21.5.07

Fica Prá Próxima

A montanha pariu um rato.
É o que se pode concluir do estudo divulgado pelo IPEA em Brasília na quinta feira,17.
Provocado por um ofício dos deputados federais Giovani Queiroz (PDT) e Asdrúbal Bentes (PMDB) datado do dia 6 de abril pp, o calhamaço de 84 páginas - que o Quinta vai publicar em cinco partes, em razão do tamanho do arquivo - na realidade resume o cruzamento de várias séries de dados das bases do IBGE.
Solamente.
Entre a solicitação e a resposta, 40 dias corridos: um prazo assaz incompatìvel com um estudo da envergadura anunciada. Ou pretendida.
Nenhuma conclusão ou afirmação sobre a pertinência, conveniência e oportunidade do esquartejamento. Muito pelo contrário: o que se vê são ressalvas, explícitas e recorrentes, em relação a diagnósticos. Nenhuma linha a favor ou contra o esquartejamento.
É com esse documento nas mãos que os separatistas vão realizar um seminário em Marabá, em meados de junho. E vão atacar a capital também.
De olho nas arquibancadas.
Solamente.
O sêlo de confiabilidade científica, que a consulta tentou dar ao suposto estudo de viabilidade econômica, nada mais é do que uma pílula de Frei Galvão.

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Aliás, é assim, em forma de pílulas, que o blog do Jeso pretende publicar os números do IPEA, ou melhor, os números que o IPEA foi buscar nas bases de dados do IBGE.

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Este blog - e as maçarandubas - vão aguardar os novos estudos que serão encomendados à Fundação Getúlio Vargas, para voltar ao tema.
Quem articula com a FGV é a AMAT - Associação dos Municípios do Araguaia Tocantins - presidida pelo prefeito de Parauapebas, Darci Lermen (PT).

8 comentários:

Anônimo disse...

Vão gastar dinheiro a toa. A base de dados será a mesma e duvido que a GV arrisque a reputação só para satisfazer o cliente. Espero, contudo, que ao invés de maçarandubas a turma honesta que se dispõe a faze-lo abra interlocução direta com a Governadora e ponha um ponto final nessa maluquice separatista no Pará. Ou seja, o problema é que a turma que encaminha faz mais barulho do que os que não encaminham, mas, certamente, são tão confiáveis quanto uma nota de 3 reais.

Unknown disse...

Talvez o problema não esteja só na reputação da GV, mas com as metodologias de análise que venha a utilizar.
Vou aguardar.

Anônimo disse...

Juca querido,

separatistas e não-separatista, salvo honrosas exceções, parecem um pouco com os que são contra ou a favor do aborto. Tudo tranforma-se em dogma, em questão de fé. E em interesses nem sempre em benefício da tal "coletividade".

No caso do aborto, despreza-se informações que a OMS disponibiliza e que demonstram que nos países onde o aborto é legal e paralelamente os governos investem na educação sexual e no apoio aos contraceptivos, o número de abortos é muito menor do que nos países onde ele é simplesmente proibido.

Na guerrilha separatista, despreza-se a realidade de que a federação no Brasil é apenas um emblema sem vículo com a realidade. O que nunca funcionou foi o equilíbrio entre as necessidades regionais e o que é disponibilizado. O norte continua sendo o "fornecedor" da federação.

Os que são a favor tomam o o exemplo do pujante desenvolvimento do Tocantins, cuja criação foi objeto de disposição transitória constitucional, com recursos disponibilizados para os investimentos iniciais garantindo toda a infra necessária. Mas, isto também não é o principal especto da crítica à panacéia da divisão para a cura dos nossos males.

Na verdade, ninguém sabe do que se fala. E seria talvez elucidativo contas de somar e subtrair, entre necessidade e disponibilidades e não o que se arrecada e não se recebe de volta, repetindo a falácia nacional.

Quanto aos dados do IBGE, você vai observar que mesmo que se revire as informnações sobre o Pará, elas sempre são incorretas. Basta verificar que, subitamente, da contagem populacional de 1996 para os resultados do Censo 2000, a população urbana do Pará mais que duplicou, o que revela uma mudança metodológica de coleta e não uma revolucionária e invisível corrida para os centros urbanos.

Além disto, diversas informações da região norte, se você olhar o asterisco lá embaixo nas tabelinhas, vêm com a observação que são exclusivos para as áreas urbanas.

Porém, quem sabe agora, com a canonização de Frei Galvão, alguém nos iluminará.

Beijão.

Unknown disse...

Obrigado, querida, por sua presença nessa discussão. De certo modo, ou de muitos modos, vc é uma testemunha ocular, presencial e participativa dessa época de reviravolta na história da região.
Vamos ter que aguardar a "tese" da FGV.
Beijão.

Anônimo disse...

Juvêncio, fique trânquilo, ainda mais agora que o inepto prefeito de Parauapebas-Pa tomou a frente. Olha posso te garantir que com ele nada vai adiante, veja o município que ele administra, maior orçamento dentre as cidades paraense e olhe a situação de penúria. Conselho aos separatista do sul Pará, afastem o Darci da causa, caso contrário, dará em nada. Melhor para os paraense de verdade e para aqueles que vieram ao Pará com o intuito de trabalhar, não de tripudiar em cima das riquezas deste acolhedor paraíso.

Anônimo disse...

Juvêncio, o assunto tangencia um pouco o do post, mas não custa perguntar: afinal, falando de institutos de estudos e pesquisa sócio-econômica, a idéia do novo Idesp gorou? O que o governo estadual, que com tanta pompa e circunstância anunciou a recriação do órgão, anda fazendo de concreto a este respeito? Será mais uma boa idéia jogada fora?
Toco no assunto porque, a propósito, o R70 de hoje anuncia que a Governadora realizará ato solene para assinatura de convênio com o Dieese, que passará a ser responsável por todas as pesquisas socio-econômicas do Estado. E o Idesp, onde entra nisto???

Anônimo disse...

Essa bandeira de se criar o Estado de Carajás sempre vem à tona aqui pelo sul do estado, principalmente quando se aproxima as eleições municipais. É uma forma de se afastar os temas mais pertinentes às realidades locais, aliás, tristes realidades, cuja principal sintoma é a corrupção sem freios. Tem sido assim, não esquenta não. Vende-se a idéia de um Estado, a gente esquece dos corruptos locais. Navalha neles!

Anônimo disse...

Na verdade é muto candidato a Governador,Deputado Federal,Estadual e Vereador desempregado, querem montar varios outros cabides de emprego.
.Com