O deputado federal Paulo Rocha (PT) subiu ontem,18, à tribuna da Câmara e elencou os pontos de destaque da viagem da governadora Ana Julia à China: a atração do Sinopacific Shipbuilding Group, que poderá resultar na instalação de um estaleiro de grande porte em Outeiro, que viabilizaria a construção de uma escola técnica de alto nível, e a visita às instalações da Vale em Xangai, em especial numa termelétrica semelhante a que será construída pela mineradora em Barcarena.
O governo do Pará espera agora a vinda de uma missão chinesa ao estado para "colocar em prática os acordos firmados nas várias rodadas de negócios, realizadas nas quatro cidades visitadas pela missão paraense”, disse Rocha.
4 comentários:
Será que o Paulo Rocha pensa que a gente não pensa?
O capital externo é isso: feliz e infelizmente ele tem seu lado bom e seu lado ruim.
Lado bom? Dificilmente o Pará conseguiria levantar dinheiro próprio para construir um grande estaleiro e aumentar sua capacidade de produzir energia, ambos em "pouco tempo". O capital exógeno tem esse poder: entra, se instala e logo está gerando postos de trabalho e impostos.
O lado ruim? Ao contrário do "lado bom", este é camuflado e "varrido para debaixo dos tapetes" pelos economistas ortodoxos, mas citemos: remessa de lucros ao exterior, uma "decapitação empresarial" da região, menor autonomia de investimentos, sem falar no lobby de mais uma empresa em cima da política interna. A economia daqui fica apenas com uma parcela dos rendimentos gerados (vide CVRD).
Eu costumo dizer que a aceitação de termos depende do quanto a pessoa (o estado do Pará, no caso) tem a perder. Nas condições que nós nos encontramos, sem muito a perder, o "lado bom" deverá ser, em volume absoluto, maior que o "lado ruim".
É como se eu tivesse o terreno mas não possuísse as sementes e optasse por receber sementes alheias: já que não teria condições de receber por toda a produção das minhas terras, pelo menos recebo uma fração.
Optar entre dobrar o nariz ou puxar saco do capital externo é direito de cada um de nós. Apenas não podemos ser indiferentes a ele.
Só para lembrar, jatene deveria ter ido a china.Pssagem marcada, tudo pronto e eis que no roteiro da viagem havia antes uma escala em Paris. O problema é que o ex não saiu da cidade luz - é isso mesmo - de Paris Jatene cancelou a ida ao oriente e ficou mais uns dias na bela capital da França. A atual governadora também fez uma escala em Paris, mas seguiu em frente e foi trabalhar. Independente dos resultados futuros da viagem, só isso já mostra bem a diferença com que a coisa pública era anteriormente tratada e como é , agora levada a sério, no novo governo.
quem vai "ganhar" esse estaleiro é o RJ, contetemo-nos com a termo-elétrica... é isso o progresso... termoelétricas a carvão mineral...
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