No Seventy, edição de ontem, um atestado de mau comportamento fornecido pela UNAMA.
Clientes
O reitor da Universidade da Amazônia, professor Édson Franco, está lançando um programa de fidelização dos clientes - leia-se os alunos - da instituição. Ele se baseou em programas semelhantes e, há alguns dias, distribuiu entre os gestores da universidade uma carta-circular, mostrando como um cliente pode demitir uma equipe inteira.
Ação
O cliente, segundo teoria de um empresário americano, tem um poder inimaginável. Basta que ele (e mais outro e milhares de outros) tenha sido mal atendido e resolva não mais procurar o estabelecimento. Se os mal atendidos passarem em frente a informação, conseguirão esvaziar o local. Nos Estados Unidos, quando o consumidor não gosta de um programa, ele boicota o patrocinador. Resultado: o programa sai do ar. Em Belém, Édson Franco pensa da mesma forma.
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Noutra faculdade particular, os administradores querem contratar um técnico para quatro funções diferentes no mesmo laboratório.
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O MEC precisa apertar o gogó dessa galera. E alunos e mestres tem que se aproximar mais, entre si, e com os órgãos de desfesa do consumidor.
11 comentários:
concordo contigo,juva.
Como acho que todos devem ficar atentos para funcionários de universidades públicas que recebem sem fazer nada para a instituição.
O que vc acha disso?
Agora quem concorda sou eu.
E se vc sabe de casos assim deve fazer a denúncia ao MPF.
Prá não prevaricar, não é mesmo?
Pode fazer anônimamente mesmo, aqui ó, no site do MPF:
http://www2.pgr.mpf.gov.br/o_mpf/encaminhar-denuncia
É o capitalismo. Já ouviu falar? Educação é um negócio como outro qualquer. Além do mais, não passa de uma versão de consultor para o velho "o cliente tem sempre razão!"
Das 10:16.
Não é simples assim. A notícia do Sevteny embute uma investida solerte em cima dos gestores, responsabilizando-os por tarefas que não lhes cabe.
Acossados, sujeitam-se à pressão e estão à beira de um colapso, técnico e pessoal.
Não é nessa faixa de gestão que repousam os problemas da UNAMA, e a tentativa de enfrentar o problema de frente só expõem ao mercado a fragilidade de certas rotinas da instituição.
A verdade é que ninguém - não é só a UNAMA - quer abrir a porcaria do bolso e coferir aos gestores condições devidas de trabalho.
Os resultados estão aí no mercado prá quem quiser ver, nas avaliações do MEC e na qualidade dos egressos das escolas particulares.
A tentativa de disfarçar, encobrir ou responsabizar a quem não deve, conspira contra a finalidade da instituição: o prestação de serviços de qualidade,e, junto com eles, o lucro.
Só o lucro, não dá.
Quem garante? O mercado.
A crise comprova minha afirmativa..
se a unama já não tinha cursos lá tão bons assim (sou formado por ela e ao menos posso testemunhar contra o meu curso), imagina agora com esse "choque de gestão".
agora, só desviando um pouco o foco, isso aqui é genial, né?
"O cliente, segundo teoria de um empresário americano, tem um poder inimaginável. Basta que ele (e mais outro e milhares de outros) tenha sido mal atendido e resolva não mais procurar o estabelecimento."
veja bem caro juva, é a maior universidade particular do estado precisando de uma "teoria de um empresário americano" para descobrir uma obviedade como essa, que me recuso a adjetivar de tão infantil que é. imagina o nível das pesquisas científicas que podem sair de um lugar com essa mentalidade.
É, Doda, depois de 34 anos de existência, um "choque de gestão" nessa direção é preocupante.
Eu insito: emquanto pais, professores e alunos não sentarem e pactuarem, a qualidade das particulares deixará a desejar.
Dia desses uma empresa precisou contratar vários estagiários. O chefe do Pessoal disse ao Presidente da mesma:"Vou colocar um aviso chamando para a seleção, na UFPa e nas particulares". Este responde de bate-pronto: "Só na UFPa. Eu não acredito na eficácia dos estudos dessas faculdades de fundo de quintal, essas framboesas, cerejas, uvas e outras frutas". Pano rápido.
tratar a educação como relação de consumo, é triste. volta a palmatória já!
O problema dos alunos da UFPA, é que a instiuição demora muito para soltar o histórico escolar atualizado, daí, a maioria das instituições, dá preferência para os alunos das faculdades particulares. Os diretórios acadêmicos poderiam e deveriam se mobilizar para apressar o processo e também lutar para que alguns cursos voltassem a funcionar no período noturno. Este é outro problema que resulta na falta de estágios. Já não se faz aluno da UFPA como antigamente.
Só não dá para colocar todo mundo no mesmo saco. Não se pode confundir quem trabalha sério com as bodegas de beira de esquina.
As IES públicas têm tantos problemas quanto as privadas.
Professores que falam "menas" em sala da aula, num curso da área de Letras, disputas políticas que passam longe das necessidades da IES e por aí vai...
A questão é complexa e, portanto, não dá para reduzir dessa forma: IES públicas X IES privadas. Aliás, só aqui no Norte é que tem essa diáspora desnecessária.
A questão é: discutir pq o MEC abriu a porteira para qualquer um "montar" uma faculdade (começou no FHC e continua no Lulinha paz e amor). E a fiscalização que o Inep faz deixa a desejar, principalmente, nas faculdades, cujas obrigações diferem em muito de universidades.
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