22.5.07

Zapt!

O tacape que a índia Tuíra raspou a careta do ministro sarneysista Silas Rodou no ano de 1991, ele então diretor da Eletronorte, num encontro dos povos indígenas em Altamira, está nas mãos de Lula.
Neste momento os dois conversam no Palácio do Planalto.
Um malsinado lugar, aliás.

10 comentários:

Anônimo disse...

Belo 'recuerdo'. Não me lembrava que era o Silas Rondeau a quase vítima da índia, naquele episódio. Bem que ela podia 'aparecer' lá pelas bandas da Esplanada e usar aquela mesma porta por onde a 'pagadora' da Gautama entrou no Ministério das Minas e Energia pra fazer uma visitinha ao afilhado do Sarney.

Anônimo disse...

Olá Juvêncio,

Permita-me reparar o seu post: não foi na face do Silas Rondeau que a índia Tuíra roçou um facão, e não um tacape. O ano também não foi 1991.
Deu-se o fato em 1989, no I Encontro dos Povos Indígenas do Xingu. Eu era vice-prefeito de Tucuruí e fui a Altamira.
À época, o presidente da Eletronorte, que sentiu o gosto amargo da lâmina, era o José Antônio Muniz Lopes, também um maranhense da cota do Sarney.

Na oportunidade, observo que as postagens vistas sobre o relatório do IPEA ratificam aquilo que dantes eu lhe houvera escrito: como não há argumentos contra os números volta-se ao discurso do contra ou a favor com as respectivas teses tiradas da fé, de mãos dadas com o maniqueísmo: os bons, os que querem o Pará enorme, e o lado negro da força, os que querem a divisão.
É de se observar, também, que o IPEA, ou outras instituições que forem, debalde, contratadas, jamais se manifestarão sobre o mérito: apenas colhem e sistematizam dados para que os políticos se manifestem sobre o mérito.
Com o relatório em mãos, é claro, os dois lados levantarão argumentos, cada um soletrando aquilo que quer ler.
Nota-se, também, que, como a leitura de números é enfadonha, para que não se perca o rebolado, simplesmente tenta-se desacreditar a fonte onde foram colhidas as letras, neste caso o IBGE.
Por isto, usei o advérbio – debalde – para o modo: podem chover relatórios e o chão continuará seco.
A discussão será sempre geopolítica e a conveniência também. Mesmo que os números fossem desfavoráveis, poder-se-ia, a contrário senso, advertir que a divisão seria imperiosa para reverter o desfavor.
Na federação sempre houve uma inteligência contrária a sequer debater a questão da divisão territorial brasileira: isto é uma agenda de parte de alguns estados, que só poderá ser pautada no Congresso por obra de alguma conveniência eventual, como foi o caso do Tocantins e do Mato Grosso do Sul.
Deste modo, de fato, relatórios são inócuos: os sinos dobram em outra torre.

Um abraço.

Parsifal Pontes

Anônimo disse...

A suavização do termo é válida nesses tempos de violência, porém o que a índia usou foi um terçado conforme fotos publicadas e que pode ser vista no link a seguir que leva ao livro TENOTÃ-MÕ Alertas sobre as conseqüências dos projetos hidrelétricos no rio Xingu - Organizador A. Oswaldo Sevá Filho (a foto está na Parte I Os Xinguanos e o Direito). Destaco que o professor está no Jornal Pessoal pedindo a divulgação dessa obra com o intuito de “subsidiar o debate sobre Complexo Hidrelétrico do Xingu.”
http://www.fem.unicamp.br/~seva/Tenota-Mo_caps1a3_pag92.pdf

Acredito que o Lula deveria estar usando uma foice, representando a morte que veio buscar o cargo do ilustre ministro, deixando este no ostracismo, para ser lembrado somente no momento de prestar contas à Justiça.

Carlos André

Anônimo disse...

Juca. A Tuira sapecou o facão na cara do José Antonio Muniz Lopes, à época diretor de Operações da Eletronorte,que presidiu no governo FHC.O I Encontro dos Povos do Xingu - eu estava lá -aconteceu em Altamira em fevereiro de 1989.
Grande abraço.
Ronaldo Brasiliense

CJK disse...

Amigo Juca, o facão não foi no rosto do José Muniz Lopes, igualmente sarneizista?

Anônimo disse...

...Da Silva disse ...

Essa foto foi , até, premiada. Foi publicada na saudosa A Provincia do Pará de tãos boas memórias e que, principalmente nesse momento, tanta falta nos faz. O autor foi o talentoso Paulo Jares, que já no início da carreira fazia boas fotos. Tanto que, depois, seguiu carreira de sucesso em revistas e jornais de circulação nacional.

Unknown disse...

Obrigado, queridos comentaristas, pelas corretíssimas, imediatas, ve gentis correções ao post. Amanhã vou retificá-las, na ribalta, com os devidos créditos.
Quem tem comentaristas como voces, vai longe.
Vamos longe.
Abs a todos.

Anônimo disse...

Hey, Juva, valeu a imagem, no comentário.

Anônimo disse...

Ahahahahhahah Juvencio. Sou a blogueira bem humorada que só vem aqui repetir o óbvio que ulula: voce diverte os meus dias com seus textos bem humorados e inteligentes ( apesar, de , repito até à exaustão, às vezes não concordar com o que diz).
....ahahahahha, eu nem lembrava mais desta índia....

Anônimo disse...

Caro Juca,

O comentário do ex-prefeito Parsifal Pontes não corresponde à preocupação de quem não acha ilegítima a discussão sobre a divisão mas que também não a reputa como “apaixonante” ou a panacéia para a solução das nossas desigualdades . Não se trata de “ ... desacreditar a fonte onde foram colhidas as letras, neste caso o IBGE”. Trata-se de destacar que como tudo na região Norte, as decisões estão sempre fora daqui e o IBGE não é exceção. Mudanças metodológicas alteram séries de dados que, com isto, ficam incomparáveis. Isso é constatação e não campanha contrária à instituição.
O exemplo que dei, por exemplo, entre a contagem populacional de 1996 e o Censo 2000 é prova disto. Outra questão interessante é que há 3 anos o IBGE divulgou a média salarial das regiões metropolitanas da PNAD e Belém era campeão de renda nacional!

Quanto á discussão ser sempre “... geopolítica e a conveniência também.”, concordamos. Por isto a preocupação de quem deseja informações, pois até o momento o que o frágil debate sugere é que seu pano de fundo é a acomodação de conveniências políticas, que nem sempre são as conveniências da população.

Beijão