20.5.08

Teses do Lodo

Agradando sempre os armadores fluviais - um cartel anacrônico, lobista e despreocupado com as relações com o consumidor - e agora os grandes estaleiros, o colunista marítimo de O IVCezal, Alyrio Sabbá arremete contra os estaleiros fluviais artesanais, patrimonio da cultura amazônica, e contra a melhoria das condições de transporte dos humildes ribeirinhos.
Está cada vez mais indecente a coluna deste elemento.
Pinçadas da edição de hoje da folha nariguda:

O colunista que bordejou por longos anos pelos rios da Amazônia, tem absoluta consciência que para atender o transporte de passageiros na região, não é necessário barco de luxo, desde que sejam seguros e confortáveis, já que os nossos ribeirinhos são pessoas humildes

O Ministério Público, com certeza, não vai deixar de lado os 'estaleiros' improvisados da beira do rio, onde até ferry-boat está sendo construído, uma ameaça à segurança de seus passageiros quando em tráfego.


Não se exige luxo nas embarcações amazônicas, embora algumas linhas precisem disponibilizar melhores acomodações aos turistas, aos idosos e pessoas portadoras de deficiências, aos enfêrmos transportados em situação indigna. Quanto à segurança da navegação, estão aí as tragédias para qualificar o setor de navegação fluvial da região.
O que não se admite é a autorização para banheiras que navegam a 10 km/hora, tornando as viagens desnecessariamente cansativas. Os navios que demandam à Salvaterra/Soure, por exemplo, andam com 70% da força das máquinas, para economizar combustível.
O que não se admite é a imundície dos banheiros, lanchonetes, bancos e corredores das embaracações.
O que não se admite é a babuja servida aos passageiros nas viagens mais longas, para Santarém e Manaus, por exemplo.
O que não se admite é a inexistencia de qualquer ação educativa/coercitiva aos passageiros que jogam toda a sorte de detritos nas águas do percurso.
O que não se admite é a escandalosa inércia da Arcon na questão, embora esta, vamos admitir, é antiga.
O MPE deve entrar nessa parada sim. Mas não no mesmo barco do malsinado colunista.

5 comentários:

Francisco Rocha Junior disse...

Sobre armadores e transportadores fluviais, Juca, postei hoje no Flanar uma notícia a respeito de um esqueleto que, graças a Deus, permanece no armário. Espero que, com armário e tudo, seja enterrado para sempre pelo TJE.
Abração.

Unknown disse...

Ótimo post, nobre.
Foi pra ribalta.
Abração.

Carlos Barretto  disse...

Mas os "banheiros" flutuantes, digo, banheiras, continuam lá. Intocadas, imersas na sujeira.
E o colunista ainda não percebeu?
E nem a Arcon?

Unknown disse...

Não, professor.O malsinado percebe outras coisas.
Arcon? O que é isso?

Anônimo disse...

Caro Juvêncio, caro você não sabe o transporte hidroviário é hoje ocupado pela mesalina, digo, "jornalista" Conceição Elarat, aquela que serviu como funcionária fantasma, dos governos Almir e Jatene, morava no Rio de Janeiro, fazia serviços por telepatia, e se julga uma divisora de águas das Assessorias de imprensa nos órgãos públicos. Que tal perguntar a essa "jornalista" o que ela pretende no setor, já que é uma especialista no assunto