No blog Espaço Aberto, do agoniado remista Paulo Bemerguy.
Marília Brasil Xavier é reitora pro tempore da Uepa
A professora Marília Brasil Xavier já foi empossada, na manhã desta sexta-feira, como reitora pro tempore da Universidade do Estado do Pará (Uepa). O ato foi publicado no Diário Oficial de hoje. A vice-reitora é a professora Elvira Maria Ferreira Soares, pró-reitora de Gradução. Elas é que vão comandar a instituição, até que desate o nó do processo eleitoral para reitor, paralisado desde janeiro passado por decisão judicial.
A nomeação significa que a governadora Ana Júlia Carepa desconheceu, sem qualquer solenidade, a decisão do próprio Conselho Universitário (Consun), que na última quarta-feira indicou dois professores para dirigir a Uepa provisoriamente.
Marília Brasil Xavier é graduada em Medicina pela Universidade Federal do Pará (1985), especialista em dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e em infectologia pela Sociedade Brasileira de infectologia. É mestre em Biologia de Agentes Infecciosos e Parasitários pela Universidade Federal do Pará (2000) e doutora em Neurociências e Biologia Celular pela Universidade Federal do Pará (2006).
Atualmente, é professora Adjunto II da Universidade do Estado do Pará e professora Adjunto I da Universidade Federal do Pará. Tem experiência de assistência e pesquisa na área de Medicina, com ênfase em Dermatologia e Doenças Infecciosas e Parasitárias, atuando principalmente nos seguintes temas: hanseníase, HIV, leishmanioses, patologias tropicais, doenças tropicais.
Elvira Soares possui graduação em Pedagogia (1990) e Especialização em Avaliação e Currículo pela Universidade Federal do Pará (UFPA), Mestrado em Educação (currículo) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), em 1993). Tem experiência na área de Educação, atuando principalmente na abordagem de temas como trabalho informal e currículo.
8 comentários:
Boa noite, Juca, saudades.
A professora Marília não a conheço, mas a Elvira é excelente profissional. E competente.
Beijos.
Boa noite Cris, mentirosa...rs
Não conheço as duas professoras, mas desejo-lhes boa sorte durante o "tempore", que espero seja o mais breve possível.
Bjs
As duas indicadas são excelentes profissionais. Não conhecia o currículo e fiquei bem impressionado com os títulos da Dra. Marília, que aliás se dedica com muito empenho na área da saúde pública. Desejo às duas muito sucesso e que consigam equacionar nossa nobre UEPA para depois passar a faixa ao indicado.
Eu não as conheço e nem nunca ouvi falar dela, por isso não quero falar do que não conheço.
Mas uma coisa eu afirmo, está no instinto político dos seres humanos: é bem provável que elas se interessem pela morosidade do processo de definição eleitoral, sendo mais interessante a ela: afinal, quando mais demorar para decidir com quem fica a reitoria, por mais tempo elas ficam governando a universidade.
Se elas forem aliadas da governadora, aí mesmo que vai ser interessante pro governo adiar a decisão de com quem fica a UEPA.
pá-pum.
Lição prá comunidade da UEPA: autonomia universitária não é SOBERANIA;
Lição pro ex-reitor da UEPA (que saiu tristemente pelas portas dos fundos): foi sua péssima, atabalhoada e omissa condução do processo que resultou nesse desgaste todo para a instituição.
Lição pro Governo (que se desgastou sem necessidade): decisão de de Governo não é (não deve ser) decisão de partido.
Por fim, cabe a reflexão: ainda que o regimento da UEPA seja omisso quanto à situação vivida, cabe sempre ao CONSUN (por definição estatutária) resolver os casos omissos e, portanto, encaminhar a solução. Em alguma medida, a nova nomeação afronta o princípio da autonomia universitária (e, portanto, um princípio constitucional). O ideal seria a Governadora ir ao CONSUN, fazer uma mensagem e deixar que o CONSUN indicasse o pro-tempore, até a solução final do imbróglio. Esta seria uma atitude magnânima, exemplar e de Estado da comandante-chefe, resgatando o respeito da instituição e da sua comunidade acadêmica. Mas parece que ela continua muito mal acessorada.
O que a UEPA precisa é de bons administradores. Títulos todos praticamente têm, pois se dedicam a vida acadêmica, portanto é óbvio que precisam de especialização.
Queremos saber se esse títulos lhes dão a condição de serem gestores.
Parabéns a Governadora por não ter sucumbido ao golpe do CONSUN. A UEPA não se basta.
Não cabe ao consun fazer uma eleição interna para eleger reitor e vice-reitor como foi feito, ao legislar sobre casos omissos o consun não pode ferir o próprio regimento da uepa que diz que eleições para reitor e vice-reitor devem ser diretas. Acertada a decisão da governadora, dessa vez ela teve coragem para quebrar este ciclo de poder vicioso que se instalou na uepa, onde quem está no poder manipula e compra o consun para se manter, e quem está no consun se esqueçe de sua função e se vendem para manter quem está no poder.
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