4.7.08

Cúpula do Governo: ou Acerta, ou Cai

Acredito que se nos próximos oito mêses o núcleo do governo Ana Júlia ( estou me referindo a Marcílio e Maurílio Monteiro, André Farias e Claudio Puty), não fizer a máquina de estado dar respostas objetivas aos problemas de curto e médio prazo, que venham a alterar a avaliação do eleitorado paraense sobre a atual gestão, a governadora terá de tomar uma dura decisão: destituir toda a direção política local e optar, ou pela direção nacional da DS, para vir do sul maravilha e assumir a coordenação de governo, ou chamar a turma do ex-campo majoritário paraense, representado por Paulo Rocha, Waldir Ganzer, Zé Geraldo e Beto Faro, e com base neste hipotético pacto petista de governabilidade, Ana Júlia reconstruiria o núcleo duro de governo, fundado em personalidades de reconhecida experiência política, formando um gabinete de alto nível.

A análise do cientista político Edyr Veiga, assessor político da Casa Civil, é preocupante. Mostra um Gabinete que não deu certo e sob risco de queda, uma reeleição fortemente condicionada, e a possibilidade de uma intervenção branca da DS nacional no comando político dos destinos do Pará.
Na íntegra aqui.

11 comentários:

Anônimo disse...

O Edyr está certíssimo. Sou petista, votei no Partido, mas vejo como todos a Educação, a Saúde e a Segurança no Estado em farrapos. Nota Zero. As Secretarias só fazem o trivial, a administração doa dia-a-dia e a área política só cuida de ampliar o arco de alianças visando a continuidade - mas continuidade "disso" que está aí? O Governo precisa entender que tem que enfrentar com resultados robustos e visíveis os grandes problemas do Estado.

Anônimo disse...

Companheiro,

Basta o governo Ana verificar as administrações petistas pelo interior que ela verá como não se deve fazer.

Anônimo disse...

Juvêncio,

1- Não existe mais tempo para intervenção da DS nacional. Primeiro porque não há nenhum gênio ali capaz de corrigir tão rapidamente a rota da gestão das políticas públicas a ponto de azeitar a máquina para corresponder imediatamente às demandas populares. Segundo porque, na linha da articulação política, a DS nacional tem discordância e um cavalo de pau agora será ainda mais desastroso para o governo do que o prometido na época em que o Puty assumiu. Para fazer igual não adianta mudar com um gaúcho, paulista ou ALAGOANO, até pioraria pelo desconhecimento dos políticos locais e do modus operandi da DS e PT paraoaras.
2 - Esse atual núcleo duro corresponde à volta dos irmãos metralha ao poder. Quando Ana foi eleita, Puty não existia e Guedes/Charles estavam com alto prestígio, pois além de coordenarem a campanha vitoriosa dela, foram os sujeitos que a convenceram de disputar com apoio entusiasmado da DS nacional. Os metralha e o Botelho não queriam Ana candidata, mantinham uma tradição de sempre dissuadí-la de entrar na guerra majoritária com o argumento eterno de que ela perderia, sendo na verdade expressão da crença deles na incapacidade política da governadora (o que parece ser verdade, mas é outro assunto). Para piorar, Marcílio carregava a pecha de bandido por suas relações com os madereiros (publicadas) e Botelho por ter ido para o PSDB e virado advogado do Jatene. O Puty foi introduzido no governo pelo Marcílio, o André e merda é a mesma coisa. Ele é um permanente motivo de chacota desde que coordenou a campanha da Ana em 2004. Através de Puty, os metralha e o Bedelho derrubaram Charles e Guedes que, apesar de prestigiados, não contavam com a intimidade da governadora. Na minha opinião Puty vai cair pelas mãos de Marcílio...mas acho que tudo caminhará para se manter como está, ceder muitos anéis para o campo majoritário e para os partidos e deputados da base não-petista (PMDB/G10) na ALEPA quando a relação de necessidade virar e com muita propaganda tentar a sorte de reeleger numa eleição sem o Lula. A disputa da PMB vai ser muito esclarecedora quanto ao futuro da Ana. Tenho a impressão de que os proximos acontecimentos serão de muito troco, toco, pernada e traições.

Anônimo disse...

Bob Jéfferson Papa-chibé:
- PUTY SAI DAÍ JÁ, PUTY. O MARCÍLIO TÁ TE PEGANDO! VAI TE PEGAR! TE LIGA OU PULA FORA!

Anônimo disse...

Juca, concordo com o anonimo de cima. O Puty não vai, já está sendo derrubado pelos irmãos metralha. Ele já conta com pouco apoio no interior do governo pelo modo como derrubou Guedes e Alcantara. Não há um DAS que não o queira ver pelas costas. Na equipe dele na Casa Civil tem inúmeros informantes de blogs, de adversários e desafetos. Ele já irrita a governadora no âmago dela pelo postura do chefe em prol do MST, por decisões que não foram compartilhadas com ela, pelo balbúrdia entre PM e SINTEPP na presença do presidente Lula. A DS nacional está na bronca com ele porque não encaminhou a mudança de rumos esperada. Ao contrário. Exatamente como o esperado, o anúncio de correção de rota só acabou por pressionar o governo para mais fisiologismo e direitização por falta de força para bancar a retórica ensaiada. Só que a DS nacional tem dificuldade de entender as dificuldades de governar porque seu núcleo é formado por burocratas decádicos do PT nacional e paulista. Os que eram os primeiros da fila e foram apeados por Alcantara e Guedes, agora são os próximos atrás do Puty e tudo indica que depois da eleição não vai acontecer a queda do núcleo atual da DS no governo para a ascenção de gente do Campo. Isso é delírio do Edyr, que faz uma boa análise mas peca nos detalhes por estar longe do cotidiano da politicagem. Quem vai assumir é a dupla monteiro com uma linha 'nem tanto ao charles nem tanto ao Puty'. O terreno está sendo preparado. Na conta do Puty vai cair derroatas em prévias(ananindeua e pebas, etc), alianças estranhas demais (Belém e outras), brigas desncessárias com jader, excessivo patrimonialismo na gestão e outros miúdos. Puty não é o Zé Dirceu. É o Aldo Rebelo.

Anônimo disse...

Em Parauapebas, o próprio PT local já deu o alerta. Aqui no pebas, embora a reeleição do atual prefeito DARCI não seja tão improvável assim, vai se configurando algo muito difícil. Vendo o desastre administrativo local, o Diretório Municipal, em sua ampla maioria, optou democraticamente pelo nome do vereador Wanterlor Bandeira, no entanto a pressão política interna, via executiva e secretários de Ana, fez com que o grupo de Parauapebas recuasse.

Recuar foi um erro. Com o nome de Wanterlor, teria-se alguma chance, nada diferente das dificuldades que DARCI enfrentará, com a vantagem de se projetar uma nova liderança.

Com DARCI a derrota será mais sentida, tanto no presente como no futuro.

Anônimo disse...

Égua: o Anônimo das 2.04 discorre como cientista político e que conhece por dentro a situação. Excelente análise, não é RC?

Anônimo disse...

Gostou das 2.54? I'm too. Faz muito sentido tanto a análise das 2.04 como a da 1:30. Pelo menos é o que ando urubuservando.

Anônimo disse...

Juvencio, Mano Velho, a única solução pra Ana Julia é tirar os companheiros dos cargos de chefia, e chamar profissionais da gestão pública, servidores públicos de carreira, pra refazer o Estado - que está se desmilingüindo...

Agora, parece que isso não vai ser feito NUNCA. Fala-se em continuar colocando políticos (ainda que "importados" de outros Estados, via DS) para gerir cargos técnicos... Com essa solução, só nos restará acompanhar, com melancolia e tristeza crescentes, a descida do Governo ladeira abaixo, até a derrocada final...

O PT deveria aprender com as experiências. A ANAC é uma prova ululante de que ocupar cargos técnicos com critérios políticos só pode resultar em crise...

O comentário do anônimo das 11:24 diz tudo: só estão tocando os serviços burocráticos, o feijão-com-arroz diário, que é a atividade-meio, o que é feito pelo pessoal da casa. O resto, a gestão propriamente dita, botar pra funcionar na atividade-fim, ninguém sabe...

Unknown disse...

Parente, a coisa tá muito feia.
Desde o início deste governo o blog alerta para a desfaçatez petista de confundir o Estado com o partido.
Foi-se a gestão, ficou a política.
A velha política. E a hegemonia?
Pras calendas...sifu!

Anônimo disse...

Esta análise do Edyr Veiga foi aúltima tentativa de fazer o Arroyo chefe da casa civil e com isso a ala direita do velho PRC e os fisiológicos que eram da estinta Força Socialista,hoje APS,controlarem o governo e emplacar para dentro da DS as candidaturas à deputado federal do ARROYIO e do MARCÍLIO MONTEIRO.