9.5.07

Recalcitrância

No site Consultor Jurídico, mais uma indecência da OAB.

A OAB declarou guerra aos grampos telefônicos e escutas ambientais em escritórios de advocacia, mesmo aqueles feitos com autorização judicial. Os 81 conselheiros federais aprovaram, nesta terça-feira (8/4), proposta que classifica as escutas como violação das prerrogativas dos advogados.

Leia mais aqui.

14 comentários:

Unknown disse...

Apesar das coisas boas, como a luta pelos direitos humanos e a prova que filtra os bons advogados, a OAB pisa na bola quase sempre que vai defender sua classe. Eles querem o que afinal? Estar acima dos outros mortais?

Se a sacanagem rola solta em tribunais, imaginem o que deve então acontecer nos escritórios de advocacia. Quanto mais a polícia e televisão mostrarem os bandidos com carteira da OAB, melhor!

Escuta neles!

PS: ah se o meu CREA fosse tão preocupado com minhas prerrogativas de engenheiro...

Anônimo disse...

Minha cara, até mesmo quem burla a lei tem direito a defesa. Se as escutas são autorizadas, segredos privativos e invioláveis, próprios da relação advogado-cliente, serão devassados e divulgados (o post acerca das preferências sexuais dos magistrados presos pela PF deixa isso claro).É assim em qualquer lugar do chamado mundo civilizado, mas aqui estamos sempre com a mania de reinventar a roda.

Anônimo disse...

PUNIR OS ASSASSINOS DE BARBON
A Chapa “Luta, Fenaj!” vem a público exigir das autoridades policiais imediatas e efetivas providências para que seja rapidamente esclarecida a autoria do assassinato do jornalista Luiz Carlos Barbon Filho, ocorrido na cidade paulista de Porto Ferreira no sábado, 5/5.

Barbon Filho foi peça-chave no desvendamento de uma quadrilha formada por empresários, vereadores e outras figuras graúdas da política local, que criaram uma rede de prostituição infantil naquela cidade.

O trabalho de investigação de Barbon Filho permitiu que o caso viesse a público, em 2003, e os aliciadores de jovens fossem descobertos, condenados e presos (embora por pouco tempo).

Seu assassinato não pode permanecer impune. Seus executores e mandantes precisam ser identificados e exemplarmente punidos, para que não haja desmoralização da Justiça.

Espera-se que a Fenaj acompanhe este caso até sua apuração final, entendendo a sua importância simbólica e prática para milhares de jornalistas brasileiros, que não raramente enfrentam pressões, perseguições e ameaças ao desempenhar com dignidade seu trabalho cotidiano.

Brasília, 7/5/2007
Chapa “Luta, Fenaj!”

Anônimo disse...

Simon diz: Pior que as escutas telefônicas, são as inteligentíssimas e CRIATIVAS interpretações do pessoal do Prato Feito. Dá pra rir sem dificuldades, é uma vergonha!!

Yúdice Andrade disse...

Certamente, a nossa briosa OAB pisou em falso. Afinal, nestes tempos em que a divindade dos juízes é posta à prova amplamente pela sociedade (já não era se em tempo), precisamos lembrar que nenhuma negociação espúria é feita com juízes sem a intermediação de advogados. Ninguém que seja parte em um processo irá de cara limpa sugerir bandalhas ao magistrado. Por isso, investigar o juiz é investigar o advogado.
Naturalmente, a OAB está certa em defender as prerrogativas profissionais. Para isso ela existe. O que causa mal estar, contudo, é que faltou dizer que a OAB deve defender com unhas e dentes os advogados corretos e vítimas de abusos; os criminosos devem ser tratados como tal, haja vista que eles, mais do que ninguém, comprometem a dignidade da profissão e conduzem ao descrédito a imagem da advocacia.
PS - Marky, não seja tão duro com o sistema CONFEA/CREA. Vocês vão ganhar uma nova identidade profissional totalmente grátis. Quando a OAB mudou a nossa, tivemos que pagar 60 reais por ela. E isso numa época em que a anuidade era de 400 reais (hoje 500). Queres mais?

Anônimo disse...

Se o CRQ se preocupasse 10% com os químicos, este País seria uma maravilha. Que bom ser cidadão de primeira classe os outros são profissionais liberais

Unknown disse...

Yúdice,

Uma vez vindo do interior do Acre, peguei carona com uma juíza. Foi uma experiência sui generis ficar tão próximo de uma divindade desse tipo. A todo instante ele usava da tal prerrogativa de magistrada para entrar primeiro com seu carro nas balsas que atravessavam os rios.

Até que encontrou em peão que estava embarcando uns 200 bois numa balsa. E não é que ela queria entrar primeiro que os bois. O peão diante da ameaça da autoridade disse que só quem tiraria aqueles bois dali era Deus, e dando as costas foi se juntar ao resto dos vaqueiros.

As ofensas proferidas ao peão ficaram a cargo de um jovem advogado, assistente e puxa-saco da juíza. Eu ri a beça, comigo mesmo é claro. Ali vi como começa o achaque ao cidadão comum deste país. Ano passado este jovem advogado teve que ser demitido do ministério público estadual, era filho de um juiz.

Com deuses assim, admira que sua anuidade seja tão barata.

Abraços

Anônimo disse...

Tudo bem, tudo bom, como diria o colega Ubiratan de Aguiar - aliás, Pierre Beltrand - mas quem nos protege dos excessos?
Não quero de modo algum proteger privilégios; não é meu estilo. Porém, como bem disse (apesar de concluir mal, no meu entender) o anônimo das 11:59, "segredos privativos e invioláveis, próprios da relação advogado-cliente, serão devassados e divulgados". Bem dito: devassados E DIVULGADOS, o que é pior.
Então, qual a solução para o problema? Na minha opinião, moderação, como tudo na vida, e responsabilizar, de modo claro e efetivo, quem se exceder no uso das informações obtidas nas escutas. Nada de ferro e fogo; nada de arrepiar advogados, com raiva atávica de anos de privilégios. Se conseguiremos chegar a este ponto de equilíbrio é que o problema.

Anônimo disse...

Sei não, Chico. Bem escrito está, mas e a "voz do povo"? Sabe camarada, quem acompanha "de fora" a atuação dos colegas e quem observa o ranso ideológico da OAB, fica pensando: pau que bate em Chico, não bate em Francisco (desculpa a coincidência, né?!) No geral, os interesses mais indizíveis estão por trás das posições assumidas pela OAB. Acho que isso nos remete a uma revisão do papel dessas instituições, que desconhecem, na prática, o contraditório. Sua fala não tem FULL DUPLEX, é um caminho sem volta no desserviço do falso jogo democrático. Tô fora, mas sigo pagando a anuidade...

Anônimo disse...

Juvêncio,
Troca o S por Ç aí no RANÇO, se não fico mal com meu amigo Chico Jr.

Unknown disse...

Pô, Damas, não tenho como.
Mas voce pode excluir seu comentário, e repostá-lo corrigido.

Anônimo disse...

Deixa pra lá... É que o RANÇO da OAB é todo errado mesmo e me induziu ao erro também... Rs, rs, rs... Fica o registro. Grande abraço.

Unknown disse...

Prá vc também, e o vernáculo que nos perdoe...rs

Anônimo disse...

Damas, você sempre está bem comigo. Abraços.