6.2.08

Mídia e Governos Exibem Seus "Cartões"

Só muita falta do que fazer pode levar a "oposição" à tentativa de abrir uma CPI dos Cartões Corporativos. Depois, ao ver os índices de popularidade, reclamam que Lula é blindado. Blindado contra estultices em geral.
É claro que não há preconceito racial contra a ex ministra Matilde Ribeiro. O que há é a tentativa de esconder o óbvio, atitude que também aparece aqui, no caso da falta de transparência nos gastos corporativos do governo tucano paulista.
Tem-se que, imprensa e governos, nestes tempos, debatem-se com as mesmas enfermidades.
E assim, enfermos, só eles ganham. E gastam.

14 comentários:

Unknown disse...

Ah se esse escândalo fosse no governo FHC...os petistas já estariam pedindo o impedimento do presidente.

Naquela época, quando o PT pedia aquelas CPIs oportunistas, todo mundo apoiava. Agora, quando a oposição faz o seu dever (fazer oposição), dizem que é golpismo, oportunismo e toda aquela lorota de sempre. Pobre Brasil...

Anônimo disse...

Tem que haver apuração sim,mas,uma apuração que venha do governo FHC até agora.Temos que acabar com esta patifaria!

Unknown disse...

Victor ( bem vindo ao blog) e das 4:55.
Não sou contra a auditoria nos gastos do cartão, e desde o governo FHC, claro.
E concordo que o papel do legislativo é fiscalizar o governo.
Já o fez, apontando as irregularidades.
Agora é a vez de quem de direito realizar a auditoria: CGU,Polícia Federal e Ministério Público Federal, para encaminhar as denúncias à Justiça.
E esta penaliza os meliantes, sejam de que partido ou governo forem.
Enquanto iso o Congresso discute problemas maiores, mais urgentes e mais necessários.
Se é que pode, aquela casa de Noca onde pululam safardanas de toda sorte.

Unknown disse...

Obrigado pelas boas vindas, mas na verdade sou leitor diário do blog há mais de um ano. Comento pouco por pura preguiça, hehe.

Quanto à CPI, sabemos que tem mais poderes que a CGU, por exemplo. Se bem usada, é um instrumento bastante eficaz. E como o Sen. Arthur Virgílio já falou, a CPI investigará os gastos com cartões corporativos desde 2001, quando foram criados.

Abraços

Unknown disse...

De nada, Victor.
De fato, os poderes são mais imediatos, e com forte repercussão na opinião pública.
Mas veja como são as coisas: enquanto conversávamos, o próprio governo já coletou as asinaturas para abertura da CPI, no Senado.
Em parte porque ela ia ser aberta de qualquer maneira - a porção oposicionista é maior que o número de assinaturas necessárias - e em parte porque a iniciativa traz ao governo a presdência da comissão, pelas regras da casa.
Ou seja, já começou o esfregão político...rs
Bem, aguardemos os próximos lances.
Abs prá vc.

Anônimo disse...

Essa história de cartão corporativo, eu lembro de uma história que se passou comigo e com a Valéria logo no início do governo, ainda em 2003.
Nós estávamos almoçando com dois amigos no Onze janelas e quando eu pedi a conta, o garçon me comunicou de que o ajudante de ordens da Valéria já havia providenciado o pagamento.
Fiquei espantado e chamei o ajudante, um major, que me explicou que essa era a rotina no governo. Não aceitei e fiz o restaurante devolver o dinheiro para o major, e paguei a conta com o nosso dinheiro. Nunca mais eles tentaram pagar as nossas contas pessoais. Nunca mais !
Vic Pires franco

Unknown disse...

Xiiii!
Sobrou para o "governo anterior"...eheh.
Abs, deputado.

Anônimo disse...

É por isso que dizem que a vida de governador, é uma vidinha mais ou menos.
Casa, comida e roupa lavada...
Já o vice, nem casa, nem comida e muito menos roupa lavada... eheheh
abs,
Vic

Anônimo disse...

Olha nessa farra dos cartões tem PT e PCdoB,cujo Ministro imediatamente se apreçou em dizer que era antecipação das eleições por isso a oposição o estava perseguindo. Veja que desfaçatez deste Ministrinho,quando eles estão na oposição não deixam escapar nada tudo é motivo de denúncia, agora é perseguição da mídia, politização do fato. Ora bolas, ele está em um cargo público e político, deve sim satisfação para o povo que paga as suas despesas. Já pensou se a gente não ficasse sabendo, a farra ia longe.
Matilde Ribeiro teve mais dignidade do que o Ministro de Esporte.

Anônimo disse...

Na verdade, tudo continua como dantes no quartel de Abrantes pelo lado das safadezas. O que mudou foi a mídia. A oposição podia pedir, como alguém já disse por aqui, mas falar sem eco não adianta nada. Hoje qualquer um que tenha algo conta o Governo que se apresente pra ser ouvido. Alias, seria bom se sempre fosse assim. Mas eu suspeito que voltando a velha turma, volte a velha mídia de ser. É esperar pra ver e/ou se supreender.

Anônimo disse...

Juca querido,

fui lá no artigo do Dines e continuo convicta da punição da Ministra ser sim fruto do racismo institucional.
A ilegalidade não está na quantia das tapioquinhas do Ministro afrodescendente ou nos 400 e tantos mil da Matilde. A ilegalidade prescinde de quantidade.

Ainda que eu tenha dezenas de rstrições à atuação da SEPPIR e do erro da Ministra em transformar a Secretaria de Igualdade Racial em gueto de militantes do movimento negro - e isso não necessariamente levou a uma boa gestão - concordo plenamente com a opinião manifestada pelo jornalista Dojival Vieira.

Quanto à colaboração do PMDB em propor a CPI, acho que ela extrapola o interesse em manter a presidência da dita, e objetivou principalmente o que já foi conquistado: o segundo escalão da empresas elétricas e cargos importantes na Petrobrás.

Desconfio, querido, que Santo Ambrósio aposentou-se!

Beijão

PS: ando com saudades.

Anônimo disse...

Querido,

quanto à farra dos cartões corporativos, que estão incluídos nas "despesas secretas" dos governos, esse levantamento já está feito:

1996: 6.260.473,63
1997: 7.177.903,72
1998: 15.335.427,68
1999: 12.539.142,68
2000 10.223.935,31
2001 11.321.639,19
2002 15.154.706,61
2003 12.938.802,22
2004 14.983.909,64
2005 19.575.071,83
2006 23.281.884,33
2007 25.405.417,80

São valores já atualizados monetariamente. Mesm em anos eleitorais, o governo FHC foi mais "modesto".

Beijão

Unknown disse...

Queridona, nem parece que vc anda com saudades, sumida que está...rs
Olha, nunca ouvi falar em racismo institucional...rs
Mas tudo bem. Continuo concordando com o Dines. E com o Glauber, secretário nacional de Cultura do PT.

Quanto aos valores, a modéstia de nada vale. Fora da política, é claro.

Mas que férias demoradas estas do St. Ambrósio, hein?

Que tal marcarmos algo na próxima semana, antes que nossos saldos bancários nos levem à quinzena da abstinência?...rsrs

Bjão.

Anônimo disse...

Bom dia, querido:

quinzena de abstinência? No meu caso já é vintena...rsrsrs...

Mas, vou reservar o nosso.

Racismo institucional é uma "categoria" relativamente nova. E não é invenção minha...rsrsrs...Eu a conheci em 2002, num estudo do IPEA sobre desigualdades raciais agravadas (ou não) pela intervenção governamental. As autoras são Luciana Jaccoud e Nathalie Beghin. Por força do meu ofício eu costumava me dedicar a esse tema. Hoje já o faço "de orelha"...rsrsrs...

Beijão