Do blog de Walter Rodrigues, de São Luís.
Ninguém acredita que o ex-senador e deputado suplente Francisco Escórcio (DEM-MA) esteja sendo injustiçado quando o acusam de investigar a vida de adversários do presidente do Congresso, Renam Calheiros (PMDB-AL), de quem é dedicado assessor.
Chiquinho é da pesada. Era uma espécie de factótum do senador Alexandre Costa, falecido em 1995, que lhe confiou segredos, maneiras e outros valores. Se era “laranja”, como dizem, então pode também ser verdade que não se deixou descascar como devia após a morte do padrinho. Os herdeiros de Alexandre não morrem de amores por ele.
O homem é trabalhador. Esquema daqui, esquema dali, elegeu uns 15 ou 20 prefeitos em 1996. Sarney cuidou para que esse investimento fosse recompensado. Em 1997, convenceu o senador Luiz Carlos Bello Parga, sucessor de Alexandre no mandato, a licenciar-se por três meses em favor de Escórcio, que era o segundo suplente. Repetiu a dose em 98. Foram 180 dias de senador, o suficiente para que fosse apontado como articulador eficiente e lobista ousado. Acusaram-no, por exemplo, de armar irregularidades na concessão oficial de rádios comunitárias.
Escórcio também foi assessor parlamentar da Casa Civil da Presidência no reinado de José Dirceu. Tinha dois ou três carros oficiais à disposição e não gastava gasolina à toa.
Agora está metido nesse suposto caso de “espionagem” e “chantagem”, que vai render mais uma representação no conselho de ética contra Renam.
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Esta é a quadrilha de Renan Calheiros (PMDB), que em terras paroaras tem sua falange tão assumidamente depravada que até comemorou na imprensa a vitória do marginal no primeiro round.
Mas foi só o primeiro.
Com mais esse, ainda faltam quatro.
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