Em declaração divulgada nesta segunda-feira, 18 de fevereiro, a ABI externou a sua “extremada preocupação” com o conjunto de ações judiciais ajuizadas contra a Folha de S. Paulo e A Tarde, de Salvador, e a jornalista Elvira Lobato, repórter da Folha, por pastores e fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus, que espalharam as ações por 20 estados e dezenas de municípios. A ABI considera que essas ações constituem grave ameaça à liberdade de informação e de expressão e pede à Anistia Internacional um movimento mundial em defesa dos dois jornais e da jornalista.
Leia aqui, na íntegra, a nota da Associação Brasileira de Imprensa.
A Fenaj, até agora, não se pronunciou a respeito.
12 comentários:
Juvêncio,
Inclui aí o jornalista Luis Nassif que vai ser processado pelo pessoal da Veja em vários processos simultâneos contra a série de reportagens que o jornalista vem fazendo em seu blog demonstrando um dos tipos de jornalismo praticado na imprensa padrão Assis Chateaubriand, onde o mercantil e o político prevalecem sobre o jornalismo.
Tem razão.Toda.
Vc e o Nassif.
O que falta ser esclarecido ao povo é o porquê das igrejas neopetenconstais terem surgido para confronto ao catolicismo e outras manifestações religiosas, contribuído através da reprodução sistemática do preconceito e da intolerância religiosa, principalmente contra as religiões afro-brasileiras e indígenas, que implicou na diminuição de seus adeptos apesar do reconhecimento para a cultura nacional, são tratados pela igreja universal do reino de Deus como ”seita demoníacas”. Outra situação é que o candomblé e Umbanda são manifestações religiosas frágeis no ponto de vista organizativo, ao contrario da IURD e similares, verdadeiro império midiático, político e mercadológico.O trecho retirado da reportagem de Carolina Cantarino – revista do IPHAN, reflete a ponta dessa intolerância “...Já há alguns anos, contudo, estaria havendo uma mobilização contra esses ataques. Um dos casos mais recentes de intolerância religiosa envolve a Igreja Universal do Reino de Deus. Em julho desse ano, o Tribunal de Justiça do Estado da Bahia condenou a igreja e a Editora Gráfica Universal a pagar, cada uma, uma indenização no valor de 480 mil reais à ialorixá Jaciara Santos Ribeiro e aos membros de sua família, do terreiro Ilê Axé Abassá de Ogum, localizado no bairro de Itapuã, em Salvador. Além da indenização, a gráfica da Igreja Universal deverá publicar a sentença, em duas edições consecutivas, na capa do seu jornal cuja tiragem alcança quase um milhão e meio de exemplares.
A igreja e a gráfica foram processadas por danos morais e uso indevido da imagem de Mãe Gilda no Jornal Universal que, numa edição de 1999, publicou uma foto da ialorixá (retirada de um exemplar da revista Veja de sete anos atrás) com uma tarja preta sobre os seus olhos e a seguinte frase: “macumbeiros e charlatães lesam bolso e vida do cliente”. Depois da publicação da foto, o terreiro se tornou alvo da violência de alguns evangélicos que chegaram a invadi-lo numa tentativa de “exorcizar” Mãe Gilda, que faleceu em janeiro de 2000, um dia depois de assinar uma procuração para iniciar a ação contra a Igreja Universal. Sua filha, Jaciara, deu prosseguimento ao processo”. Ou seja, vivemos num país laico, a constituição federal assegura as manifestações religiosas. Mas a cegueira dogmática, perseguição à liberdade de expressão contrasta numa democracia que se consolida.
Meus limites não me permitem compreender uma coisa: até que ponto um jornalista pode ofender alguém - qualquer um - e se considerar inatingível, em nome da liberdade de imprensa?
Mes limites não me permitem vilumbrar uma ofensa nas questões que o post aborda.
Senhor Juca.
Parece um consenso para todos os cidadãos que defendem uma sociedade democrática que a intolerância deve ser repudiada e a nossa constituição assim o faz.Mas segundo a versão dos universais o globo e a folha trataram seguidamente esta igreja de seita e sugeriu que os dízimos seriam um mecanismo para justificar(lavar) dinheiro sujo. É contra estas insinuações que os fiéis da igreja, se sentindo atingidos, estão processando a folha e a jornalista. Conclusão não devemos apoiar a intolerância, nem em nome da liberdade de imprensa. E esta igreja está se defendendo utilizando mecanismos jurídicos dentro do Estado de direito democrático. Cabe à folha provar que não cometeu crime.e ponto final.
Devem ser intoleradas a exploração da fé e a homofobia entre outras questões, por qualquer seita ou igreja.
As demandas judiciais apresentadas já estão sendo denegadas, se vc não sabe.E sabe quel é o despacho? É o título do post: assédio.
Parece que vc não sabe também que dentro do Estado existem mecanismos "democráticos" de pressão.
E, por fim,um alerta: ninguém, nem pastor,nem Jesus, dá ponto final neste blog, certo?
É Juva, temos mesmo que combater toda e qualquer forma de ameaça à liberdade de informação e de expressão garantidos pela Constituição e que nobres pessoas públicas, que possuiem sérios desvios de conduta e outras cositas mais, insistem em passar por cima desses direitos tão fundamentais ao estado democrático de direito.
Três vereadores de Parauapebas pediram minha cabeça por causa de um post meu. Seria coisa do interior, festa do interior, ou a cada dia que passa fica mais difícil fazer jornalismo de verdade?
Olá, Talitovska,prazer em revê-la.
Mas como vc estpá importante aí. hein?
Sente a pua nesses malandros, sem dó.
Aqui em Nova Déli eles dizem que não lêem o Quinta.
Prefiro acreditar nisso, enquanto converso com os eleitores e financiadores deles.
E respondendo à sua pergunta, fica mais difícil sim, e por isso, mais gostoso.
Abs
É verdade, fica mais gostoso mesmo. E eu é que pensava que ninguém lia o meu blog. Eles aqui são bobos, fazem propaganda da gente.
Ah! Manda um beijão pra Marise.
Não tenho essa sorte..rs
Ela tá aqui do meu lado e manda outro, obrigado.
Vamos combinar: todas as denominações religiosas são, sim, seitas, gostem disso seus adeptos ou não. Apelar para a justiça é direito de todos, mas fazer centenas de ações disseminadas por todo o território nacional é debochar da justiça e se considerar acima dela. E usar a crendice popular para enriquecer é cuspir sobre os ensinamentos de Cristo; isso vale para todas as seitas!
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