Na semana que passou, dois dias após a tentativa de homicídio no correr de um assalto que quase matou o jovem Gilberto, dirigi-me à coordenação da escola em cujos arredores vários assaltos vem se verificando.
Na condição de pai de aluno, pedi uma reunião de pais e mestres para discutir e encaminhar soluções. Passados dez dias, sequer dignaram-se a responder minha solicitação.
Apta e disposta a gastar milhares de reais na onda oportunista de vestibulares e matrículas, nem se apercebe dos graves prejuízos à imagem da empresa que só olha pra dentro de seus muros, ministrando uma aula de mediocridade e desprezo ao que se passa da soleira pra fora de seu estabelecimento. Uma aula que pais e alunos devem prestar bastante atenção.
Este Universo tem limites, bem curtos, aliás.
9 comentários:
Juvêncio, nem perca tempo: troque seu filho de colégio. Simples assim.
Creio que a questão não é de troca de colégio e sim de humanidade e sensibilidade pro que acontece em nossa cidade. Minha solidariedade a ti caro Juvêncio.
Cláudio
Obrigado, caro Claudio, vc disse tudo.
Vá atrasar a mensalidade das pocilgas que as crianças sofrem constrangimentos. Vá solicitar uma simples reunião, e dão de ombros.
Prefiro "bater" do que me render.
Oxalá todas as arapucas que proliferam por aqui e que fazem da educação ( assim mesmo, em minúsculas) um puro e simples comércio, mais lucrativo que a venda de dvds piratas, pudessem ser um universo com estreitos limites de existência. Se todas as esferas do poder executivo mostrassem um mínimo de preocupação com a Educaçao Pública, isso seria possível. Mas...
onde li sobre isso, como o gilberto dimestein, o correto é a união de todos, fora e dentro da escola, mas de fato, esse pessoal só pensa em $$
Juca, sou fruto 100% da escola pública, devo minha formação à sociedade brasileira, apesar de ter que me desdobrar para fazer do "limão" que o Estado me ofereceu uma limonada!
Todos sabemos o que lhe leva a pagar uma escola que custa até mais que algumas "universidades" por ai para seus filhos.
Sempre se imagina que este custo está atrelada a qualidade educacional e também a uma estrutura escolar decente que tenha, entre outras coisas, o necessário e sagrado espaço para os pais participarem da vida escolar dos filhos dentro das escolas.
Seu relato confirma o meu conceito acerca dos grupos "educacionais" privados e me deixa assustado!
Parabéns pra vc, Rafhel, agora terminando um mestrado e ainda tão jovem.
Nada tenho contra o ensino privado, só contra o ensino privado que recusa-se,liminar e silenciosamente, a abrir uma discussão tão urgente e grave, por taõ pouco: uma reunião com pais e mestres.
Daqui a pouco, quando a bandidagem armada começar a entrar nas escolas particulares, como já entra nas públicas, começa o Ai Meu Deus.
É assim.
Semana passada falei de um caso da Sacramenta, quando a diretora empurrou prá fora da escola uma simples discussão de dois adolescentes, inclusive que culminou com uma Tentativa de Homicídio. Será que não está na hora de chamarmos os responsáveis pela violência, chamaríamos: Família, Escola, Judiciário, Polícia, Sociedade Organizada, Ministério Público,etc...todos têm que fazer sua parte.
O problema de trocar de escola é: qual escola? Afinal, estão todas agarradas no projeto pedagógico chamado "índices de aprovação no vestibular (mesmo que o aluno seja uma besta quadrada e não tenha aprendido a pensar)". Se alguém conhece alguma que se salve, pelo amor de Deus me diga qual é, pois ando atrás dessa informação faz tempo.
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