21.6.08

Aliança Pela Metade

Os comentários da caixinha do post É Ela, de ontem, mostram claramente a insatisfação do setor jatemarista do PSDB com a anunciada aliança com o Democratas.

Novos indícios sugerem que a mão de Jatemar continua operando na desconstrução subterrânea da aliança, bem ao estilo do homem que carrega a História da Maldade debaixo da cutica.

Mas será que a insatisfação é só dos seguidores de Jatemar?

E Valéria? Estaria feliz da vida com as seguidas contorsões que o PSDB de Duciotene tem lhe imposto? Estaria segura para entrar uma campanha com um aliado de vinheta, presente apenas na mídia eletrônica? Seria, de fato, um bom negócio dobrar o tempo de tv e rádio - de 4 para 8 minutos aproximadamente - onerando ainda mais o custo da campanha eletrônica?

Tenho cá minhas dúvidas, muitas.

Que campanha é essa que não pode dar seu recado em 4 minutos, e arrisca-se a fingir em 8?

Será que a opinião pública não perceberia, em algum momento ao longo da campanha, que entre o discurso midiático e o corpo a corpo das ruas os tucanos duciotenistas pedem voto para reeleger o falsário? E se o falsário, com aquela vozinha cínica com que chamou a governadora Ana Júlia de mentirosa no debate de 2002, perguntasse, no primeiro debate de 2008:
"Dra. Valéria, como a sra pensa em se eleger prefeita de Nova Déli se nem o apoio de seus aliados a sra. tem?"

E se Valéria, avaliando tudo isso, agradecesse e dispensasse a aliança pela metade, trazendo pra ela ao menos parte da outra metade, e transferindo pra Duciotene o ônus que se arrisca a carregar?

Valéria não tem muito tempo para pesar os prós e contras de uma aliança pela qual lutou, talvez leve, mas não receba. Se isto acontecer, como sinalizar para a opinião pública que tem autoridade, liderança e confiança dos aliados para ser merecedora das preferências que ostenta nas pesquisas de opinião?

Quem não consegue acertar uma aliança de fato, pode ter dificuldades para convencer o eleitor que será uma boa prefeita de direito.

Esse é o nó de Jatemar em Valéria. Pelo que Duciotene agradece.


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Na capital paulista acontece algo parecido, mas, ao menos, às claras. É que lá o PSDB tem comando. Aqui, a redoma se espatifou.

28 comentários:

Anônimo disse...

Melou.

Anônimo disse...

O que esperar do Jatemar ?
O deputado Zenaldo em 2000.
O Almir Gabriel em 2006.
A Valeria em 2008.

Anônimo disse...

Juca querido,

o foco do comentário me pareceu "desfocado". Com certeza há razões que a minha razão desconhece e a sua sabe mas não explicita.

Alianças pela metade são tão corriqeiras na nossa política. O PT ou o PMDB aceitaram plenamente a aliança em 2006? havia a menor confiança entre os aliados? A mesma questão se aplica ao PSDB e seus "aliados" da União pelo Pará? Será que a turma do Gerson Perem em 2002 e 2006 confiava no PSDB com Dr. Almir ou Simão Jatene?

A questão me parece mais grave: o PSDB não tem coragem de virar partido.

Confundiu-se tanto como uma agremiação que se fortaleceu no poder que não sabe por onde recomeçar. Parece haver uma guerra de foice entre os que têm coragem de enfrentar o recomeço e os que nunca aceitaram isso. Para estes, ser focinho de rato ou rabo de leão não faz nenhuma diferença. Mas, não consigo identificar o ex-governador Jatene neste grupo.

É isso que acho mais desalentador.

Beijão.

Unknown disse...

Queridona, seguiremos discordando sobre o "desvio do foco" do post, sem problemas. Ele esta aí para isso mesmo.
Há sim, razões que vc desconhece e eu não explicito. Normal.
A aliança entre PT e PMDB em 2006 teve ótimo resultado eleitoral, exatamente o que estou pondo em dúvida no post para o embate de 2008 atual.

Quanto a situação do PSDB nada há de extraordinário.A legenda enfrenta um grave e público processo de divisão interna, tem dificuldades para atravessá-lo, e é cedo para dizer para que lado vai e quando irá.

Pela longevidade a vida política, que lhe trouxe conhecimento sobre os meandros da Política, o dr. Gerson Peres não deveria reclamar dos tucanos por 2002 ou 2006.
Mas reclama. Até hoje.

Bjão, queridona.

Anônimo disse...

Beijão, querido.

Anônimo disse...

O deputado Gerson Peres é um ingrato com o PSDB e em especial com o Dr Jatene.
Quem tirou o deputado do ostracismo e o colocou em uma secretaria em 2002 quando ele perdeu a eleição para o senado ?
Foi Simão Jatene.
Quem elegeu o deputado Gerson Peres em 2006 quando ele não tinha a mínima chance?
Foi Simão Jatene.

Anônimo disse...

E o Vic , vai continuar sumido ?

Unknown disse...

Outro,queridona.

Unknown disse...

Deputado Vic, tem gente com saudades de vc por aqui.

Unknown disse...

Naqelas eleições de 2002 a Patativa já saiu enfurecida com o Dr. Jatene, pois lá percebeu o que alguns haviam percebido em 2000: o apreço de Jatemar por Duciotene.

Anônimo disse...

Mais uma culpa para o PSDB e o senhor Jatene: além do apoio à desonestidade explícita do atual prefeito de Belém, garantiu a sobrevida política de Gerson Peres, aquele que em décadas de parlamento tudo o que fez foi exatamente aquilo que não podia por lei e não devia por ética: estendeu seu poderio na área das comunicações, com emissoras de rádio espalhadas pelo Pará. Figuras que deveriam ser execradas publicamente são incensadas pelos tucanos. Depois são colocadas para escanteio, o que é normal nesse tipo de politiquinha.

Anônimo disse...

Sua análise está perfeita, mas tem um pequeno equívoco: o PV jamais vai fechar com o prefeito Duciomar Costa. É só ler o blog do presidente do partido, Zé Carlos,onde ele larga o sarrafo no prefeito.
Se for verdade, o que fez o Zé Carlos mudar de opinião tão rapidamente ?
Nos quatro anos do governo Jatene, quando o PV tomou corpo como partido aqui no Pará, o partido esteve lado a lado com o ex governador em todas as disputas eleitorais. Em 2004 com Duciomar e em 2006 com Almir Gabriel.
Agora em 2008, se o Jatene está apoiando a chapa da valéria, o PV com certeza estará com ela, e se não estiver é porque o ex governador realmente está mal intencionado.Vamos aguardar o dia 30 de junho para descobrir o candidato ou candidata do Jatene.

Unknown disse...

Obrigado, das 8:03, por isso o link verde do post é tratado como indício.
Observo, ainda, que as opiniões de Zé Carlos sobre o falsário não refletem a postura do vereador do partido, Orlando Reis, aliado de primeira hora do falsário na casa de Noca, e nem Zé "manda" na legenda, embora já existam outros indícios de que Zé Carlos não quer conversar com Valéria - né Zé Carlos?
De todo modo eu esperarei o desenrolar da campanha para tirar as conclusões sobre o real apoio das aves à candidatura da Valéria.
Antes disso, manterei a opinião do post.

Anônimo disse...

eu voto na alianca dos demos com os tucanos se o paulo chaves prometer construir uma estacao das docas no tucunduba, uma na ponte do galo e um polo joalheiro no lugar da seccional da cremacao. e tambem se a pomme d'or fornecer a merenda das escolas municipais. sou capaz ate de ir pra rua fazer campanha.

Unknown disse...

Ahahaha...falou, Vladimir!

Anônimo disse...

Cautela do Jatene
Juca,olha o Bernardino Santos de hoje...kkkk


Cautela de Jatene
De olho em 2010, Jatene apoiará discretamente a chapa do DEM-PSDB, na disputa pela Prefeitura de Belém. Participará da campanha, porém com cautela, fugindo dos choques e debates com adversários. Quer evitar seqüelas para chegar de bem com todos, na eleição para governador.

Anônimo disse...

Acho que o Jatene não é mais fiel da balança alguma. Sem o poder nas mãos, não é nada! Como nada foi durante toda a vida, senão alçado à política por aqueles que, diferentemente dele, têm realmente carisma: Jader e Almir. Jatene não tem luz própria. Somente ele acredita em vê-la, em sessões inesgotáveis de ilusionismo, diante do próprio espelho. Breve, breve saberá que foi traído pelo seu próprio reflexo egocêntrico.
Qualquer aliança com Jatene, a partir do racha do PSDB, conduzirá o aliado ao desastre. Somente Jetene - e seus apaniguados - não quer(em) ouvir o seu réquiem. Mas ele já ressoa aos ouvidos mais atentos e afinados com os sinais dos tempos.
Valéria, se quiser vencer em outubro, terá de romper com esse passado que lhe pesa como condenação; apostar no seu carisma (ela tem!) e deixar os jatenistas (com a quadrilha duciomarista) no lugar que merecem: no limbo da história.

Anônimo disse...

"Tucanos Duciotenistas", ótima definição!!!!

Anônimo disse...

O problema dessa aliança de demos e tucanos se chama Vic. Se não fosse ele o PSDB já estaria com Valéria.
O deputado é o Almir do Dem. Briga até se olhando no espelho.

Unknown disse...

É mesmo?...rs
Pena que nenhum tucano se apresente aqui no blog, de preferência com mandato, ou mesmo qualquer "ex mandatário", e identificando-se diretamente ao poster, para defender a sua opinião, das 8:02.
Tá feito o desafio.

Unknown disse...

Um comentário,postado às 8:29, teve que ser retirado por uma palavra que o blog não considera injusta, mas ofensiva.
Se o comentarista concordar em retirar o termo "merda", ele será publicado.
De resto ele expressa de maneira correta um ponto de vista categórico.

Anônimo disse...

Foi imposto ao dep. Vic a penalidade do silêncio obsequioso, até se definir de vez a aliança com o PSDB. Se ele abrir a boca estraga tudo! Será que ele vai aguentar?

Unknown disse...

rs...imposto por quem?

Anônimo disse...

Acredito que o articulador desta aliança é o VIC , a Valéria não tem preparo para isto.

Unknown disse...

Talvez vc esteja certo. Desse jeito que tá indo, só ele mesmo pra conseguir "articular esta aliança".

Anônimo disse...

A Rejane Jatene vai continuar no secretariado do Duciomar ?
Tem também a Rosa Cunha, que preside a CODEM e é a cunhada querida do homem que adoeceu o Almir.

Anônimo disse...

Eh, Juca, qui é isso? Escrever falar merda é ofensivo? Ofensivo é falar merda, como FHC e Lula fazem. Se eu colocar fezes fica tudo bem? Como dizem no teatro, sempre como apoio e bons augúrios, merda pra ti!

Unknown disse...

rsrs...não,caríssimo. Merda, referindo-se a um monte de pessoas, aí é que pega...eheh.
Fezes tb não fica bem. Há alternativas.
Ainda estou com seu comentário no arquivo. Salveio-o. Se vc topar...
E muita merda pra vc também, nos bons e engraçados augúrios do teatro.