A OAB Pará divulgou nota de desagravo à advogada Mary Cohen, presidente da Comissão de Direitos Humanos, em razão das declarações do delegado de Polícia Civil Paulo Tamer contra a advogada no caso do Monstro da Ceasa, preso ontem por conta de um literal "acidente de percurso" na escalada de ataques do serial killer.
A Polícia ainda estava longe dele, mas Tamer deu muita sorte.
16 comentários:
Juca,
Com todo o respeito que merecem a Mary Cohen e a Ângela Salles, acho uma bobagem o desagravo público neste caso.
A fala do delegado nada tem de ofensiva: é sua opinião, crítica às declarações de Mary Cohen, mas não representa ofensa à advogada no exercício do cargo de presidente da Comissão de Direito Humanos. Dizer que "a conduta da advogada não é compatível com a de alguém que se diz defensora dos direitos humanos”, ou que suas declarações foram “descabidas e sem cunho profissional" não me parece em nada "ofensivo".
O que se sugere da atitude da Ordem, na pessoa do presidente em exercício, é que a instituição quer marcar posição política no caso. E para isto, o desagravo não é a via adequada, pois sugere que o delegado teria inibido o exercício da profissão ou do cargo, o que não é caso.
Se a Ordem agora irá desagravar todos seus diretores ou conselheiros porque alguém divergiu de sua opinião, teremos uma séria deturpação da finalidade do instituto: algo parecido com um advogado dar uma "carteirada" em um acidente de trânsito, na intenção de impor sua condição profissional para intimidar a outra parte.
Se não foram somente estas as declarações consideradas ofensivas, então a OAB falhou no compromisso de explicar ao público quais, efetivamente, foram as palavras do delegado Tamer.
Nota de desagravo pra cá, críticas pra lá... A polícia paroara "elucidou" um crime. E logo começaram os eleogios pelo bom trabalho,Talvez os elogios até tenham razão. Mas não se pode esquecer que sempre que um caso de repercussão como esse é solucionado a polícia em geral anuncia como um marco de como serão tratados os crimes daqui por diante. As dezenas de assassinatos ocorridos no período do carnaval, já foram elucidados? Todo esse confete que a polícia joga sobre si mesma é só pra esconder sua incompetência e conivência com os bandidos que assolam o Estado, desde o monstro da CEASA até os rêmoras da vida.
Cláudio
Olá,nobre.
Pode ser. E a OAB, de fato, deveria reproduzir, na nota- tenho uma cópia na "redação" do Quinta - quais foram as declarações por ela consideradas ofensivas.
De repente a nota pode ter saído pelo, digamos, "conjunto da obra" do delegado, que em 11 de novembro de 2007 ( ver post Tamer, Educado e Atual) referiu-se a dra. Mary como arcaica e desatualizada.
Mas também neste caso a remissão seria necessária, e não sei se é legítimo "acumular para desagravar", não é mesmo?
Abs, Francisco.
Caro Juca.
A Mary é uma advogada respeitada e uma pessoa admirável, mas creio que nesta crítica, a Mary pegou pesado. Não se tratava de questão de classe social desvendar um caso complexo como os dos seriais.
Vc pode ter razão sim,caro das 4:16, como já disse ao nobre Francisco.
Mas lembre que a dra. tem razão em muitos outros casos, desses que a gente vê principalmente nos finais de semana, na capital e no interior.
O blog Quaradouro, de Marabá, dia desses fez um comovente post sobre os jovens anônimos que lá morrem, todos os dias, cujas mortes são sempre atribuídas à disputa entre facções. Será que são mesmo? Todas?
E o delegado Tamer, que é convidado a se manifestar em quinze dias pela OAB, terá sua oportunidade de esclarecer possíveis exageros no caso em tela.
Juca,
O Delegado Tamer, nosso Doi-Codi do passado da DOPS, foi grosseiro sim e quem fala o que quer tem a resposta que não quer.
Fábio
Fábio, desconheço o suposto passado de DOI CODI do delegado Tamer e, com todo o respeito, e salvo engano, ele não tinha nem idade para fazer parte daquele orgão que existiu entre 69 (Operação Bandeirante) e meados da década de 80, quando foram reformulados.
De todo modo, há um conturbado contencioso envolvendo o delegado, que vc pode ler aqui:
http://64.233.169.104/search?q=cache:bScAChbr-1AJ:zecarlosdopv.blogspot.com/2008/01/delegado-justiniano.html+%22Paulo+Tamer%22&hl=pt-BR&ct=clnk&cd=1&gl=br.
Bem que o novo secretário de Segurança poderia se manifestar a respeito.
Juca,
O Tamer foi delegado da DOPS qe ficava ali na castelo próximo à Maglhães Barata (antiga Independência). Antigos companheiros lembram das ações do DPC à época!!!
Bem, se ele é lembrado por antigos companheiros é porque fez danações, tipo as descritas no post do blog do Zé Carlos do PV, de 27 de janeiro de 2008, no dia da posse do no Delegado Geral Justiniano Neto.
Bom, conhecendo um pouco os dois, o que tenho a falar é que ele atédeve ter dado uma alfinetada nela mesmo, agora não entendo o posicionamento dela,vive aparecendo na mídia quando e algum caso de repercurssão, me tirem uma duvida ela é advogada do Natalino(acho que esse é o nome dele)Presidente do SINDICATO DE Rodoviários aquele que não quer sair nunca do cargo? e espero que ela tenha o mesmo empenho em defender os casos de menor repercurssão.
Obrigado tamer, você fêz alguém da OAB se pronunciar, estranho, passaram doze anos calados, na moita,a OAB somente se manifestava em prol de uma minoria rica, agora são os paladinos da moralidade ?
Não podemos só criticar a policia de nosso estado,prova disso é o reconhecimento por parte do FBI nesse caso de grande repercussão cuja investigação foi comandada por ele, Paulo tamer, amado por uns e odiado por outros. Quanto a OAB, só aparece quando há envolvimento de gente rica ou o fato é de repercussão.
A Mary Cohen é uma boa profissional, mas vamos e venhamos, nossa colega já está querendo aparecer até por demais. Todo caso de grande repercursão lá ela se mete.Sou morador do Guamá e acompanhei um pouco o sofrimento das famílias dos meninos em busca de justiça.
Peregrinaram sozinhos, com ajuda de vizinhos, comunidade e a época contaram com a ajuda de uma única autoridade que não mais exerce mandato eletivo e foi quem levou as famílias para falar com Vera Tavares e Benassuly à época em busca de solução para o caso e por um ano não vi a DRa. Mary Cohen nesta busca. Ela só aparece quando o caso ganha a mídia.
Porque não fica até o fim em casos que ela quer faturar na mídia,como por exemplo as das duas irmãzinhas que foram mortas na Pratinha, vítimas de estupro e que até hoje não se sabe quem foi. Na época ela apareceu em todos os jornais falando do caso.
Falar é muito fácil querer aparecer também.
caro Juva, quando essas crianças foram assassinadas barbaramente, os direitos humanos não apareceram para nem ao menos consolar as famílias. Tá certo que o delegado PET, é arrogante, mas nesse caso, ele resolveu, elucidou o crime. No meu entendimento, pra pessoas que cometem crimes assim, a pena deveria ser capital, como nosso ordenamento jurídico vigente não vislumbra esse tipo de pena, que ele pegue 100 anos de cadeia e passe só 30. É isso!
A advogada deveria admitir que falou besteira. Qual autoridade policial não faria tudo para prender um serial killer, seja matador de rico ou de pobre, nem que seja pelo prestígio que viria disso. Parece uma declaração pronta, de algibeira, para ser sacada em qualquer ocasião. Pense melhor, advogada.
Mas a polícia elucidou algum crime? Pelo que consta, o monstro só foi preso porque agiu novamente, só que sem êxito. Não fosse isso, certamente continuaria à solta por aí. Sinceramente, não vejo motivo nenhum para elogiar o trabalho da polícia.
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