No Blogue do Colunão, de Walter Rodrigues, ontem.
O jornalista Cláudio Humberto informa amanhã (domingo) que a prefeitura de Salvador está sob suspeita de maracutaia. Por quê?
Porque, “Em vez de licitação, o prefeito de Salvador, João Henrique, fez contratos emergenciais com três empresas que já prestam serviços de limpeza na cidade: Vega (R$ 8,5 milhões), JG e Torre (R$ 2 milhões cada). Por mês”.
Não é só em Salvador. Na capital do Maranhão, também sem licitação, a prefeitura informa um pagamento de R$ 3,5 milhões mensais (noticiado exclusivamente neste Colunão, à estatal municipal Coliseu e às privadas Limpel e Limpfort.
Salvador tem o triplo (2,9 milhões) da população de São Luís (950 mil). Já o custo da Limpeza Pública em Salvador (R$ 12,5 milhões) passa de três vezes e meia os R$ 3,5 milhões informados recentemente pelo secretário municipal de Obras e Serviços Públicos, Carlos Rogério Araújo. Mas o próprio Carlos Rogério admite que esse valor não inclui a folha de salários da Coliseu — empresa tradicionalmente inchada pela politicagem e drenada pela corrupção —, nem o que a companhia recebe da Secretaria da Educação e de outros órgãos públicos a que presta serviços. De modo que provavelmente o preço baiano empata com o maranhense, ou ficam muitos próximos um do outro.
Diferente mesmo é que, em Salvador, o expediente da contratação “emergencial” sem licitação começa agora, já sob protestos e desconfianças. Em São Luís, o “estado de emergência” na limpeza pública, decretado em abril de 2002 pelo prefeito Tadeu Palácio, desde então vem sendo prorrogado a intervalos regulares, com o doce consentimento da Justiça. Dificilmente os baianos conseguirão um feito semelhante.
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