26.10.08

Impacto Regional

Por diferentes razões, a crise mundial não traz boas notícias para duas grandes cidades paroaras, Santarém e Marabá.
A iminente desaceleração da Zona Franca de Manaus empurra muitos santarenos de volta pra casa, e o abafamento dos fornos do pólo siderúrgico marabaense desemprega parte da mão de obra, atingindo, por tabela, as carvoarias da região.
Os prefeitos daquelas cidades, e de todas cuja economia está vinculada ao carvão - feito Tailândia, Goianésia e Jacundá - que se preparem.

3 comentários:

Alan Lemos disse...

Esse é um dos problemas da globalização: atrelar uma economia muito ao cenário externo - é a vulnerabilidade.

Economistas liberais acham besteira, mas ter uma economia mais introvertida que extrovertida tem suas vantagens. Olha Belém: é a maior cidade do Pará e nem consta na lista das cidades potencialmente mais atingidas.

Mas se mesmo assim esses economistas tradicionais acham que pelo modo globalizante "dá mais dinheiro", deixa eles aí... mais dia ou menos dia, baterão à porta do Estado, implorando por presença estatal na economia...

Anônimo disse...

Nao sou economista mas nao me contenho em palpitar que nao devemos desprezar que a China com superavit de trilhoes de dolares e sua forte conexao com a economia americana eh afetada em um primeiro momento,levando tambem a uma retracao reflexiva na economia brasileira, nao resta duvida. Mas em um segundo pensamento , podera sair mais forte ainda da crise global e com isso atrelar o Brasil que eh um dos principais fornecedores de materia-prima do gigante asiatico.
Hoje a unipolarizacao em que os USA desponta relativo ao poder mundial eh um fato recessivo,sobretudo pela plurarizacao que vem ocorrendo na ultima decada ao redor do mundo dando espaco participativo aos chamados emergentes no novo cenario economico glogal, seja por sua economia, diplomacia ou pelo dominio da energia nuclear, como acontece com Paquistao, Israel,Corea do Norte,India, Iraque (?)... ...mas ainda longe de enfrentar a soberania belica e tecnologica americana.
"By the way", historicamente os Estados Unidos emergiu da crise de 1929 mais forte ainda como sociedade e potencia economica. O poder da propria sociedade americana em reverter o quadro economico atual deve ser considerado neses tempos de mundo onde a plataforma montada basicamente em cima do Capitalismo e do equilibrio nuclear e energetico, comecou a se desbalancear , desenhando uma nova geopolitica mundial e abrindo novas janelas de oportunidade para a economia brasileira.

Val-André Mutran  disse...

Duas ótimas análises.
Eu suponho ainda que com a outra dimensão de solidez dos bancos nacionais, BNDES, CEF e BB, além de instituições como Finep - para inovação - deixa-nos com o pé um pouco mais no chão.
Contudo, nosso calcanhar de aquiles continua refém de nosso superávit auferido com as exportações de comodities que devem sofrer uma retração de preços.