É tôsca, gutural mesmo, a tese levantada pela socióloga contratada pela Santa Madre para acusar a imprensa de patrocinar, quiçá a soldo das multinacionais do feto, uma campanha pela descriminalização do aborto no Brasil.
Diz a senhora que por onde anda sente, na população, que o instinto da vida fala mais alto.
Tenho andado por caminhos diferentes.
9 comentários:
Juca querido,
esse assunto vai e volta, de acordo com marés, mas nunca prevalece a discussão limpa sobre o direito das mulheres.
No momento, foi a visita do Papa. Amanhã ou depois, será outro motivo.
Enquanto isso, a interrupção ilegal da gravidez - ilegal justamente porque criminalizada - vitima cerca de 250 mil mulheres por ano. Número que deve ser subestimdo, pois são apenas os registros que chegam "oficialmente". Podemos presumir as mortes que jamais chegam a se transformar em estatística.
A "assistência" às sequelas dos abortos ilegais custa ao SUS cerca de 20 mihões por ano.
A discussão não é aborto ou não aborto. O aborto ilegal prejudica qual parcela da população, a legalização e a assistência à mulher que deseja interromper a gravidez é ou não é direito à saúde.
Comprovadamente, a OMS informa que nos países onde se combina o aborto legal e assistido com políticas de orientação sexual, a incidência de aborto é muito menor daquela dos países onde o aborto é ilegal.
Além disto, fica difícil compreender a posição da Igreja católica quando, ao mesmo tempo em que é contra o aborto, é contra também métodos um pouco mais confiáveis de não concepção, como a camisinha e Dom Magella chama a educação sexual nas escolas de permissiva ou éstímulo à promiscuidade.
Para acelerar uma discussão sem preconceitos, imposições e radicalismos, talvez o Ministério da Saúde pudesse passar a mandar a conta dos gastos do SUS e uma relação de mulheres mortas para o estado do Vaticano. Mensalmente.
Beijão
Bom dia, minha primeira comentarista do dia.
Vc pegou bem a questão.
O que a Igreja tem falado de merda nos últimos tempos não está em gibí nenhum!
Bjão prá voce.
Ei Juca...um megafone aqui seria ótimo...nesses caminhos(dela).
um beijo por onde andas.
rsrsrs
a história dos cremes de feto não faz analogia perfeita com a da invasão da amazônia pelas ongs estrangeiras a serviço da indústria farmacêutica? nos dois casos, paranóia a serviço do obscurantismo
Ei Bia, acho que além da relação poderíamos mandar as fotos das meninas que sofrem sequelas ou morrem vítimas de abortos feitos "a pau e corda". Apesar de não acreditar no bom coração do Papa e de outros membros da Igreja. Pra mim é tudo hipócrita. Aborto não pode, pílula não pode, sexo não pode. Mas pedofilia pode! Vá de retro!!!
queria te mandar uma charge que saiu no jornal o DIA... Clica aí na décima charge, que tem o Ratzinger com roupa vermelha http://odia.terra.com.br/especial/rio/aroeira/maio.htm#
Recebida,querida. E a cara dele é estranha, né não?
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