Proibiram outdoor e showmicio, probiram comerciais de TV com imagens externas, probiram a distribuição de brindes, alegando que cada uma dessas coisas induzia a gastos excessivos e a compra de votos, mas deixaram solto a verdadeira compra de voto que se dá pela arregimentação de milhares e milhares de pessoas que balançam bandeiras, fazem boca-de-urna (ou não fazem, simplesmente recebem para votar com a alegação de que estão sendo remunerados para fazer propaganda) e servem de fiscais para partidos e coligações. Ao contrário do que disse um anônimo, não falta AUTORIDADE às autoridades. É que elas usam a AUTORIDADE para autorizar o delito. Nosso problema não é de falta de AUTORIDADE, mas de excesso. O que Duciomar fez no primeiro e no segundo turno para garantir o governo da Belém Ambiental é como passar merda na cara da Justiça. E, ao que tudo indica, a Justiça sentiu olor de perfume francês.

Anônimo disse...

Parece engraçado, mas é trágico. Mais quatro anos de roubalheira e desgoverno. E ainda tem quem ria..

Unknown disse...

Das 3:44, seu comentário é duro mas verdadeiro. Uma correção: as autopridades não usam da autoridae para legalizar o delito, mas ao não coibí-lo ( teriam as condiçõespara tal?), ajudam. E, pior, não penalizam ou demoram tanto que só alcançam os safardanas em meio de mandato.
Mas não foi só Duciomar quem abusou do expediente. Mário teria arregimentado, segundo fontes vermelhas, 60.000 "militantes".
Mas Valéria e Pirante também tinha bandeirantes.

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Das 3:45, todos podem rir aqu neste blog. principalmente os que trabalham com o humor e os que trabalham com humor.

Anônimo disse...

Compra de votos?

Em município como Santa Luzia do Pará teve compra até de Urna inteira. Que o digam os indios Tembés

Não é nenhum voto em Branco?
Não é nenhum voto nulo?
Não é nenhuma abstenção?
NÃO É TODOS VOTOS EM LOURO ?

Yúdice Andrade disse...

Curto e grosso: DESISTA.
Como dirias tu mesmo, Juvêncio: não é verdade que o romance "Ensaio sobre a cegueira", de José Saramago, tenha sido inspirado na Justiça Eleitoral brasileira.

Unknown disse...

Profesor, mais curto e grosso ainda: NÃO.

Unknown disse...

Professor, mais curto e grosso ainda: NÃO.

Yúdice Andrade disse...

Naturalmente, Juvêncio, o "desista" não significava que devamos desistir de identificar, revelar e combater as indecências da vida. Foi apenas expressão do desalento de quem não espera que as autoridades competentes façam o dever de casa, louvando-me nas estatísticas sobre casos do gênero.

Unknown disse...

Eu sei, caro professor. Quem sabe a soma dos desalentos e revoltas - meus e seus - não nos empurrem mais um pouco pra rente?