19.2.08

A Lei da Barbárie

Neste momento, segundo o blog do Bogéa, o promotor José Luis Furtado - depois de tentar matar a mulher, escapar do flagrante, e desafiar a polícia - trabalha normalmente em seu gabinete no MPE de Marabá.
Protegido pela lei, cercado de barbárie por todos os lados.

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Atualizado às 12:30.

No blog Espaço Aberto, às 12:14

Fonte do Ministério Público do Estado informou há pouco ao blog: o caso envolvendo promotor José Luís Furtado, acusado de ter desferido um tiro na mulher, durante discussão doméstica, deve ser tratado normalmente na esfera policial, como se fosse ele um cidadão comum e despido de quaisquer prerrogativas.Até 24 horas depois da ocorrência, o promotor ainda estaria amparado pelas prerrogativas contidas na Lei Orgânica do Ministério Público e poderia se apresentar diretamente ao procurador-geral de Justiça, chefe do MPE.Já que esse prazo expirou, agora a polícia deve agir normalmente, até porque o crime de que é acusado o membro do MP – segundo explica a fonte da instituição –, muito embora grave e portanto punível, não tem vinculação até agora conhecida com o exercício das funções atribuídas a um promotor de justiça.Se é assim, a polícia não deve ter qualquer trabalho para encontrar o promotor, que já estaria, segundo se informa, trabalhando normalmente em seu gabinete no MPE em Marabá

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Atualizada às 16:25.

De acordo com o blog do Bogéa, em novo post, o promotor Furtado nega todas as acusações que a (segundo ele) banda podre da Polícia lhe desfere. Insiste na tese do acidente, na ilegalidade da ação dos policiais, atribui as acusações de sua mulher ao estado de sedação em que estaria quando ouvida pela delegada, e com efeito, despacha normalmente no MPE marabaense.
Este post do Bogéa leva o sugestivo nome de Culpa é do mordomo.
É claro que é.

10 comentários:

Francisco Rocha Junior disse...

Juca, já pensou se fosse o contrário? Se o promotor é que tivesse sido a vítima da tentativa de homicídio? Como não teriam reagido sua associação de classe e o MP?

Unknown disse...

Ô,Francisco...tenho pensando nisto desde ontem, e entrado direto no site da Associação dos Promotores. Que oportunidade estão perdendo de se afirmarem perante à sociedade com seu comovente silêncio.
Lamentável.

Sergio Lopes disse...

JUCA,é dificil você conceber um Estado de Direito, onde alguns dos componentes da cupula do poder judiciario utiliza-se de leis arcaicas é discriminadoras para ocultar do devido processo legal. Infelizmente em nosso País alguns membros do poder se acham acima do bem e do mal, praticando atos ilicitos com a firem convicção de que a mão da justiça não ira apanha-los e o pior é que eles tem razão.

Anônimo disse...

O MP já foi uma entidade de respaldo neste país. Ultimamente promotores e procuradores só pensam e querem ser ricos, sendo servidores público, aparecer na mídia e agir de forma que lhes convém. Eles precisam entender que um promotor, mesmo sendo um homem comum, exerce uma função diferenciada na sociedade, portanto, não lhes convém muita coisa.

Anônimo disse...

Bem eu devo ser a quarta ou quinta pessoa que fica sabendo que o promotor está em seu local de trabalho. Alguém por favor poderia ligar pra polícia e dar o endereço. De preferência com desenho de locais de referência (tipo farmácia ou padaria) pra que os policiais encontrem o local.

Cláudio

Anônimo disse...

Que interessantes as preocupações... quando o zé mané mete bala na dona Maria ninguém posta, nem discute a questão das armas no país. Agora quando é figurão é um deus nos acuda. Tem razão a presidente da OAB.

Anônimo disse...

Se fossemos nós pobres mortais, todo mundo já teria dado entrevista dizendo do empenho no caso.
Aguardamos manifestação da Dra. Mary Cohen, afinal trata-se de violencia contra a mulher, portanto violação de direitos da mulher.

Unknown disse...

Das 1:54, não é apenas um figurão, é, "apenas" um promotor de justiça.
Não finja que é um paradoxo comum, porque não é.

Anônimo disse...

This is Marabá, querido... se a justiça estadual sediada em Belém já esconde o sol com a peneira, dirá a uma justiça estadual sediada em Marabá, respondendo pelo virtual estado de Carajás... Pelo bem dos carajaenses, se assim podemos chamar, que continuem tendo Belém como sede jurídica.

Anônimo disse...

Sei que deve existir as honrosas exceções, a quem de imdeiato peço vênia, mas essa é a cara do MPE. Uma instituição que se gue a contra-mão de suas co-irmãs dos outros estados, aonde se caracterizam pela combatividade e zelo pela coisa pública, como também pela vida, mas aqui no Pará é um órgão omisso e por vezes, não apenas pela omissão, que já bastava, ainda criminoso.