14.4.07

Esporte Predileto

O Presente de Natal demorou, mas saiu.
Na edição da Veja que chega às bancas hoje, mais uma sensacional história de bicicletagens do campeão de mandrakarias da política paroara, o velho e bom Sobrancelhudo.
Tamanho do golpe: R$ 80 milhões. Quem paga? Voce, é claro.
Aqui, para assinantes, e amanhã em conteúdos abertos, inclusive aqui no Quinta, com mais informações.

12 comentários:

Anônimo disse...

ak diz.
Vamos esperar, com a certeza de que o assunto merece atenção, uma matéria no próximo Jornal Pessoal, do Lúcio Flávio Pinto.
Afonso Klautau

Unknown disse...

Decerto, Ak.
Enquanto seu Lucio não vem, vamos de Quinta, de sexta, de sábado e seguintes...rs
Bom dia.

Anônimo disse...

ak diz.
Bom dia meio boa tarde, Juca.
Vamos esperar mais, já que o assunto merece atenção: uma palavra do novo Coordenador do Comunicação Social do governo do Pará, futuro secretário de Estado, Fábio Castro, sobre o que acha dessa questão envolvendo seu aliado de governo - PT e PMDB governam juntos o Pará, não é? - que, ao mesmo tempo, é dono do segundo maior grupo de comunição do Estado, a quem o futuro secretário terá que assinar o cheque autorizando veiculação de mídia ? Resumindo: vai assinar em baixo?
Afonso Klautau

Unknown disse...

Pois é, se perguntarem o Fábio não terá outra alternativa senão concordar com os procuradores federais que investigaram a rede que se mantém à base de escândalos como esse.
Ak, é uma grossa sacanagem,que vai bater no lombo do velho meliante já já no próprio congresso.
Mas..qual é o repórter que vai perguntar isso para o Fábio?

Anônimo disse...

O repórter já perguntou:eu
Afonso Klautau.

Anônimo disse...

Jucaríssimo. Para que esperar? Segue a matéria da Veja sobre o honestíssimo.
Grande abraço.
Ronaldo Brasiliense

Brasil

A volta do incorrigível

Jader, o dos desvios na Sudam, tinha uma TV atolada
em dívidas. Agora ele tem a TV, mas não as dívidas



Um dos expoentes do PMDB, partido que anda em lua-de-mel com o governo, o incorrigível deputado Jader Barbalho, recebeu o que pode ser um presentaço de 80 milhões de reais do governo. Em sua fachada, tudo parece se resumir a uma simples rearrumação societária, seguida de uma prosaica transferência de uma concessão de televisão de uma empresa para outra, de modo a adequar tudo à legislação. Examinado nos detalhes, o negócio é uma forte sugestão de que o governo deixou-se sucumbir a expedientes marotos com o objetivo de favorecer o novo aliado.

O desfecho se deu no dia 21 de dezembro passado, quando o presidente Lula assinou um decreto autorizando que Jader transferisse sua concessão da Rede Bandeirantes no Pará. A concessão pertencia a uma empresa atolada em dívidas com o Erário, a RBA. Pois bem, ela foi transferida a uma empresa devidamente saneada, a Sistema Clube do Pará. A RBA tem uma dívida monumental com a União. Deve 82,4 milhões de reais à Receita Federal, ao INSS e ao fundo de garantia. Mesmo assim, conseguiu autorização oficial para livrar-se de uma concessão de TV, seu principal patrimônio, que foi parar no aconchego de uma empresa saneada. A RBA, agora sem televisão, vai certamente ser cobrada por suas dívidas junto à União, mas, como não tem capital para saldá-las, a conta vai ficar dependurada. Com a palavra o procurador Rômulo Moreira Conrado, da Procuradoria da República no Distrito Federal, que examina o caso: "Com certeza, tudo foi feito para que a emissora continue operando sem pagar suas dívidas".

O primeiro passo da operação "Presentaço para Jader" começou em julho do ano passado, quando o ministro das Comunicações, o também peemedebista Hélio Costa, solicitou à Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados que devolvesse ao governo todas as 225 concessões de rádio e TV que estavam sob sua análise. Entre elas estava a concessão da RBA de Jader. Enquanto isso ocorria, o deputado incorrigível cuidou de associar-se à Sistema Clube. Em outubro passado Jader passou a figurar como um dos donos da nova e saneada empresa, juntamente com sua ex-mulher, a deputada Elcione Barbalho, e seus filhos Helder e Jader. Em novembro, com Lula na Nigéria, coube ao vice José Alencar assinar o despacho autorizando a alteração societária da Sistema Clube. O segundo passo estava dado. Agora, faltava dar um jeito no cardápio monumental de dívidas da RBA.

A RBA pagou algumas dívidas e, para as demais, aderiu a um parcelamento especial junto à Receita Federal. Com isso, obteve o atestado de bom comportamento necessário para que a transferência da TV fosse efetivada. Para todos os efeitos, tratava-se, portanto, de uma empresa idônea e interessada em regularizar sua situação perante o Fisco. Até aqui nada a reparar e, sem que isso constituisse qualquer ilegalidade, no dia 21 de dezembro Lula assinou o decreto autorizando a transferência da TV da RBA para a Sistema Clube. O que ocorreu depois é espantoso.

Na semana passada, VEJA teve acesso aos dados cadastrais da RBA junto à União. Até março, a dívida da empresa era superior a 80 milhões de reais. Só na Receita, chegava a 59,5 milhões de reais em imposto de renda, PIS, Cofins, IPI e taxas de importação. "Quando autorizamos a transferência, a empresa apresentou todos os documentos necessários. Se ela deixou de pagar depois, não posso fazer nada", diz Marcelo Bechara, consultor jurídico do Ministério das Comunicações. É verdade. O que Jader conseguiu, aparentemente, foi abrir uma pequena janela orbital de legalidade e enquanto ela não se fechava habilitou-se a receber os favores. Logo, porém, essa janela se fecharia.

Em menos de seis meses – de julho a dezembro –, Jader conseguiu uma transferência que, em casos comuns, levaria pelo menos três anos. Na operação, o deputado só ganhou. Terá a concessão até 2017. Como retransmissora da Bandeirantes, dona da terceira maior audiência de televisão no Pará, a RBA era avaliada em 30 milhões de reais e faturava 550.000 reais mensais em publicidade – faturamento agora transferido para a Sistema Clube, que não tem cobrador no seu encalço. Os cofres públicos, por seu turno, só perderam no negócio. A dívida de 80 milhões de reais da RBA existe e provavelmente será cobrada. Será paga? Pela lei, não é impossível cobrá-la, mas o caminho ficou tortuoso. O histórico da RBA não recomenda muito otimismo. A biografia de seu deputado-proprietário e a silenciosa rapidez com que o negócio foi concretizado também são sinais desanimadores.

Há quase duas décadas a RBA vem construindo um reincidente currículo de calotes. Em 2002, chegou a aderir ao Refis, programa de parcelamento de débitos da Receita, mas não cumpriu o acordo e foi excluída do programa. Exatamente como fez agora... de novo. Além disso, desde agosto do ano passado, as empresas de Jader – incluindo a RBA – estão com bens bloqueados por ordem judicial. O bloqueio é preventivo. Afinal, Jader é acusado de promover um desvio milionário na Sudam, a velha autarquia do desenvolvimento na Amazônia. Se for condenado a devolver os recursos surrupiados, o bloqueio de bens de suas empresas garantirá que o pagamento será feito. A clara facilidade que o deputado-empresário teve de resolver seus problemas societários, mesmo sob o peso de dívidas não pagas com a União e mesmo com seus bens judicialmente bloqueados, é de difícil explicação. Pela lei, bloqueio de bens, por si só, pode constituir um impedimento à transferência da concessão de TV.

Há seis anos, Jader Barbalho teve de renunciar ao seu mandato de senador para fugir da cassação e chegou a ficar onze horas na prisão, investigado por desvios na Sudam. No afã de ter o PMDB sob suas asas, o governo ignorou esse passado. Lula chegou a beijar a mão de Jader Barbalho em um comício em Belém em setembro último. Num jantar com 200 peemedebistas, realizado na quarta-feira passada, ao qual Lula chegou tropeçando nos degraus, o presidente fez elogios públicos ao deputado. "Qual era o progressista deste país que, em 1978, não votava em Jader Barbalho para deputado federal no estado do Pará?", exaltou o presidente. Em nome do outro passado de Jader – o financeiro –, o procurador Rômulo Conrado, do Distrito Federal, vai ajuizar uma ação civil pública contra a União e as empresas do deputado com o objetivo de anular o decreto presidencial que autorizou a transferência da TV. Apoios de incorrigíveis custam caro, presidente. Muito caro.

Otavio Cardoso



Sede da RBA, em Belém: a empresa deve 80 milhões, mas agora não tem mais televisão

Unknown disse...

Obrigado Brazuka.
O meliante já foi prá ribalta.
Abs

Anônimo disse...

AK, o quê falta para atualizar seu blog??

Anônimo disse...

E o q o AK axa da promiscuidade q rolou entre o governo tucano e a rede nariguda?
Ele podia fazer um depoimento no proprio blog, afinal conheceu de perto e deve ter muitas historias de bastidores a nos contar.

Anônimo disse...

ak diz.
Anônimo que escreve "axa" e soletra "promiscuidade" deve estar querendo ser tão anônimo que confunde as palavras pra tentar confundir quem lê. Diga seu nome que respondo. E o blog está desatualizado porque está virando site.
Afonso Klautau

Unknown disse...

Ahahaha...bom dia, Ak.
Bem, é uma boa notícia o up grade do blog.
Tomara que o Anonimo se identifique para lermos sua resposta..
E vamos aguardar a do professor Fábio no post A Volta do incorrigível.Afinal, a pergunta está assinada.Duplamente, aliás.
Bom domingo.

Anônimo disse...

Ja q o Ak faz questão do CH no lugar do X, será q ele acha q tergiversar resolve?
Meu nome é Eneias.