Os MP's e o TCE descobriram a Santa Casa de Misericórdia, depois que morreram 12 bebês da UTI neonatal do hospital, acima da média da OMS posto que são 22 os leitos da unidade intensiva.
Não se deve contestar a gravidade dos casos - gastroquise, siameses, prematuros - nem a sobrecarga da unidade, que drena pacientes de todo o interior do estado, nem a quase completa ausência atendimento pré-natal pelo interior, mas não pode passar em branco a infeliz declaração da secretária de Saúde do estado, Laura Rossetti, que acorre às cameras de tv para dizer que está tudo bem na Santa Casa.
Não está coisíssima nenhuma, nem na Santa Casa nem na área da saúde como um todo, saqueada pelas quadrilhas, conduzida pelas mãos da incompetência e da politicagem.
Não é a toa que a saúde é a segunda área mais problemática na avaliação do governo Carepa-Barbalho, campeão brasileiro de rejeição.
28 comentários:
Pensando bem, Juvêncio, não dá pra juntar em um nome só, os dois, Carepa-Barbalho, como você fez com a outra dupla, Jatene-Duciomar.
Com os dois últimos até que ficou bonitinho: Duciotene e Jatemar.
Agora, com o casal, dá uma dupla de quase palavrão e tanto.
Já pensou ? Carelho e Jana.
Vc tem razão, não pode. Por isso evito a pornofonia. Além do que Carepa e Barbalho formam uma coalizão explícita, aberta e assumida, ao contrário de Jatemar e Duciotene, que pensam que se escondem, e que todo mundo é burro.
Juca,
Você mencionou uma "(...) quase ausência de UTI pré-natal no interior".
Eu pergunto: e o que há no interior em termos de uti neonatal?
Bem... essas perguntas podiam ser repassadas ao Governo do Estado.
Esse pode ser um bom critério para a avaliar o que o governo anda fazendo na área de saúde.
Desde já observo que uma boa avaliação exige um leque de critérios, mas esse poderia dar início a um papo-blog muito interessante.
Com a palavra a secretária de saúde Laura Rosseti.
Bom dia, Juca querido:
a justificativa da Secretária de Sáude foi de uma falta total de misericórdia com a nossa inteligência e de comiseração para com as gestantes e recém-nascidos do Pará.
As circunstãncias que agravam a situação da Santa Casa - receber gestantes e crianças do interior do estado, tratar deficiências, algumas típicas da pobreza e da ausência de pré-natal, atender especificamente a população mais carente do estado - são semelhantes às encontradas nos últimos anos.
Ainda assim, esta mesma Santa Casa, por uma gestão competente do Dr. Hélio Franco e sua equipe e apoio do governo, foi recuperada após a gestão terrível Barbalho-Carlos Santos, onde era um depósito de seres humanos, e reconhecida nacionalmente como excelência no tratamento materno-infantil.
Usar estatísticas da OMS - e ainda que estivessem corretas - para justificar ineficácia, abandono e insensibilidade é uma forma terrível de não reconhecer as dificuldades enfrentadaspara gerir a saúde num Governo onde a saúde é apenas mote para criticar o governo anterior e não um direito neste Pará dos direitos.
Beijão, querido.
Barbarepa ou Careparbalho? que tal? de qualquer jeito, um híbrido estranhíssimo!
Não houve qualquer descoberta. O MPE ingressou com Ação Civil Pública no dia 19 de março de 2008, onde , infelizmente, informou sobre a resultado morte na FSCMPa, entretanto há omissão do Estado e do Município.
A ACP visa a construção de um hospital materno infantil em Belém.
Seria importante que os parlamentares, que já visitaram a FSCMPa, e nada fizeram, a OAB, o MPF, atuassem no sentido de viabilizar a proposta do MPE contida na ACP. Quem iniciou procedimentos com relação a situação foi o MPE. E o TCE nunca analisou a prestação de contas da FSCMPA?. Estão querendo dar um ar de pessoas que lutam por questões sociais, porém, não é bem assim, uma vez que aguardaram o final para se manifestar, quem se antecipou aos fatos? É incrível como há pessoas que tentam se beneficiar da desgraça alheia.
Caramba, Juca. Tudo o que está acontecendo é tão injusto com ela. Uma grande profissional.
Beijos.
Esse quadro, infelizmente, já vinha sendo traçado desde o ano passado, tantos foram os problemas denunciados por funcionários e usuários da Santa Casa.
Resta, agora, correr atrás do prejuízo, para que o Hospital volte a ser de referência, como era a bem pouco tempo. E não de tantas mortes.
Antonio Fernando
Nossas autoridades precisam, de uma vez por todas, criar o mínimo de vergonha na cara. O presidente que diz que a Saúde no Brasil beira a perfeição, a governadora que diz que o Pará é uma ilha de segurança, a secretária de Saúde que diz que 12 recém-nascidos mortos em 3 dias está dentro dos parâmetros normais. Deveria haver um manicômio para autoridades esquizofrênicas.
Anônimo das 11:04 AM, não vejo da forma como você analisa os posicionamentos dos órgãos citados em seu comentário. No caso do TCE, ele analisa sim, as contas da fundação, mas não titubeou no momento que tomou conhecimento do fato. O Plenário mandou abrir uma auditória extraordinária imediatamente, por iniciativa dos conselheiros Cipriano e Ivan. Inclusive já publicada no Diário Oficial de hoje. São iniciativas destas que precisamos, para tentar moralizar a coisa pública e, principalmente, respeitar a vida e a dignidade do povo paraense.
Opa, sem querer defender a SESPA, nem ninguém, mas pera lá! Pré-natal é atenção básica à saúde, ação que compete aos municípios.
Vale ressaltar que parte dos casos que vão para a UTI neonatal chegam nesse caso, pq as mães não fizeram a pré-natal. Seja na Santa Casa do Pará ou em qualquer outra maternidade do mundo!
Vamos culpar quem tem culpa, né!
As Prefeituras do interior têm lá a sua responsabilidade nesse caos.
"Ainda assim, esta mesma Santa Casa (...) foi recuperada após a gestão terrível Barbalho-Carlos Santos, onde era um depósito de seres humanos (...)".
Não é mentindo, que se vá dar maior mérito ao trabalho do Dr. Hélio no hospital.
Onde está o deputado Vic, que desapareceu, e não diz onde está aquele Hum milhão, que ele disse ter conseguido para a Santa Casa ?
Será que era só nos outdoors ?
Mara Lopes, leia novamente o trecho do post que torna seu comentário equivocado:
"Não se deve contestar a gravidade dos casos - gastroquise, siameses, prematuros - nem a sobrecarga da unidade, que drena pacientes de todo o interior do estado, nem a quase completa ausência atendimento pré-natal pelo interior..."
Como vê, nenhum deses fatores é de respopnsabilidade da SESPA.
Entendeu agora ou quer que desenhe?
Anônimo das 2:20:
o Dr. Hélio Franco não precisa da sua opinião ou da minha para ser reconhecido e respeitado. Muito menos de mentiras.
Há uma infinidade de fatos que comprovam o que eu afirmei.
Recomendo que verifique os cinco prêmios nacionais ganhos pela Santa Casa a partir de 1999, outorgados pelo Ministério da Saúde, um deles, o prêmio “Professor Fernando Figueira” entregue em 2004 - pasme! - pelo excelente trabalho na área da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal.
Não estou entrando numa queda de braço com você. Apenas sei que o Quinta merece que as informações ou desinformações dos seus comentaristas sejam esclarecidas.
Abraço.
Beijão, Juca.
Se a Laura Rosseti é tão competente assim, ela que dê mais atenção a Santa Casa.
Estamos com imensa saudade do Dr.Hélio Franco e da Dra. Neila Dahas.
É muito engraçado essa história da culpa das mortes ser falta de pré-natal e a culpa da fata de pré-natal ser dos municípios. Eu pergunto: a SESPA não é a gestora da saúde em todo o Estado? então porque ela não interviu ou puniu antes da desgraça ocorrer. Ou a SESPA, também, é que nem o Lula: não sabia de nada! Aliás, o próprio Min da Saúde poderia intervir. Lembro que no governo passado quando uma recém-nascida teve problemas para se deslocar de Marabá para Belém e o fato foi matéria nos Jornais da Globo, o Min da Saúde não perdeu tempo e mandou gente para cá para apurar e, aliás, não fazer nada. Mas. e agorA? PORQUE O SILÊNCIO? e o Min Público Estadual, onde anda aqueles "grandes vigilantes" que se viam no governo passado, CANSADOS?
A Saúde é tão desvalorizada que gostaria de fazer uma pergunta: "Qual a diferença entre o que falou o Benassuli sobre a garota de Abaetetuba e o que a Laura Rosseti falou sobre as 13 crianças?" Cadê os membros da Comissão dos Direitos Humanos? Cadê a comissão do Congresso Nacional? Cadê o Ministério Publico? a dimensão é 13 vezes maior, mas nem por isso a governadora exonerou a Secretária como fez com o Benassuli, em uma situação 13 vezes menor. Isso é matança!....
Caro Juca. O bom do blog, e particularmente do 5ª Emenda, é oportunizar o choque opinativo entre o público e o privado em benefício desses dois mundos, opos-tos, mas necessariamente complementares face ao caleidoscópio de interesses em jogo. E, assim dizendo, retorno com este modesto apelo à reflexão de todos quantos, neste cantinho digital, comparecem, valorizando e debatendo sua oportuna inserção: Misericórdia, a falta que faz.
Meu caríssimo Juca. Inicio com a blague de um velho político do Baixo Amazo-nas: em meu município não tem desemprego porque não tem emprego. Na singeleza do dito, a idéia de que as políticas, na busca de um fim, terminam criando ou desvendando outras políticas, boas e más. Naquele caso, como a deletéria modernidade ainda não havia chegado aos grotões eleitorais daquele velho político, as estatísticas de emprego e desemprego não existiam e por isso mesmo não conformavam os pleitos de seus elei-tores. Portanto, no tema Misericórdia, a falta que faz, cabe o silogismo: é quando uma política pública chega ao seu objeto que outras políticas, ocultas e ineficazes, mostram sua verdadeira face.
Caro Juca, permita-me melhor estruturar este meu raciocínio: foi preciso que o ex-secretário Halmélio ousasse patrocinar o convênio SESPA/Bombeiros para resgate em helicóptero de doentes graves do interior do estado, para que esses problemas e suas estatísticas dramáticas saíssem das sombras. Tivesse o Secretário dado segui-mento às mesmices tucanas, a alocação putativa de recursos públicos de saúde, para doenças graves, continuaria desviada dos mais pobres e orientada para tratamentos dispendiosos dos “eirados e beirados” deste estado, sem maiores repercussões, pois que os óbitos dessas doze crianças, ao invés de concentrados e registrados pela FSCMPA, passariam despercebidos, mercê da triste dispersão geográfica que caracte-riza a política de saúde dos municípios paraenses.
Essas crianças que foram a óbito na Unidade Neonatal da FSCMPA apresenta-vam doenças graves e de elevado risco associadas a múltiplos fatores, entre os quais as precárias condições gerais de vida e saúde prevalecentes nas localidades onde vivem suas famílias. A Nota Técnica emitida pela SESPA é bastante minuciosa ao mos-trar a gravidade, o risco de vida e as circunstâncias em que essas crianças e suas mães foram resgatadas para tratamento na FSCMPA. Nas condições de vida dessas famílias não há como subestimar a importância das políticas municipais de atenção básica: vacina, pré-natal, educação preventiva contra a dengue, higiene básica, entre outros. Essa política, infelizmente, não está sendo levada a efeito, em que pese o trei-namento ofertado pela SESPA para agentes de saúde no interior do estado. A principal causa da descontinuidade dessas ações é infelizmente a combinação de dois custos: o custo da transição, quando o prefeito que assume exonera o corpo funcional temporá-rio, entre os quais os agentes de saúde treinados, e o custo de transação acarretado pela inexperiência e desinformação da equipe que assume as ações de saúde pública. Esta patologia-administrativa há que ser combatida e para tanto, em analogia a Lei de Responsabilidade Fiscal, uma Lei de Responsabilidade Social deverá surgir brevemen-te, garantindo a continuidade e a impessoalidade da atenção básica, evitando, com isso, os riscos que afetaram essas famílias e até mesmo o pior deles e iminente a médio prazo: o risco de epidemias como a dengue.
Para finalizar, caro Juca, a Secretária Laura Rosseti ateve-se aos indicadores da Organização Mundial de Saúde, a dimensão técnica, por isso as incompreensões que certamente não afetam o conceito de uma profissional respeitada por sua atuação pretérita em funções de Estado. a) José Antídoto.
Os indicadores como o Antidoto referiu é apenas um indicativo e não uma certeza absoluta . Diga-se de passagem que a Sociedade Paraense de Pediatria no ano de 2007 num trabalho conjunto com a SESPA conseguiu o maior índice Nacional de vacinação, e desde que a Danielle Soares Cavalcante assumiu a atenção Basica no Estado foi um caos só . Quanto a Dra Laura,lamento que esteja no Governo pois em Saúde Pública o Proselitismo Técnico não mata fome e sim mata gente ...
Prezado Sr. Blogueiro. Se a culpa é dos municípios. Cadê o trabalho da atenção básica em que a afilhada querida da governadora e do Dep Paulo Rocha, atual diretora com d minusculo, tanto se dedica e que colocou a irmã do referido deputado como coordenadora, onde está?
Prezado sr. anônimo as 5:41.
O sr. pode ter toda a razão em seu cometário, mas a Saúde está municipalizada, é fato.
Se os recursos não chegam, se são insuficientes, ou desviados, aqui ou nos municípios,aí é outra conversa.
Mas por que mortificar apenas o atual responsável pelo fundo estadual??? Quando sabemos que o atual diretor adm-financeiro da saúde (oriundo da época do sr everaldo martins na PMB) é o verdadeiro gestor e em que nada vem acompanhando o orçamento do fundo estadual.
A saúde é uma farra. Mas eu quero saber onde está a GDI??? Ninguém quer saber dos trabalhadores nessa algazarra? Trabalhamos em regime de heroísmo. Estamos com saudade do Fernado Dourado que nos pagava regularmente! Sabemos que têm dinheiro, no fundo, no município, mas o que falta mesmo é vergonha na cara e gestão. Querem negociar?
Não insista em postar comentários sem comprovação das denúncias contra deputado e/ou afilhado de quem quer que seja.
Não vão passar.
Juca:
Além de tudo o que foi exposto... O pior é que...a Santa Casa infelizmente ainda é utilizada para fins eleitoreiros por inescrupulosos políticos do interior do estado desde vereadores, prefeitos, deputados...que utilizam a doença e a miséria humana para angariar votos em um verdadeiro toma lá da cá...sobrecarregando ainda mais o seu atendimento.
1 E-leitor
Juca!
Impressionante os comentários oportunistas que são feitos.
Mas, como vivemos numa democracia, nada mais justo que cada um expresse sua opinião.
Pois bem, como o Juca disse em seu post, "não se deve contestar a gravidade dos casos (...) nem a sobrecarga da unidade, que drena pacientes de todo o interior do estado, nem a quase completa ausência atendimento pré-natal pelo interior". Isso é fato!
Não adianta alguns comentaristas misturarem política com as mortes registradas. Nem adianta utilizar expressões como "carnificina" que o apelo eleitoreiro é totalmente desmedido!
Existe uma ineficácia e abandono de diversos setores da sáude? Indubitavelmente!
Há problemas gravíssimos de gestão na SESPA?
É inegável!
Agora, desculpem-me aqueles "céticos" que buscam fazer da tragédia, uma forma de atacar, sem freios, nem rebuços, o Governo do Estado.
As estatísticas da OMS (que estão corretas) não são para ser desprezadas.
Logicamente que a morte, principalmente de um ente querido, é algo inexplicável, em que, na maioria dos casos, as pessoas tentam arrumar um culpado. É o caso das famílias que atribuem aos médicos e ao hospital (em alguns casos, cobertos de razão), que acabam desencadenado uma série de Ações de Indenização, e alguns comentaristas que fazem carga eleitoral, sem realmente se preocupar com o óbito ocorrido.
De outro lado, esquecer que a mesma ineficácia, abandono e insensibilidade agora verificados, não deixam de ser uma exclusividade do atual Governo. Escândalos na saúde vem desde os idos da década de 1980 (nem vou falar aqui dos últimos 12 anos, para que ninguém levante bandeira de "herança maldita")
E o pior, é agora ouvir umas das emissoras do nosso Estado propalar que ao invés de 13, os óbitos atingiram o número de 20.
Bem, não seria crível que passados 5 dias, não houvesse mais nenhum óbito na Santa Casa.
Bem Juca, gostaria de continuar escrevendo mais algumas linhas aqui sobre o referido episódio, mas como a patroa está do meu lado apressando-me para um evento social, teria que desligar.
Um grande abraço e bom final de semana.
O Vigiador.
Esse vigiador tá com pinta de ser um ex-secretário ou seu assessor Aspone .
O Dedurador
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