28.2.08

Deputados em Ação

É relativamente baixo - 19 deputados - o quorum da sessão da Assembléia Legislativa que faz a arguição de Antonio Erlindo Braga, candidato a vaga no TCE.
É que uma renca de parlamentares está em Tailândia, olhando os resultados de sua omissão no passado, e de seus interesses no presente, de olho no futuro.

8 comentários:

Anônimo disse...

Boa tarde, Juca querido:

você me deu a deixa ao falar em passado: o Dr. Marcílio Monteiro, hoje Secretário de Projetos Estratégicos, foi superintendente do IBAMA até 2006, no mesmo período do primeiro governo Lula, de quem posso pressupor que deveria ter apoio, por ter sido indicado para o cargo.

Sua superintendência tinha - ainda que ele tenha negado isso o seu depoimento na CPI da Biodversidade - influ|êcia sobre os escritórios regionais do IBAMA de Marabá, Santarém, etc...embora a justificativa é que todos sempre se remetem a Brasília, o que confirma nossa antiga e moderna condição de feudo do governo federal.

O que acontece no setor madeireiro em Tailândia - e Anapú, e Altamira, e Marabá, e ..e...e...-sempre esteve sob jurisdição, fiscalização federais, desde o finado IBDF. E ainda que recentemente o estado ´comece a assumir esse papel, essa confusão e disfunção é secular.

Tudo isso aconteceu só agora, como parte da "herança"?

Beijão

Unknown disse...

Boa tarde queridona.

Xiii...nem fale de maldição nesta CPI da Biodiversidade...rsrs

Bjão

Anônimo disse...

Juca,

segundo consta, as coisas vão ser menos fáceis ao Erlindo Pai. O Jr comprometeu-se na eleição da UEPA em apoio ao Ubíquo em troca de um apoio a seu papai, além, é claro, de uma Pró-Reitoria. Mas como deram com os burros n´água na eleição...

Anônimo disse...

Caro amigo

Como não fui omisso no passado, porque não era "autoridade", e como militante me batia pelas causas ambientais, cumpri agora meu papel, na condição de presidente da Comissão de Meio Ambiente, que esteve em Tailândia ouvindo a comunidade local e os agentes envolvidos na operação Arco de Fogo. Buscando soluções dentro da legalidade. Valeu à pena. Muitas idéias surgiram e a sensação de que a maioria da sociedade quer caminhar dentro da política de desenvolvimento sustentável. Falta o Estado, enquanto ente, fazer a sua parte.

Forte abraço


João Salame

Unknown disse...

Caro deputado.

De fato, nos sabemos de sua trajetória de lutas pela democracia.

Na legalidade, em primeiro lugar, já estão o IBAMA, a Força Nacional,a Polícia Federal,a Sema, e os outros órgãos envolvidos na ação.
Todavia, nem sempre foi assim.
Nas gestões anteriores - do IBAMA e da Sema, por exemplo - fecharam-se os olhos e abriram-se os bolsos para o desmatamento, vide Raul Porto, que andou por lá na campanha de 2006 "passando a sacolinha", e antes de sair do cargo, no entardecer tucano, liberou uma quantidade de planos de manejo ilegais, que culminaram com sua prisão pela PF.

Na ilegalidade está o setor produtivo do município.
Toda e qualquer idéia genial, alternativas da sociedade ou queijandos desta natureza são risíveis frente ao desastre garvíssimo que está colocado.

Não acredito, com todo o respeito, que "a maioria da sociedade" queira o desenvolvimento sustentável.
Não lá, naquele espetáculo de miséria e ignorância que é Tailândia, que conheço muitíssimo bem.Mas ponha muitísimo bem nisso.

Não acredito em nenhuma solução menos traumática que os traumas já provocados na área, espero que a operação continue e sufoque os ilegais, que mesmo durante a operação continuam desviando madeira, encachaçando a cidade, emaconhando a turba e avacalhando as autoridades a ponto de fazê-las recuar no primeiro momento.
Mas onde é que nos estamnos, deputado?
Respondo: estamos no meio da miséria, do crime, do papo furado, da prestidigitação, do suborno, da intimidação.

Não acredito que seja venturoso o trabalho da Comissão Especial que deseja investigar as causas e os responsáveis pelo desastre.
Como então os deputados não o sabem? Como?

É claro que falta o estado, mas falta também o simancol para reconhecer que vários dos deputados que hoje estiveram em Tailândia sempre foram estado!!!
Então, deputado, ficam parecidos om o Giovani Queiroz, que sempre foi Estado e sempre esculhamba o Estado.
Assim até eu!

Acredito em sua boa vontade, deputado Salame, mas aproveite a oportunidade, que agora lhe alcança "autoridade", e posicione-se ao lado da lei, a única solução dentro da legalidade.

Tailândia - que ninguém se engane - já virou um símbolo da guerra entre a lei e os predadores.

Não contemporize!
Não admita acordos que fragilizem a operação!
Não permita que seus colegas o façam!
Denuncie de sua tribuna quem tentar fazê-lo!
Esta é a sua parte!
E continue cobrando que o Estado faça a dele.
Terá o meu humilde apoio.

Este é o seu presente, deputado.
E por ele será julgado no futuro.
Fique de olho nele, seu maior patrimonio.

Forte abraço.

Anônimo disse...

Juvencio,
Sua resposta ao deputado é de uma profundidade e lucidez que impressiona. Parabens ! mesmo. Agora,você não está exigindo muito dele? A gravidade da questão, como bem pontuada na resposta, transcende a busca por holofotes e reuniões "muito proveitosas.

Unknown disse...

Obrigado, das 10:23, mas se assim me dirijo ao deputado Salame, com quem tenho relações de respeito e admiração, é porque o considero capaz de não deixar passar esse cavalo selado na frente dele.

Anônimo disse...

Meu caro Juca

Obrigado pelas palavras e reflexões. Não sou dono da verdade, por isso mesmo procuro interagir com pesssoas que respeito e acredito. Comno você. Ainda que por vezes discordemos. É salutar. Sou rigorosamente a favor da legalidade. Por isso lutei toda a minha vida.
Não posso ficar de braços cruzados diante do que está acontecendo sob o argumento de que não é possível fazer nada. É possível sim!
Em primeiro lugar dizendo que as coisas têm que acontecer dentro da legalidade. Mas, em seguida, dizer que esse não é um problema que se resolve apenas e sobretudo com polícia. E, me desculpe, tem sido essa a linha mestra de operação do governo federal na Amazônia. Estimula o desmate e depois chega com a polícia ao sabor da conjuntura internacional. Afinal, quem liberou verbas fartas e subsidiadas para fazendeiros, frigoríficos, guseiros, assentamentos, etc?
O Estado não tem polícia sequer para enfrentar a bandidagem de alguns centros urbanos do País. Não os terá para enfrentar os miseráveis que habitam a amazônia e sobrevivem de sua desvastação. Não vão ficar a vida toda em Tailândia. Quando sairem de lá a devastação continua. Vá hoje com uma operação dessas a Jacundá, Goianésia, Rondon, Anapu, Novo Progresso, Altamira, etc...Você não vai achar uma tora de madeira ilegal no pátio de qualquer serraria. Tá tudo "entocado". Na mata, nos rios.
Por isso, insisto, é preciso fazer com que as pessoas ganhem dinheiro com o reflorestamento. Com a floresta em pé. Com crédito farto para isso. O resto é pirotecnia, necessária para conter os mais afoitos e reafirmar que existe lei, mas profundamente insuficiente para dar conta de um problema que envolve 20 milhões de amazônidas, a maioria de miseráveis. Vou continuar pregando e lutando pelas minhas idéias. Até que alguém me convença de que não são as mais adequadas. Mas, tenha certeza, as conduzo tendo como esteio uma profunda convicção de que é possível mudar esse país para melhor. O que significa gerar empregos com a devida proteção à natureza.

Forte abraço

João Salame