As explicações do PSOL para não participar do Movimento Pela Transparência elenca, entre outras razões, o processo que a tucana Yeda Crusius, governadora do RGS, promete mover contra o partido e a deputada federal Luciana Genro, também gaúcha.
Yeda, como é sabido, está enrolada até as orelhas em denúncias de corrpução que podem ter conexão, segundo o PSOL, como um cadáver encontrado boiando no lago Paranoá, em Brasília.
A governadora e o PSDB negam as denúncias, mas as evidências de um enorme e grave escândalo se acumulam.
O PSOL ainda não apresentou as provas que diz estarem no MPF, e este nega. A denúncia parece estar apoiada num caso típico de vazamento que pode ter criado problemas, para a fonte e para o inquérito.
Mas parece que estão lá sim, no MPF, as provas da acusação que faz o PSOL.
A conferir.
2 comentários:
Juca.
O MPF não negou que detenha as provas. Simplesmente, não se manifestou, pois o processo corre em segredo de Justiça.
Aproveito para encaminhar a nota do partido em defesa de Luciana.
Abraços,
Max Costa
O PSDB não vai calar Luciana Genro
(Em defesa da Justiça e da Liberdade)
O PSOL/RS apresentou há 12 dias uma série de denúncias contra o governo estadual de Yeda Crusius, do PSDB. Como toda a sociedade gaúcha sabe, durante todo este tempo o governo não respondeu as acusações de nosso partido, todas de enorme gravidade, expressões claras da corrupção no governo, corrupção que aliás já ficou evidente durante a CPI do Detran. E segue sem responder. A omissão do governo é uma confissão de culpa. Depois de 4 horas de reunião, realizada depois da entrevista coletiva em que o PSOL apresentou suas denúncias, o governo estadual decidiu apenas lançar uma nota lacônica dizendo que o MPF desmentia as acusações. Ocorre que o MPF não desmentiu nada. Até hoje os procuradores federais e a juíza não se pronunciaram, deixando claro que o processo corre em segredo de justiça. Nem mesmo os inúmeros líderes do governo nem os empresários citados nas denúncias sequer entraram na justiça contra o PSOL, que neste caso po deria recorrer a exceção da verdade e demandar a apresentação das provas de suas denúncias em poder do MPF.
No dia de hoje, o PSDB, por intermédio de sua bancada na Câmara Federal, entrou contra Luciana Genro, porta voz de nosso partido, no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Não entra na Justiça, mas vai ao Conselho de Ética do Congresso, instituição esta que tem sido marcada por inúmeros escândalos. O PSDB, partido que nunca entrou com representações contra nenhum dos inúmeros deputados federais acusados de corrupção ao longo dos anos, entra contra a deputada que tem sido exemplo de combate contra a corrupção e contra os planos econômicos e sociais antipopulares e a serviço dos grandes banqueiros.
Entra no Conselho de Ética tentando restringir e abafar a voz de uma deputada íntegra, honesta, combativa e que não se curva diante de pressões. Por isso esta tentativa do PSDB de cercear o livre exercício do mandato parlamentar não passará. A sociedade gaúcha resistirá contra esta medida antidemocrática. Todos os democratas do Brasil se erguerão, com certeza, para derrotar esta política do PSDB de perseguir os deputados populares.
É preciso que se diga que a representação do PSDB contra Luciana é uma vergonha. É absurda e insustentável por várias razões:
1) tenta impedir o livre exercício do mandato parlamentar;
2) é um ataque antidemocrático ao tentar impedir o que é dever de todo o parlamentar que cumpre suas obrigações constitucionais, sob pena de prevaricação: fiscalizar o Executivo. O PSDB ao entrar com esta representação mostra não quer que seus governos sejam fiscalizados pelo povo ou por seus representantes;
3) em sua representação diz que Luciana Genro não poderia ter denunciado mesmo que suas denúncias sejam comprovadas. Ou seja, segundo o PSDB, Luciana Genro teria que guardar silêncio mesmo depois de ter recebido documentação que comprova a corrupção no governo estadual do PSDB.
Pior ainda: teria que guardar silêncio mesmo depois da uma morte misteriosa que vitimou tragicamente o ex-assessor do governo de Yeda Crusius em Brasília, assessor que havia sido demitido do governo estadual há pouco mais de seis meses por conta do escândalo do DETRAN. O PSDB queria o silêncio de Luciana Genro a qualquer custo. Por isso entra no Conselho de Ética contra ela. Este, portanto, não é um ataque apenas a Luciana Genro e ao PSOL. É um ataque contra a democracia e contra a justiça. Não, em hipótese alguma Luciana Genro se calará. O PSOL não nasceu para se omitir na luta contra a corrupção das elites, para tolerar o crime do colarinho branco.
A deputada Luciana Genro é um orgulho para nós do PSOL e para todos os homens e mulheres de bem e de paz que não se acovardam em denunciar todas as formas de corrupção patrocinadas seja pelo PSDB, PT, PMDB ou qualquer outra organização que patrocine crimes contra a administração pública.
Heloísa Helena - Presidente Nacional do PSOL
Roberto Robaina -Presidente Regional (RS) do PSOL
Obrigado, Max. A informação da negativa, salvo engano, veio do blog do Nobat.
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