Por Ricardo Guimarães, da Alemanha para o Quinta.
Li em um post escondido no Blog Quinta Emenda do Juvencio que o cantor de brega Ted Max faleceu em Macapá. Dei uma olhada nos jornais a procura de mais informacões , mas não encontrei nenhum comentário ou registro.
Não sou nenhum fã de carteira do Ted Max daqueles com poster no quarto e discografia completa na sala. Mas não posso negar que fiquei triste pois a sua obra prima - “Ao por do sol” - me traz sempre lembrancas agradáveis dos anos na UFPA, do Mosqueiro, de Cotijuba e vários momentos legais do final dos anos 80.
Além da música tem um fato inusitado envolvendo o Ted Max e eu – e que contei pra poucas pessoas – que me fez pensar agora na notícia do seu falecimento.
Há exatos 8 anos, mais precisamente no dia 2 ou 3 deAbril de 2000, estava deixando o Japão depois de longos e proveitosos 3 anos. Com as malas já arrumadas, sai para encontrar e me despedir de um grupo de amigos que fiz por aquelas bandas. Voltei pra casa mais cedo, meio pra baixo, e resolvi dar uma parada em um restaurante / bar Brasileiro perto de casa em Yokohama - Tsurumi.
Entrei e pedi uma cerveja enquanto um cara cantava em ingles. Olhei uma, duas, tres vezes. Tomei mais um gole e … o cara cantando era o Ted Max. A primeira e última vez que o vi.
No fim do “show” (na verdade um karaoke), fui até ele e disse: “Tú nao és o Ted Max?” E ele saltou um “égua” que ninguém em volta entendeu. Pois bem, batemos um longo papo– acho que foi a noite toda - regado a muita caipirinha. Parecia que já nos conheciamos há uns 10 anos. Falamos de“quase um tudo”: estórias de Belém, do brega, piadas, da idade que ele escondia das fas (por uns bons anos ele parou no 30, ele me disse), os nossos caminhos pro Japão e nossas saudades de Belém, do Pará.
Na época, ele não se mostrava muito entusiasmado em regresssar e falava da educação dos filhos adolescentes no Japão. No fim da noite, nos despedimos e voltei pra casa, minha última noite no Japão, me sentindo super bem, alegre mesmo, e com uma vontade enorme de voltar pra Belém.
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Ricardo voltou pra Nova Déli, passou pouco mais de um ano e saiu para o doutorado na Alemanha, onde mora até hoje. Casou com um alemã, Friederike, e tem uma filha alemã que se chama Antonia. Quando está por aqui não é difícil encontrá-lo no Bar do Gílson, comendo pirarucú frito e ouvindo chorinho.
8 comentários:
Juca,
Antonia é a filha. Friederike é a esposa.
o Juvencio,
Vamos marcar este pirarucu no Gilson no Domingo da minha chegada. Te mando depois por e-mail as coordenadas... Ah! minha esposa é a Friederike e a minha filha a Antonia...abraco
Putz! Desculpe, Ricardo!
Tô na espera, meu caro.
Abs
Barão, o Ricardo pode acessar o blog do estado e ler a matéria que conta um pouca a vida do Teddy Max, com fotos.
http://blogdoestado.blogspot.com/2008/03/corpo-de-cantor-santareno-ser-sepultado.html
Miguel Oliveira
Blz, Barão. Decerto o Ricardo dá um pulo lá.
Ricardo, a obra prima não é de Ted Max, e sim de Firmo Cardoso e Dino Souza, que por sinal depois do sucesso como brega o Firmo Cardoso disse que "aquela" música não era mais sua...coisa de artista.
abração
Ricardo, em O LIBERAL de hj, o Edson Coelho estah com texto falando daquela epoca.
JBosco, quando ele disse ''que a música não era mais dele''ele quis passar a mensagem de que ela faria tanto sucesso que ficaria sem autor, rs...é tão verdade, que passados sei lah qto tempo, todos nós pensamos que ela tenha sido escrito pelo Teddy...rs..
Juca, me diga a data do pirarucu que de repente passo pelo Gilson tambem, he he he ...abraços do Mediador de Emoção !
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