8.10.07

Os Blogs, o "Povo", e a Opinião Pública

Admite-se, desde Poulantzas, que o poder no Estado não é monolítico, e que a luta pelo domínio das esferas de poder é permanente e mutante.
Governos de coalizão tendem a acentuar essas disputas, e às vezes, membros da coalizão se desmembram ao chegar no poder.
É certo, salvo alguma exceção que neste post queira se apresentar, que as maiores lideranças políticas deste estado - as que estão no poder ou longe dele - não conhecem detalhadamente estas teses, senão alguns de seus assessores mais dedicados ao estudo das questões do poder, que as transferem, sob a forma de sugestões de procedimentos decisórios e executivos, de volta às lideranças.
É certo, ainda, que alguns poucos leitores e comentaristas do Quinta também desconhecem estas e outras descrições científicas dos meandros nos quais se esgueira a política, e aí sentenciam, por vezes de forma irrecorrível, com base nos desatinos deste ou daquele governo, a sua sorte, o seu destino.
Trata-se de um equívoco.
Outros, que desafortunadamente nunca foram apresentados a Gramsci, por exemplo - que aliás tem interessantes pontos de contato com Poulantzas - acham que é o "povo" quem faz a opinião pública, e daí derivam juízos de valor e hierarquias entre mídias.
Lamento dizer que também se equivocam, profundamente.
A respeito dessa hierarquia, cumpre informar que blogs são ferramentas cada vez mais efetivas na construção da opinião pública, mais do que pensam, gostariam, ou estariam preparados para tal os seus signatários, este inclusive.
Mas são ferramentas muito efetivas sim.
Mesmo neste sistema, nestes tempos, nestas terras.
Ou seria por isso mesmo?

39 comentários:

Carol disse...

Ei Juca!
To voltando...
devagar e sempre.
bjos

AS FALAS DA PÓLIS disse...

Venho somar à sua postura e dizer que temos desafios para serem enfrentados, mesmo que a ignorância impere e a tirânia escravisse.

Por isso, só agora venho dizer-lhe que sou seu leitor, por indicação do saudoso Eduardo Lauande, o qual ajudei a construir seu Blog e divulgar suas idéias pelo mundo à fora.

Peço sua autorização - só agora - para continuar postando seus posts no bloo que criei e que também vira e mexe é devidamente criticado.

Forte Abraço, Juvêncio.

http://diogenesbrandao.blogspot.com

Anônimo disse...

O cara está gastando erudição...
Puxou da manga para usar no pre projeto de mestrado, e aproveitou para jogar um confete no blog, né?
É o de Ciências Sociais da UFPa? Acho que vai ser muito bom, quem sabe um dia eu chego lá. abraços.
A.M.

Unknown disse...

Carol, bom saber diddo. Vc faz falta.Bjs

Jimmy, vai em frente, use o que quiser do Quinta.

A.M., sacana, vc chega lá sim.
E os mestres citados são resquícios da pós dos anos 80 na UFRJ, velhos conhecidos, portanto.
E a seleção é para a Ciência Política, também no IFCH.
E perdoe o confete...rs.
Foi só um confete mesmo, poderiam ser holofotes...eheh
Abs

Anônimo disse...

É justamente por serem os blogs instrumentos de construção de opinião pública que o governo do Estado agora mantém um sistema de clipping formal para os blogs. Mas isso tem alguma importância prática?
Vejam esse exemplo. No domingo passado, as revistas Top (Diário do Pará) e Troppo (O Liberal), foram agraciadas com anúncios de página dupla assinados pelo Governo do Estado e pelo Hangar. Até aí, tudo dentro da normalidade. Mas duas coisas chamam a atenção de um leitor minimamente atencioso. A primeira é que os anúncios estão assinados pela Double M, agência que não tem contrato com o governo do Estado. As agências licitadas para a conta são Griffo, Ca, Mendes, OMG e DC3. Não apenas é ilegal que essa agência trabalhe para o Estado, mas é ilegal que os veículos de comunicação aceitem mídia autorizada por agência que não está licitada para tal. O segundo detalhe é não menos embaraçoso para um governo que foi eleito sob o signo da mudança: fotos de Joana Pessoa com os filhos, ilustram a peça, num claro uso de dinheiro público com fins privados. Juvêncio, me diga: existe Ministério Público no Pará? Se existe, porque não vê tamanhas barbaridades sendo cometidas sob o patrocínio do Governo do Pará?

Unknown disse...

Depende do promotor...eheh
O de Marabá "botou curto" no prefeito Tião Miranda, e ele ajeitou as peças.
Em Tailândia a mesma coisa.
Acho que se a DoubleM assinou, a peça deve ser do Hangar, uma OS...senão usariam o expediente que vem sendo usado desde oinício do ano,já comentado em várias ocasiões aqui no Quinta.
Tem que saber os detalhes, que eu não tenho.
Quando voltar a Nova Déli vou dar uma olhada nisso.
Quanto a moça e os filhotes, bem...o "povo", não sabe quem são, só os blogs...rsrsrs

Anônimo disse...

quero saber qualé o projeto! rsrs bjs

Unknown disse...

Depois te conto.
Bjs

Anônimo disse...

Por ser uma OS nada impede do Hangar contratar direto uma agência de publicidade qualquer, no caso a Double M. Mas nada impede, também, de fazer uma licitação específica ou mesmo pegar uma agência já licitada do governo. Mas se a intenção é a agência predileta, então a primeira opção vai ficar valendo. E sempre.
Quanto ao anúncio em si, isso sim é uma aberração e das grandes. Primeiro por ser desnecessário. Segundo, por ser a reprodução de uma coluna social,e das piores, com fotos das autoridades em uma festa paga com o nosso dinheirinho.

Anônimo disse...

Anônimo das 7:15 e caro Juvêncio. A OS pode contratar quem quiser, mas a logomarca que antecede a do Hangar no anúncio é a do Governo do Estado, o que induz a compreensão de que, ou é o Governo quem está pagando a mídia ou é uma verba cooperada, em que ambos pagam. Em qualquer dos casos, não é correto que a peça seja feita e autorizada por empresa não licitada, já que não cabe ao governo receber "doação" de mídia, no caso, feita pela OS do Hangar. O que ocorre nesse caso das cabeçadas que estão sendo dadas nas áreas jurídica e de comunicaçao, é que ambas colocam em foco as debilidades estruturais do governo em uma área crucial. A confusão entre o público e o privado é evidente nas imagens que o dito anúncio expõe, como disse alguém, uma coluna social paga com o nosso dinheirinho, onde figuram os amigos e parentes da presidente da OS, nomeada, até onde sabemos, pela governadora. Tem bandalheira nisso ou não?

Anônimo disse...

"Agência predileta" de quem, cara pálida? Perguntem ao Fábio Castro, coordenador de comunicação do governo por mérito e não por apadrinhamento, se ele tem alguma predileção pela Double M ou se ele está apenas engolindo em seco essa arrumação...

Unknown disse...

Muito bem.
Sei que promotores do MP passam aqui no blog, todos os dias, pelo menos tres, e dos combativos.
O coordenador da Comunicação Social Fábio Castro idem, blogueiro, jornalista e cientista curioso que é.
E mais a presidente da OS do Hangar.
A governadora também. Ao menos passava na época da campanha, e até pouco depois dela.
Depois não tive mais notícias.
O titular da DoubleM, André Moreira também visita o Quinta, disse-me outro dia na Taberna São Jorge quando, muito gentil, apresentou-se ao poster.
E se não passarem, todos eles recebem o tal do clipping, que dedicadas alunas de jornalismo, a partir das seis da manhã, na CA, na Temple e mais onde não sei, recolhem o conteúdo deste blog.
Certo é que os citados tomaram ou tomarão conhecimento.
Quem sabe alguém se digna a responde-los, ou, como disse outro dia um comentarista por aqui, o que importa é o "povo", se referindo a cobertura dos jornalões, que nada falarão - ao menos por enquanto - sobre o sucedido.
Eu não os deixaria falando sozinho aqui no blog.
A não ser que...

Unknown disse...

Modos, dona Jandira Rocha, modos.

Unknown disse...

Boa noite, cavalheiros e damas.

Anônimo disse...

Nem percebi que o tal anúncio tinha àquela marca do governo. Nesse caso, você está coberto de razão, anônimo das 08:58 PM: o anúncio não podia, e nem pode, ter a assinatura da Double M. Podia, ou pode, até ser feito por e ter outra assinatura de.... Não é mesmo?

Anônimo disse...

Ai de nós, alguns aqui do Quinta, sem essa ferramenta chamada Blog.
Ficaríamos a ver navios ou nadar no seco.
Onde seriamos lidos ? Onde deixaríamos os nossos protestos contra tudo e contra todos, com tanta liberdade de expressão ?
Que continuem os blogs, que chegaram pra ficar.
E viva a pluralidade, que só encontramos aqui no mundo dos blogs.

Anônimo disse...

Creio haver uma confusão na interpretação do que é uma OS entre alguns leitores do seu blog. As OS têm contratos de gestão supervisionados pelo governo, ou seja, não são empresas privadas no sentido lato, mas um tipo especial de arranjo jurídico com adoção de regras de contabilidade privada para a apropriação de suas receitas e despesas, investimentos e financiamentos, mas gerenciando um aparato físico que pertence ao Estado e, portanto, não privado. O que algumas pessoas estão dizendo aqui não é correto nem do ponto de vista jurídico nem do ponto de vista ético. Uma OS não pode decidir, por exemplo, quem serão os seus fornecedores sem seguir as regras do provedor, que é o Estado. Organizações sociais são um modelo excepcional para instituições excepcionais. Instituições com deficiências de missão ou de lideranças, em geral, têm muitos vícios. Colocar agilidade a serviço do vício não deve resultar em coisa boa. O modelo tem riscos associados e estamos vendo aqui os seus maiores: a confusão aberta entre o público e o privado. Adoção de regras próprias de compras, recursos humanos, finanças e suprimentos, que está no estatuto da OS não pode atropelar as regras jurídicas e o bom senso. O órgão contratante, no caso o Hangar, deve ter a maturidade para entender que um contrato precisa ser regido pelas regras do sistema de licitações, à risca, e esta visão não faz parte da cultura de gestão pública brasileira e muito menos da gestão atual do Estado. Isto rebate negativamente na capacidade de planejamento institucional estratégico. Imagine, Juvêncio, se o "pode tudo porque é OS" for levado adiante como será o futuro do Hangar. O episódio do anúncio é apenas a ponta do iceberg de uma gestão temerária. Mais virá. É só esperar.

Anônimo disse...

Juvêncio escreveu: "dedicadas alunas de jornalismo, a partir das seis da manhã, na CA, na Temple e mais onde não sei, recolhem o conteúdo deste blog". Uma questão ingênua se interpõe diante desse parágrafo. A CCS possui 64 funcionários (mais do que, por exemplo, a secretaria de administração do Estado). Por que precisa terceirizar o contrato de R$ 23.000,00 mês de coleta de notícias nos jornais e blogs (clipping)?

Anônimo disse...

De Bia, comentarista do Quinta, fragmento a propósito do post "A Pedra no Caminho do Vice", de quinta feira,4, e que se aplica a este debate aqui como uma luva:

"E ainda que a corrupção não tenha sido instituída nestes governos recentes (lá e cá também), ela nunca foi tão cinicamente legitimada por quem a pratica. E, me repito: não vou perdoar essa turma por ter destruído o único patrimônio que era unanimidade até entre a extrema direita. Que éramos (terrível tempo do verbo) honestos".

Anônimo disse...

http://nossapropaganda.blogspot.com/

Anônimo disse...

Com certeza esse blog é uma importante fonte de trabalho para Promotores de Justiça e outros...

Anônimo disse...

Além de tudo que foi dito, acertadamente,pelo anônio 5:15, vale também destacar que o lançamento da Revista Latitude ocorreu de forma exagerada,contrariando o bom senso e o princípio da razoabilidade. Com o dinheiro público prepararam um saboroso e farto jantar(banquete do poder como diria outrora o PT)para 2.000 convidados da Joana Pessoa,contrataram cantor conhecido nacionalmente(Danilo Caime). Tudo isso somente para o lançamento de uma simples revista! Na verdade qual seria o grande benefício desta revista para justificar tamanha gastança. Neste governo o que está faltando é juízo.Tome trabalho pro Ministério Público.

Anônimo disse...

Boa tarde, querido:

péssima notícia essa, da sua ausência por tantos dias. Ainda que se justifique...rsrsrs...

Quanto ao sentido dos blogs, demorei a perceber que eles são e devem ser, na medida em que são publicizados, mais do que "diários digitais".

No nosso caso, nós qe vivemos na fronteira entre a realidade e o virtualismo - nada a ver com virtuosismo! - da vida pública, os blogs cumprem um papel quase decisivo para a agilidade e a veracidade da notícia. E da informação, de qualquer tipo.

Em frente, querido, que,ainda que devagar, atrás vem muita gente.

Beijo grande.

Francisco Rocha Junior disse...

A Bia, sempre precisa!
Juvêncio, faço as palavras dela, as minhas.
E desejo um Círio abençoado pra ti. Afinal, mesmo fora da cidade, ninguém fica longe de N.S.Nazaré.
Abços.

Anônimo disse...

Realmente a ampla notícia do lançamento da revista do Hangar, publicada nos jornais de domingo último, me chamaram atenção. Concordo que houve muito estardalhaço e despesa para a insignificância do ato. O lançamento da revista está muito distante do verdadeiro interesse
público.Todavia, devemos reconhecer o prestígio da Joana com a Governadora!

Anônimo disse...

Se o lançamento de uma simples revista deu motivo a tantos gastos com o dinheiro do erário, imaginem quando o governo inaugurar uma obra realmente importante os gastos que irá fazer.

Anônimo disse...

Essa história do governo Ana Júlia fazer festa até para abertura de velório, parece que já é uma vacina contra o que aconteceu com o ex governador Simão Jatene, quando o seu marqueteiro oficial gastou montanhas de dinheiro com propaganda com a imagem do ex governador, e de nada adiantaou.
Jatene é quase o lanterninha em todas as pesquisas eleitorais.
Só pode ser trauma desse governo.

Anônimo disse...

Denúncias graves foram apresentadas aqui: uso indevido de dinheiro público; descumprimento de contrato com as agências de publicidade licitadas, propaganda pessoal paga com dinheiro público; festas inúteis para 2 mil pessoas, com boca-livre para petistas (neos e proto) e aderentes; lançamento de uma revista paga com dinheiro público mas executada por uma editora que na verdade é uma sublegenda da agências que está trabalhando sem contrato com o governo... Já seria muito. Mas o que incomoda mais é o silêncio. Ninguém no governo, no Hangar ou na casa da mãe joana, se digna a responder, a se defender, a dizer que é mentira, a gritar contra a injusta crítica feita por "inimigos do estado". Esse silêncio cínico, esse sorriso sardônico de quem acredita que não tem a quem prestar contas é que incomoda. Dói à bessa saber que a gente elegeu um governo para ter que engolir um comportamento acentuadamente amolecado...

Anônimo disse...

A respeito desse descaso com as irregularidades apontadas na "Festança do Lançamento da Revista Latitude", é oportuno lembrar o seguinte pensamento de Martin Luther King:
" O que mais preocupa não é nem o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética.
O que mais me preocupa é o silêncio dos bons"

Anônimo disse...

Bom dia, Juca querido.

Para o Anônimo das 10:45, três comentários: a casa é a da Tia Joana. Isso que você tão bem define como silêncio cínico é resultado da hipocrisia cívica, tão bem respresentada pelo Comissário Dirceu: podemos tudo em nome de qualquer deus. E, eu não elegi este governo, mas não torci para que ele fosse tão mesquinho.
Abraço. Fraterno, solidário e pouco esperançoso.

Beijão, Juca. Bom Círio para todos nós.

Anônimo disse...

Caro Juca,
Para acertar o passo do debate, informo que a CCS utiliza os serviços das 5 agências licitadas, exclusivamente. A licitação em vigor abrange a todos os órgãos da administração direta (secretarias de estado) e a alguns órgãos da administração indireta (empresas públicas, fundações, etc). Outros órgãos da administração indireta têm recursos próprios para publicidade, sendo esse o caso do Hangar. A publicidade referida foi feita com recursos do Hangar, e não com os recursos destinados à publicidade governamental por meio da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2007. A CCS poderia participar dessa campanha ou de outra qualquer, movida por órgãos do Governo que façam parte desse grupo de instituições que têm recursos próprios e que não está abrigada na licitação existente. Poderia fazê-lo pagando a mídia na sua integralidade ou como verba cooperada, e desde que o serviço fosse comandado a uma das agências licitadas, mas não participou. A CCS também poderia terceirizar os serviços de uma das agências licitadas, recurso contratual existente, mas dentro de certos limites percentuais. Porém, também não o fez. Em resumo, o anúncio referido não foi pago e nem qualificado pela CCS. Ademais, esclareço que a marca do Governo ali presente foi usada pela OS licitamente, cabendo ver que, sendo parte do Governo, a OS tem o direito e o dever de fazê-lo.
Quanto à reflexividade dos blogs, concordo com vc, observando que, para testá-la, é preciso dispor de ao menos um dispositivo qualitativo (referência, debate incitado, marcação de posições, grau de inferência) e de um dispositivo quantitativo (consulta ao blog pela variedade e constância de acessos).
Abraço,
Fabio Castro (coordenador de comunicação do Governo)

Anônimo disse...

Comentários tão ácidos contra o Governo do Estado me faz pensar que eu estava vivendo anteriormente num verdadeiro paraíso da honestidade. A licitação da agência de publicidade dos Governos anteriores foi de uma honestidade de sentir saudades.
Ora senhores sejamos razoáveis e não deixemos que nossas afinidades políticas sejam maiores à questões relevantes de cidadania, caso contrário, estará prejudicada qualquer análise séria que poderá ser feita neste blog.

Anônimo disse...

Quer dizer que o Simão está disputando a lanterna com o Paulo Chaves ?
Onde está o grande Orly, o mestre dos marqueteiros, que não salva essa dupla ?

Unknown disse...

Caro Fábio, obrigado por sua visita e atenção aos leitores do Quinta.
Abraço.

Anônimo disse...

Bom esse coordenador de comunicação do governo do estado.
Preparado e direto nas suas colocações.
Parece que chegou para colocar no esquecimento a disnastia Bezerra nessa área.

Anônimo disse...

Juvencio

Como sou blogueiro também, me magoa ver como este instrumento, libertário por nascimento, se tornou reacionário em nossas terras.
Infelizmente, grande maioria do público leitor de blogs ou qualquer outra coisa relacionada à internet é conservadora.
Ninguém se pergunta sobre a real necessidade de se gastar 117 milhões na construção do Hangar, mas gastar com uma publicação de excelente qualidade que pretende divulgar o espaço, que demanda muito recurso para se sustentar, é um pecado.
Felizmente não sou homem de chorar mágoas, mas vou à luta com meu blog tentando reverter esta lógica.

Abraço

Antônio Paraense

Unknown disse...

Antonio, eu gostaria que os recursos do Hangar pudessem ter sido dividos com mais dois centros, em Santarém e Marabá.
Mas tb não vou chorar mágoas...eheh
Um abraço.

Anônimo disse...

Em política o ABC é ler nas entrelinhas, traduzir o que não foi dito. Por exemplo, "Não foi pago e nem qualificado pela CCS" quer dizer, na verdade, "tirem o meu dessa reta", "não fui eu quem fez esssa cagada". Ou melhor, "coloquem o da Joana na reta, essa cagada é dela". Essa política do "lava mão" é que arrebenta com o moral do PT. Ninguém é capaz de dizer "sim, erramos". Nada. Ao contrário. Me aparece um sujeito dizendo que estamos aqui a passar a mão na cabeça dos tucanos, que gastaram 117 milhões para construir o hangar, e crucificando a Joana porque gastou 117 mil para imprimir uma revista "da melhor qualidade" para divulgar o espaço. Em primeiro lugar, construir o Hangar é certo, fazer revista com fotos que são mera divulgação de pessoas é errado. Não interessa se foi PT, PSDB, PQP ou PN. Em segundo lugar, para divulgar um centro de convenções é preciso fazer chegar essa mensagem a dois públicos: trade de turismo e federações e entidades sindicais. Para isso existe mala-direta e internet. A revista (que parece cabelo de freira) não está circulando a não ser em mãos do primeiro escalão. Nos hotéis da cidade, neca de pitibiriba. No aeroporto, balcão da infraero, nada. No próprio Hangar, não há revista para distribuir a quem a procure. A conclusão que chego é que o objetivo da revista não foi "divulgar o espaço", mas ajudar a pagar a dívida da campanha da Ana Júlia com a agência de propaganda da Leal Moreira, que só sobrevive assim, apadrinhada. De peito aberto, nas intempéries do mercado, já teria perecido. A verdade não é sempre mais simples?

Anônimo disse...

Antonio Paraense escreveu: criticar "uma publicação de excelente qualidade que pretende divulgar o espaço, que demanda muito recurso para se sustentar, é um pecado". Pecado, Antônio, é fechar os olhos ao óbvio. Essa polêmica começou com uma provocação feita por um leitor e que consistia no seguinte: em certo domingo, os suplementos Troppo e Top, respectivamente de O Liberal e do Diário do Pará, publicaram anúncio de página dupla assinado pelo Governo do Pará e pelo Hangar (nessa ordem). O leitor, arguto, observou que a assinatura de tais peças não correpondia a nenhuma das agências licitadas para atender ao governo, chamada Double M, cujo dono exibe em público dívidas de campanha da Ana Júlia e diz que as faturas estão sendo pagas pelo governo. Pois bem. Gerou-se uma polêmica sobre se uma OS pode ou não contratar quem lhe apeteça. Fábio Castro, da CCS, entrou no debate, mas andando de costas, como quem está saindo e não disse absolutamente nada que não fosse óbvio: 1. ele não sabe e não teve nada a ver com isso; 2. A OS pode fazer o que quiser; 3. A CCS poderia ter feito algo para coibir o anúncio e o derrame de dinheiro público (a OS, embora OS, gasta o nosso dinheirinho), mas não fez porque não quis. A única coisa que não foi destacada é a MORALIDADE do ato em si. Se as OS usam dinheiro público, embora seja legal contratar até quitanda para fazer anúncio, por que não se respeitou os contratos, dando um EXEMPLO DE MORALIDADE? Antônio Paraense, o pior cego é aquele que não quer ver. Procure um oculista.