Do blog do Noblat.
Lembranças de um ex-preso VIP
Há sete celas com cerca de 12 metros quadrados cada no prédio da Superintendência da Polícia Federal em Brasília. Cada uma abrigou em média oito pessoas da quinta-feira da semana passada até a última segunda-feira. Eram presos que já estavam por lá, e mais os 47 que chegaram por conta da Operação Navalha “Não podíamos telefonar ou receber visitas. Ficamos no isolamento completo”, queixa-se um dos acusados de navalhar dinheiro público solto ontem.
Em cada cela há duas camas de concreto e uma mesa de concreto. As camas foram reservadas para os presos de idade avançada ou que apresentavam problemas de saúde. Os demais dormiam em colchonetes no chão. Não há banheiros nas celas, nem assentos sanitários, apenas vasos turcos separados por uma mureta com cerca de 50 centímetros de altura. “É um buraco no chão e mais nada. Ficávamos numa posição constrangedora”, segundo o ex-preso.
O banho-de-sol ocorria pela manhã, por cerca de uma hora. As refeições eram distribuídas três vezes por dia. De manhã, café, leite, pão, bolachas e às vezes uma fruta. O jantar era igual ao almoço: feijão, arroz, picadinho e legumes. As mulheres ocupavam uma cela "especial" com banheiro reservado, chuveiro e água quente. O contato com o mundo exterior se restringia a uma tevê instalada na parede do corredor que separa as celas.
Via-se televisão somente das 19h às 23h. Os presos chegavam a um acordo e escolhiam o canal. Eles podiam conversar com seus advogados até mais de uma vez por dia, se fosse o caso. Mas os encontros eram filmados e as conversas gravadas
Um comentário:
Coitadinhos. Tô morrendo de pena.
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