Passei a maior parte da semana passada em Belém, abatido por uma dessas gripes fortíssimas que o paraense, a falta de melhor definição, convencionou chamar de virose, contraída em quatro dias de andanças pelo interior do Oeste do Pará, totalmente inundado pelo Rio Amazonas.
Por conta da virose, não fui a Brasília na semana passada. Foi, portanto, em Belém, pela internet, que tomei conhecimento de que membros de uma tal família Zoghbi tinham viajado ao exterior com passagens emitidas por gabinetes de vários deputados federais, entre os quais era citado o meu gabinete.
Estranhei a notícia, dado que não conheço essa família, nunca sequer havia ouvido falar nela e nunca autorizei a emissão de passagens para nenhum de seus membros, nem para o Brasil nem para o exterior.
Sempre atendi, sim, quando tinha disponibilidade, pedidos de passagens nacionais para doentes em tratamento de saúde, vereadores que participariam de encontros em Brasília e coisas do gênero. As disponibilidades surgiam sempre que eu próprio viajava com tarifa promocional, economizando da cota que a câmara disponbilizava todo mês para meu gabinete. Mas para a tal família Zoghbi eu nunca autorizei nada.
Estranhei mais ainda porque, em meu gabinete, só uma pessoa tinha a senha para a emissão de passagens. Era um funcionário que comigo trabalhava há mais de dez anos gozando da minha inteira confiança.
Imaginei que algum equívoco pudesse estar acontecendo e pedi explicações ao funcionãrio responsável. No final da semana, ele esclareceu que o erro era de sua inteira responsabilidade. Voltei a Brasília esta semana e o demiti.
As demais providências a serem tomadas ficam a cargo da Direção da Câmara dos Deputados, que está investigando os detalhes das operações efetuadas e a tipificação das ilegalidades cometidas.
Olá, caro professor e deputado. Obrigado por sua atenção ao blog e seus leitores, um deles cobrando enfaticamente suas explicações. Deve ser a solidão...rs Mas espero que as investigaçõs sobre a quadrilha de Zogbhi, que segundo informações que me chegaram de BSB envolveriam vários gabinetes e funcionários, alcancem os responsáveis pelo caso. Abs
Caro Juvêncio A quadrilha, pelo visto e lido, não é do Zogbhi. O casal parece não passar de meros figurantes. O Ali Babá da vez talvez seja o Agaciel, mas tudo indica que o buraco é mais em cima. Aliás, será que vamos passar o resto da vida e as de nossos descendentes sempre voltando a cair nesses buracos negros da política nacional? Não adianta ficar só falando que dá nojo nem esperar que os eleitores votem certo na próxima vez e parece que esperar uma reforma do judiciário para acabar com a impunidade até porque isso não interessa a nenhuma dessas corjas. Assim, o que fazer? como indagava Lênin no início do século passado. Sei lá... Dar vivas à leseira que nos assola... Sei lá.
É, das 6:02, foi assim que aprendi a trata-los, e Nilson, antes de ser deputado ou depois, será sempre um professor. Pior é quem antes não foi nada, e depois será coisa alguma.
8 comentários:
Tomara que o Zogbhi fale como aquelas passagens das cotas dos deputados Zé Geraldo e Nilson Pinto foram parar no seu bolso.
Voando, anônimo das 10:26.
Voando...
É muito mais simples suas excelências virem aqui e explicar direitinho, como fez o deputado Vic.
Pra quê esperar pelo tal do Zogbhi ?
Caro Juvêncio,
Passei a maior parte da semana passada em Belém, abatido por uma dessas gripes fortíssimas que o paraense, a falta de melhor definição, convencionou chamar de virose, contraída em quatro dias de andanças pelo interior do Oeste do Pará, totalmente inundado pelo Rio Amazonas.
Por conta da virose, não fui a Brasília na semana passada. Foi, portanto, em Belém, pela internet, que tomei conhecimento de que membros de uma tal família Zoghbi tinham viajado ao exterior com passagens emitidas por gabinetes de vários deputados federais, entre os quais era citado o meu gabinete.
Estranhei a notícia, dado que não conheço essa família, nunca sequer havia ouvido falar nela e nunca autorizei a emissão de passagens para nenhum de seus membros, nem para o Brasil nem para o exterior.
Sempre atendi, sim, quando tinha disponibilidade, pedidos de passagens nacionais para doentes em tratamento de saúde, vereadores que participariam de encontros em Brasília e coisas do gênero. As disponibilidades surgiam sempre que eu próprio viajava com tarifa promocional, economizando da cota que a câmara disponbilizava todo mês para meu gabinete. Mas para a tal família Zoghbi eu nunca autorizei nada.
Estranhei mais ainda porque, em meu gabinete, só uma pessoa tinha a senha para a emissão de passagens. Era um funcionário que comigo trabalhava há mais de dez anos gozando da minha inteira confiança.
Imaginei que algum equívoco pudesse estar acontecendo e pedi explicações ao funcionãrio responsável. No final da semana, ele esclareceu que o erro era de sua inteira responsabilidade.
Voltei a Brasília esta semana e o demiti.
As demais providências a serem tomadas ficam a cargo da Direção da Câmara dos Deputados, que está investigando os detalhes das operações efetuadas e a tipificação das ilegalidades cometidas.
Um forte abraço,
Nilson Pinto
Olá, caro professor e deputado.
Obrigado por sua atenção ao blog e seus leitores, um deles cobrando enfaticamente suas explicações. Deve ser a solidão...rs
Mas espero que as investigaçõs sobre a quadrilha de Zogbhi, que segundo informações que me chegaram de BSB envolveriam vários gabinetes e funcionários, alcancem os responsáveis pelo caso.
Abs
Caro Juvêncio
A quadrilha, pelo visto e lido, não é do Zogbhi. O casal parece não passar de meros figurantes. O Ali Babá da vez talvez seja o Agaciel, mas tudo indica que o buraco é mais em cima.
Aliás, será que vamos passar o resto da vida e as de nossos descendentes sempre voltando a cair nesses buracos negros da política nacional? Não adianta ficar só falando que dá nojo nem esperar que os eleitores votem certo na próxima vez e parece que esperar uma reforma do judiciário para acabar com a impunidade até porque isso não interessa a nenhuma dessas corjas.
Assim, o que fazer? como indagava Lênin no início do século passado. Sei lá... Dar vivas à leseira que nos assola... Sei lá.
Ao mestre,com carinho.
É, das 6:02, foi assim que aprendi a trata-los, e Nilson, antes de ser deputado ou depois, será sempre um professor.
Pior é quem antes não foi nada, e depois será coisa alguma.
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